Qualia Uma nova psicoterapia para sentir, reflectir e criar com autenticidade – um percurso de consciência, transformação e expressão plena.

A Qualia é um espaço de inovação e colaboração, onde cada pessoa encontra a sua verdade, realiza-se e cria o bem-comum.

NÃO PODEMOS EXISTIR SEM MEDO — o falso co***lo vendido por psicoterapias rápidas, pela medicação fácil, pelos gurus, pel...
17/09/2025

NÃO PODEMOS EXISTIR SEM MEDO — o falso co***lo vendido por psicoterapias rápidas, pela medicação fácil, pelos gurus, pelo coaching e pela espiritualidade de palco

O Medo faz parte da nossa condição humana. Ele não é defeito, nem doença, nem fraqueza. É uma emoção vital, inscrita em nós para nos manter vivos. O Medo avisa, prepara, orienta. Ele mostra perigos, pede adaptação, chama-nos à atenção. Não podemos existir sem Medo.

Mas nas últimas décadas o Medo passou a ser tratado como um inimigo a destruir. Psicoterapias rápidas oferecem atalhos, medicamentos fáceis prometem silenciar a angústia, gurus e coaches de palco anunciam vidas “sem medo”, espiritualidades superficiais pregam libertações instantâneas. Vendem um co***lo rápido, mas falso. Porque quem promete uma existência sem Medo promete, na verdade, ausência de existência.

A crueldade destas promessas é dupla. Primeiro porque são impossíveis. Não existe vida sem Medo. Segundo porque negam a verdade de quem sofre. Dizem a uma pessoa marcada por perdas, violência ou abandono que o que sente não devia existir. E essa negação fere ainda mais do que o próprio Medo.

Na Qualia não oferecemos cura rápida nem slogans fáceis. O nosso trabalho é devolver ao Medo o seu lugar justo: conselheiro, não prisão. Ajudamos a aprender a escutá-lo e o que ele nos tenta dizer a cada momento que comunica connosco. Damos-lhe dignidade: não é para desaparecer, é para ser integrado.

A dignidade começa quando alguém pode dizer: “o Medo ainda vive em mim, mas já não me apaga”. Isso não é técnica nem milagre. É processo. É travessia que pede tempo, relação e verdade.

É esta a diferença entre falsas curas e caminho real. O Medo não se elimina — integra-se. Não se apaga — atravessa-se. Não se vence — habita-se. Porque não podemos existir sem Medo. Mas podemos existir com ele, de forma mais consciente, mais livre e mais verdadeira.

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O MEDO DE SER VISTO — quando nos escondemos para não perder, mas acabamos por não viverMuitos de nós crescemos a aprende...
17/09/2025

O MEDO DE SER VISTO — quando nos escondemos para não perder, mas acabamos por não viver

Muitos de nós crescemos a aprender a esconder partes de quem somos. Fazemo-lo para não ser rejeitados, para evitar críticas, para caber no espaço do outro. Criamos máscaras, papéis, personagens que nos protegem. Mas ao mesmo tempo, cada camada de defesa rouba-nos um pouco da vida.

Na Psicoterapia Generativa, o medo de ser visto aparece como uma tensão constante: o desejo profundo de ser reconhecido na nossa verdade e, em simultâneo, o receio de que essa verdade não seja aceite. Este conflito pode paralisar. Faz-nos oscilar entre mostrar demasiado ou esconder de forma absoluta.

Ser visto não é apenas exposição. É encontro. É permitir que o outro nos veja não como imagem perfeita, mas como ser real — com falhas, com dores, com luz e sombra. É um risco, sim. Podemos não ser compreendidos. Podemos ser julgados. Mas também podemos ser reconhecidos e acolhidos de uma forma que nos devolve inteiros.

Quando aceitamos o risco de ser vistos, deixamos cair parte do peso que carregamos em silêncio. Abrimos espaço para relações mais autênticas e para um sentido de vida menos isolado. É nessa vulnerabilidade que a Pessoa emerge: alguém capaz de estar em verdade com o outro e consigo mesma.

