12/09/2025
Em maio de 2015 fui para a Austrália visitar o meu irmão. Fui também com o intuito de ver se era lá realmente que eu queria fazer intercâmbio, pois eu estava juntando dinheiro para isso. Apesar de ter gostado muito, não senti o mesmo que eu havia sentido por Portugal. Quando voltei para o Japão, logo fui pesquisar cursos de um ano em Portugal e encontrei uma pós graduação em Tradução na Universidade de Aveiro. Eles tinham aberto as inscrições e resolvi me inscrever. Depois de um tempo, recebi a resposta de que eu tinha entrado e a partir daí minha vida mudou rapidamente. Em julho fui tirar o visto na embaixada Portuguesa em Tóquio e em setembro do mesmo ano, em 11 de setembro de 2015 eu já estava em Portugal.
O primeiro ano não foi tão fácil como imaginei que seria. Os portugueses são mais fechados e eu não conseguia fazer muitos amigos. Tinha mais amigos brasileiros, mas muitos eram temporários, pois logo voltavam para o Brasil. Eu chorava muitas vezes com saudades de casa, mas ao mesmo tempo comecei a perceber que Deus falava comigo através de outras pessoas. Foi um ano de autoconhecimento e de reconexão. Sentia que mesmo sozinha, eu não estava sozinha. Quando estava terminando esse um ano, começaram a aparecer as oportunidades de trabalho com a língua japonesa. Fui intérprete do então Embaixador do Japão em Portugal que visitava uma fábrica perto de onde eu morava em Aveiro e também comecei a dar umas aulas de japonês e percebi que não havia muita gente trabalhando com a língua japonesa em Portugal. Foi esse meu diferencial que me fez tomar outra grande decisão! Fazer mestrado e ficar mais dois anos em Portugal. Além disso, sentia uma enorme vontade de trabalhar a língua japonesa aqui. Parte 3 a seguir 🔜