Na Qualia trabalhamos esse caminho: apoiar o Humano que se esconde por medo, ajudando-o a tornar-se Pessoa que se mostra com autenticidade. Porque só quando arriscamos ser vistos é que podemos, de facto, viver.

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A DESISTÊNCIA QUE TAMBÉM É CAMINHO — quando largar não é fraqueza, mas possibilidade de vidaQuando falamos de desistir, ...
16/09/2025

A DESISTÊNCIA QUE TAMBÉM É CAMINHO — quando largar não é fraqueza, mas possibilidade de vida

Quando falamos de desistir, quase sempre ouvimos culpa ou vergonha. Como se parar fosse um sinal de fraqueza e não uma possibilidade humana. Mas na vida real, dentro de nós e nas relações, há momentos em que insistir signif**a apenas prolongar a dor.

Na Psicoterapia Generativa vemos muitas vezes esta tensão: um lado que quer resistir a todo o custo e outro que pede silêncio, pausa, fim. E é nesse conflito que nasce a possibilidade de decisão. Desistir não é abandono da vida. É cuidar do que ainda está vivo, escolhendo soltar o que já perdeu sentido.

Desistir de um papel que só aprisiona. De uma luta que já não nos transforma. De expectativas que não servem mais. É um acto de responsabilidade, porque em vez de gastar energia no que está morto, passamos a investir no que pode florescer.

É um processo duro, porque cortar dói. Mas o corte abre espaço. A ausência cria presença. O que parecia vazio pode tornar-se solo fértil para novas formas de ser e de viver.

Na Qualia acreditamos que desistir também é caminho quando se faz com consciência e verdade. Não é fugir — é escolher. E muitas vezes é esse gesto que permite nascer de novo.

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SER HUMANO vs SER PESSOA — o que nos torna inteirosSer Humano é nascer com corpo e limite. É respirar, sentir fome, dese...
15/09/2025

SER HUMANO vs SER PESSOA — o que nos torna inteiros

Ser Humano é nascer com corpo e limite. É respirar, sentir fome, desejar, temer. É carregar instintos, emoções e impulsos. É procurar prazer e fugir à dor. É rir, chorar, zangar-se e calar-se. É criar laços e romper laços. É amar e também falhar. Ser Humano é trazer em si todas estas forças contraditórias — ternura e agressividade, medo e coragem, esperança e desespero.

Todos partilhamos esta condição. É nela que vivemos a diversidade: corpos diferentes, histórias diferentes, formas diferentes de existir. A Humanidade é este chão comum onde se cruzam fragilidade e potência. Só por nascer já somos Humanos.

Mas ser Pessoa é diferente. Pessoa não é apenas corpo ou instinto. Pessoa é consciência e relação. É poder dizer “eu” e, ao mesmo tempo, reconhecer o “tu”. É ter ética no gesto, responsabilidade nas escolhas, presença diante do outro. Ser Pessoa é atravessar o dado biológico e transformá-lo em vida com sentido.

O Humano pode reagir. A Pessoa aprende a responder. O Humano busca sobrevivência. A Pessoa procura liberdade. O Humano sente dor. A Pessoa encontra palavras para a dor. O Humano deseja. A Pessoa integra o desejo sem destruir o que está à volta.

Esta passagem não acontece sozinha. Não é automática nem garantida. Tornar-se Pessoa é travessia. Pede esforço. Pede hesitação. Pede risco. Pede olhar de frente para os medos e não lhes entregar o comando. Pede sustentar tensões sem se perder nelas. Pede responsabilidade pelo efeito daquilo que fazemos.

Na Qualia trabalhamos este espaço entre Humano e Pessoa. Não negamos o Humano — acolhemos corpo, instinto, emoção e necessidade. Mas acompanhamos o caminho para que esse chão se abra em consciência, em liberdade e em relação. Porque não basta nascer Humano. É preciso nascer Pessoa. E isso só acontece quando atravessamos a vida com verdade.

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13/09/2025

DA ESCURIDÃO À CLAREZA — atravessar a cortina da consciência

Custa. É difícil. Muitas vezes parece que não vai dar. A consciência começa na escuridão da mente, cheia de medos, bloqueios, barreiras e hesitações. Cada passo é pequeno, cada gota de presença parece inútil. A dúvida aperta, a vontade de desistir insiste, e a ansiedade pergunta se há mesmo saída.

Mas é assim que se faz o caminho: gota a gota, instante a instante, até que o que era turvo começa a clarear quase sem darmos conta. E um dia transborda — não porque desistimos, mas porque atravessámos. Do outro lado da cortina não há perfeição nem garantias, mas há uma vida mais clara, mais inteira, mais habitável. E todo o esforço terá valido a pena.

PORQUÊ “CRIATIVIDADE” NÃO É APENAS “SER CRIATIVO” — quando transformar a vida em obra pede presença, risco e responsabil...
13/09/2025

PORQUÊ “CRIATIVIDADE” NÃO É APENAS “SER CRIATIVO” — quando transformar a vida em obra pede presença, risco e responsabilidade, e não truques de palco

Hoje, quase tudo se chama “criativo”. Cursos, workshops, eventos e coaches vendem fórmulas para “ser criativo” como quem vende entretenimento. Prometem atalhos, slogans luminosos e técnicas sem contexto. E com isso confundem excitação com transformação, produzem consumo em vez de consistência, alimentam a ansiedade de ser especial e adiam o trabalho que realmente importa: mudar práticas, relações e estruturas. Quando a novidade não serve necessidade mas apenas vaidade, o criar morre em truque e brilho vazio.

Mas criar, na sua raiz mais humana, é outra coisa. Não é espectáculo nem pose. É uma forma de existir que alinha pensamento, sentimento e acção para responder ao que a Vida pede. É ética aplicada ao quotidiano, é atenção rigorosa ao Real e ao outro, é a coragem de entrar no desconhecido sem garantias e sem anestesia. Criar pede suportar a inquietação que antecede o novo até que o novo deixe de ser fogacho e se torne cuidado que permanece.

Este esforço tem preço: pede lentidão onde for preciso e decisão quando for tempo; pede observar sem filtro e nomear com precisão o que dói e o que falta; pede experimentar com rigor, errar sem drama, reparar o que se partiu e integrar o aprendido para que a resposta seguinte seja mais verdadeira; pede coerência entre o que dizemos e o que fazemos; pede assumir responsabilidade radical pelos efeitos do que inventamos na vida de quem connosco vive e trabalha. Criatividade é sobre sermos humanos e humanistas — não sobre sermos especiais.

E até o absurdo e o imaginário cabem aqui. Criar pode ser brincar: inventar dragões, mundos impossíveis, metáforas novas. Brincar é sério quando abre horizonte, quando não engana nem serve para mascarar grandeza. A imaginação é verdadeira quando regressa ao chão e melhora a vida comum.

Na Qualia trabalhamos assim: facilitamos processos vivos em pessoas, famílias, equipas e projectos para que o criar deixe de ser truque e se torne ética diária. Menos promessa e mais caminho. Menos brilho e mais obra. Porque, quando a criatividade nasce da presença e do respeito pelo Real, aquilo que inventamos deixa de ser apenas nosso — e começa a tornar o mundo mais habitável para todos.

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O QUE OS PAIS SÃO… OS FILHOS VIVEM - o que não curamos em nós volta a aparecer nelesOs filhos não aprendem só com palavr...
13/09/2025

O QUE OS PAIS SÃO… OS FILHOS VIVEM - o que não curamos em nós volta a aparecer neles

Os filhos não aprendem só com palavras. Aprendem sobretudo com a nossa presença, com a maneira como habitamos o corpo, regulamos as emoções, colocamos limites, pedimos perdão e reparamos quando falhamos. A casa é um campo relacional vivo: o que respiramos como adultos — medo, ansiedade, raiva, pressa, silêncio, cuidado, ternura — torna-se linguagem no corpo dos nossos filhos. Isto não é culpa, é responsabilidade.

Há inseguranças que se transmitem como cultura. Quando um pai vive em modo defensivo, o filho aprende a defender-se. Quando uma mãe vive em permanente auto-acusação, o filho aprende a suspeitar de si. Quando os adultos fogem da verdade, as crianças aprendem a sobreviver com narrativas. E quando os adultos se trabalham, o campo muda: mais presença, mais clareza, mais segurança. Cuidar não é perfeição, é coragem de ver, nomear e ajustar. Nem todo o erro nos faz “maus pais”.

Mas... os "maus pais" existem: quando sabemos que estamos a fazer mal e escolhemos continuar — quando a negligência se torna hábito, quando a agressão se normaliza, quando a nossa dor manda e recusamos ajuda. Aí, o dano deixa de ser acidente e passa a ser cultura.

Se queremos que os nossos filhos vivam melhor do que nós vivemos, o caminho começa dentro: reconhecer padrões, regular emoções, aprender a dizer não sem violência e sim sem submissão, reparar com actos e não só com desculpas, pedir apoio quando já não chega a força de vontade. Os filhos não precisam de pais perfeitos; precisam de adultos verdadeiros, que se responsabilizam pelo impacto que têm e que não desistem de crescer.

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A VERGONHA NÃO É TUA — É UM MECANISMO DE CONTROLOquando a cultura te ensina a esconder-te, o corpo aprende a não existir...
13/09/2025

A VERGONHA NÃO É TUA — É UM MECANISMO DE CONTROLO
quando a cultura te ensina a esconder-te, o corpo aprende a não existir

Durante anos, ensinaram-nos que “ter vergonha” era sinal de educação e decoro. Na prática, foi muitas vezes a ferramenta para baixar a cabeça, calar a voz, encolher o corpo. Família, escola, religião e política usaram a vergonha para confundir cuidado com obediência, limite com submissão. O resultado vê-se nas pequenas coisas do dia: a voz que desce de tom, o olhar que foge, a respiração curta, as decisões adiadas, a vida vivida a pedir desculpa por existir.

A vergonha não nasce de dentro. Instala-se quando aprendemos que ser quem somos traz punição, ridículo ou abandono. Serve os sistemas que precisam de pessoas previsíveis e caladas. Cresce onde falta presença autêntica, onde o vínculo é trocado por aprovação, onde o erro é tratado como falha moral em vez de caminho de aprendizagem.

Na Psicoterapia Generativa, devolvemos nome às experiências e lugar ao corpo. Trabalhamos a distinção entre culpa por um dano real e a vergonha por simplesmente ser. Exercitamos o direito a ocupar espaço, a manter o olhar, a dizer “eu” sem pedir licença. Falamos com clareza, colocamos limites, reparamos o que é para reparar e recusamos pagar com a própria dignidade para comprar paz aparente.

Amar sem vergonha não é gritar mais alto. É permanecer inteiro. É sustentar a própria presença mesmo quando isso desarruma hábitos velhos. Quando a vergonha se dissolve, regressa a dignidade, regressa a coragem de existir, regressa a possibilidade de construir relações sem submissão. É aí que a Vida volta a acontecer.

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CULPA NÃO É RESPONSABILIDADE —quando nos punimos, não mudamos; quando respondemos, criamos caminhoA culpa olha para trás...
12/09/2025

CULPA NÃO É RESPONSABILIDADE —
quando nos punimos, não mudamos; quando respondemos, criamos caminho

A culpa olha para trás. Fecha o corpo, contrai a mente e fixa-nos no erro como se ele fosse a nossa identidade. A responsabilidade olha para o presente. Reconhece o que aconteceu, acolhe as consequências e pergunta o que é possível fazer agora para reparar e para seguir mais inteiro.

A culpa alimenta vergonha e silêncio. Faz-nos esconder, justif**ar, adiar. A responsabilidade abre um gesto simples e difícil: nomear o que fizemos, pedir perdão quando for preciso, cuidar de quem foi tocado, aprender o limite que falhou e comprometer-nos com uma forma diferente de estar. Não para limpar a consciência, mas para honrar a Vida que partilhamos.

Em casa, no trabalho e connosco próprios, a mudança acontece quando deixamos de nos castigar e passamos a responder. É um acto profundamente humano e existencial: assumir que somos falíveis e, mesmo assim, escolher agir com dignidade. Não é autoindulgência, é maturidade. Não é esquecer, é integrar. Não é desculpa, é caminho.

Na Qualia trabalhamos este movimento todos os dias: transformar culpa estéril em responsabilidade viva. É aqui que a verdade deixa de doer em vão e começa a gerar realidade nova.

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O AMOR QUE NOS ENSINARAM É UM CONTRATO DE MEDOpromessas de eternidade, dever e posse que escondem a vulnerabilidade de e...
08/09/2025

O AMOR QUE NOS ENSINARAM É UM CONTRATO DE MEDO
promessas de eternidade, dever e posse que escondem a vulnerabilidade de existir

Durante séculos fomos educados a acreditar que o amor era posse, dever, contrato, destino. Uma narrativa romântica que alimenta indústrias inteiras e sustenta sociedades que preferem pessoas obedientes a pessoas livres. Crescemos a ouvir que “sem amor não somos nada” e que só “seremos completos” quando alguém nos salvar da solidão. Mas quando o amor nasce da carência, ele não liberta: aprisiona.

O que tantas vezes chamamos de amor é, na verdade, dependência emocional. É a tentativa desesperada de preencher um vazio interior com a presença do outro. É a confusão entre companhia e encontro. E assim, em nome do “amor”, aceitamos silêncios que sufocam, pactos que anulam, gestos de controlo que se disfarçam de cuidado. Aceitamos viver em medo: medo de perder, medo de f**ar sozinho, medo de não valer por si próprio.

Mas o amor, na sua essência, não nasce da falta. Ele floresce quando dois seres já se reconhecem inteiros, conscientes da sua própria existência, e ainda assim decidem partilhar caminho. Amor não é precisar do outro para sobreviver. É escolher o outro, livremente, para viver.

Na Psicoterapia Generativa, vemos o quanto dói confrontar esta verdade. Dói perceber que muitas relações se sustentam mais no medo do que na presença. Dói descobrir que as histórias que nos contaram sobre “felizes para sempre” não passam de narrativas que escondem a complexidade de estar vivo. Mas é nessa dor que nasce a possibilidade da escolha real. Só quando deixamos cair as máscaras da dependência é que podemos amar de forma inteira.

Amar não é sobreviver acompanhado. É existir plenamente — e, a partir daí, abrir-se ao outro sem submissão, sem máscara, sem cálculo. O amor não é um refúgio contra o vazio, é a coragem de habitar esse vazio e, mesmo assim, estender a mão.

E talvez seja esta a maior transformação que podemos viver: compreender que o amor não nos completa, mas nos expande.

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MEMÓRIA CURTA, LUCROS LONGOSquando a indignação dura poucos dias, o oportunismo ganha anos de avançoCasa Pia. BPN. BES. ...
07/09/2025

MEMÓRIA CURTA, LUCROS LONGOS
quando a indignação dura poucos dias, o oportunismo ganha anos de avanço

Casa Pia. BPN. BES. Banif. Freeport. Submarinos. Apito Dourado. Vistos Gold. EDP. Galp. Tecnoforma. TGV. Marquês. Tancos. TAP. Camarate. Fundos comunitários desviados. Offshores. Maçonarias. Nepotismos. Pedofilias encobertas. Corrupções autárquicas. E agora… o Elevador da Glória, cujo relatório será apresentado — ironicamente — só depois das eleições autárquicas.

Todos estes nomes ecoam como fogachos de indignação, mas ardem apenas durante poucos dias. Passado o choque, volta a rotina: uns indignam-se, outros defendem “os seus”, e a maioria suspira com resignação. E é nesse vazio que o oportunismo encontra espaço para florescer. O silêncio que f**a não é inocência — é a argamassa que cimenta o mesmo ciclo.

A democracia, vendida como liberdade, foi desde a sua génese uma máquina de controlo. Um dispositivo perfeito para manter as elites em rotação, reciclando caras e discursos enquanto a estrutura permanece intocada. Mudam os nomes, repetem-se as estratégias: transformar obediência em cidadania, submissão em dever, servidão em normalidade.

A tragédia maior não é a corrupção em si — é a nossa submissão diante dela. É continuar a torcer pelos carrascos, aplaudir as encenações, legitimar programas que nunca se cumprem, acreditar em promessas que já nasceram mortas. É confundir sobrevivência com vida, propaganda com liberdade, política com destino.

Na Qualia não olhamos para isto como “notícias” ou “escândalos”: olhamos como sintomas de uma doença ontológica. Uma sociedade que esquece depressa porque tem medo de lembrar; que se indigna pouco porque tem medo de mudar; que aceita demasiado porque já não sabe dizer não.

E o mais cínico de tudo é que não é preciso repressão — basta o nosso esquecimento. Enquanto continuarmos a viver de memória curta, os lucros deles continuarão a ser longos. Até ao próximo escândalo. Até à próxima tragédia. Até ao próximo silêncio.

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HABITAR A CASA, HABITAR A MENTEmais do que arrumar, é existir em relação com o espaço que nos sustentaA frase “a casa es...
06/09/2025

HABITAR A CASA, HABITAR A MENTE
mais do que arrumar, é existir em relação com o espaço que nos sustenta

A frase “a casa espelha o estado mental” soa certeira, mas simplif**a aquilo que é vivo. Uma casa impecável pode abrigar uma mente exausta; uma casa com marcas de uso pode conter serenidade e sentido. O que importa não é a fotografia do espaço, é a relação que estabelecemos com ele. Habitar não é controlar, nem exibir perfeição. Habitar é presença. É permitir que o lugar onde vivemos seja extensão do nosso corpo e das nossas escolhas, um território onde a vida deixa sinais que queremos compreender em vez de ocultar.

Quando arrumamos para não sentir, transformamos a ordem em blindagem. Quando adiamos tudo, deixamos o caos falar por nós. Ambos são modos de fuga. O que buscamos é um ponto de verdade onde o espaço não sirva para esconder nem para impressionar, mas para acolher quem somos agora. Uma mesa com migalhas de conversas que importam vale mais do que um brilho asséptico. Uma prateleira com livros que nos transformaram diz mais do que uma decoração sem história. O essencial não é o estado das coisas, é o modo como as coisas participam na nossa vida.

Cada divisão pode ser lida como linguagem: a cozinha como cuidado, a sala como encontro, o quarto como descanso, o corredor como passagem entre épocas de nós. Há gavetas que guardam memórias que precisam de ritual de despedida, há paredes que pedem luz, há objetos que já não pertencem ao nosso presente e ocupam espaço por medo de escolher. Habitar é decidir o que f**a porque nos mantém verdadeiros e deixar partir o que apenas conserva versões antigas do que fomos. Não é manicura doméstica, é responsabilidade pelo nosso próprio lugar no mundo.

Cuidar assim não é tarefa mecânica, é gesto ontológico. Abrir janelas para que circule ar, escolher um canto de silêncio para escutar, criar um espaço comum onde as relações possam respirar sem máscaras, preparar uma refeição como quem sustenta, tudo isto não são detalhes decorativos, são práticas de existência. Quando o espaço se torna coerente com o que sentimos e com o que precisamos, a casa não nos vigia nem nos acusa, acompanha-nos. E é nesse acompanhamento que a mente encontra chão.

A casa não tem de ser perfeita, tem de ser habitada com verdade. Quando o dentro e o fora deixam de se usar um ao outro para fugir, começa a aparecer a vida que se pode viver com mais inteireza. Arrumar ou deixar como está deixa de ser uma guerra de estilos e passa a ser um compromisso com a Realidade que somos hoje. E isso, quase sempre, muda mais do que pensamos.

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