Jornal O Ponney

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SUPER SENIORES Uma das grandes verdades é que todos nós envelhecemos. Vamos perdendo as nossas capacidades físicas e men...
03/10/2025

SUPER SENIORES

Uma das grandes verdades é que todos nós envelhecemos. Vamos perdendo as nossas capacidades físicas e mentais. Por outro lado tendemos a ter uma visão mais ampla da vida quotidiana e menos mesquinha. Também a experiência que fomos adquirindo na nossa vida é um património que nenhum governo deveria prescindir.

Porém a realidade demonstra que essa riqueza patrimonial é sub aproveitada ou até desconsiderada. A política, enquanto organização do bem público e não restrita às questiúnculas partidárias, tem mais em consideração o imediato. Por isso uma defesa maior da fase de juventude. Pois os jovens ou os jovens adultos. Em Portugal, entre os apoios à empregabilidade, habitação e empreendedorismo que têm como público alvo as pessoas jovens, em vários casos, o limite etário máximo de elegibilidade não se mantém nos 30 anos, mas chega aos 35 anos. Pois podem pagar prestações aos bancos e são o garante de um maior prolongamento no pagamento da contribuição a qualquer Estado. O que normalmente é esquecido é que a experiência de uma pessoa sénior é fundamental para um maior desenvolvimento de um qualquer empreendimento, seja económico, cultural ou outro.

Com o sentido de melhor ilustrar esta importância de juntar jovens e seniores trago para a discussão um filme. Se nunca viram “O Estagiário” interpretado pelo ator Robert de Niro, aconselho a que vejam com atenção. Para os que já viram o filme aconselho a que voltem a ver, pois ilustra bem esta relação que deve ser feita.

Com intenção de vos abrir o apetite dou nota da sinopse do filme: «Um sénior que entende candidatar-se como Estagiário, acaba por ser colocado na empresa da jovem Jules Ostin (Anne Hathaway), uma criadora de um site bem-sucedido de vendas de roupas.

Apesar da “spin-off “ ter apenas 18 meses de existência, já é classificada como “média empresa” pelo seu rápido crescimento. O que leva a responsável a ter uma vida bastante atarefada, devido às exigências do cargo e ao facto de gostar de manter contacto com o seu público. Quando a sua empresa inicia o projeto de contratar seniores como estagiários, numa tentativa de colocá-los de volta à vida ativa, cabe-lhe trabalhar com o viúvo Ben Whittaker (Robert De Niro) que nos seus 70 anos, leva uma vida monótona e vê o estágio como uma oportunidade de se reinventar. Por mais que enfrente o inevitável choque de gerações, logo começa a conquistar os colegas de trabalho e aproxima-se cada vez mais de Jules, que passa a vê-lo como um amigo, um preciso conselheiro de negócios e até da sua própria vida pessoal.»

Claro que nem todos os casos são iguais, mas também é verdade que a falta de atenção aos seniores empurra para uma maior incapacidade das pessoas e isso deveria ser um dos grandes assuntos da política, independentemente das questões partidárias.

É exatamente no sentido deste assunto que trazemos os «PROBLEMAS DOS SENIORES SEM POLÍTICAS» que poderia iniciar em Coimbra pela sua imagem de cidade dedicada ao ensino superior.

Ainda dentro dos assuntos da política, acima das questões partidárias, entramos no artigo «CAMPANHA COM ASSUNTOS INTERDITOS» - será que há mesmo assuntos políticos interditos em campanhas para as Autárquicas 2025?

O discurso desgastado de que “Portugal é um país sem grandes recursos económicos” é contraditório com o que apurámos nos artigos «DINHEIRO PÚBLICO APOIA BANCA NADA PÚBLICA» e «BANCA PÚBLICA DENTRO DO “CARTEL DE BANCOS”». Vale a pena refletirmos sobre como é usado o dinheiro para que todos nós contribuímos de forma direta ou indireta.

Terminamos os artigos de destaque com a reflexão política sobre os «ESPAÇOS VERDES EM COIMBRA “SEM REI NEM ROQUE”». Neste artigo há sugestões claras de como poderia ser tratado os espaços verdes. Talvez um bom ponto de discussão para os candidatos à Câmara Municipal de Coimbra.

Uma outra novidade de O Ponney é a apresentação de uma tira de banda desenhada pedagógica sobre a alimentação mediterrânica como forma de preservar e defender as qualidades mentais de cada um de nós. Importante usar o código QR para termos mais informação.

Depois temos os artigos de opinião. Abrimos com o artigo da nossa amiga Manuela Jones para falar da beleza do envelhecimento.

O nosso amigo António Pinhas enviou-nos um artigo sobre esta coisa de “Chamar os bois pelos nomes” que no fundo é um alerta a favor da democracia repúblicana. Interessante lermos.

O artigo de José Ligeiro traz-nos uma reflexão sobre Portugal. Concordando ou não merece a reflexão.

Terminamos os artigos de opinião com mais um apoio às medidas deste executivo municipal escrito por Adriano Ferreira.

Outros artigos podem ser encontrados no nosso O Ponney

Para todos quantos entendam criticar ou elogiar, agradecemos que nos enviem para o endereço de e-mail d’O Ponney :
[email protected]

Saudações conimbricenses e republicanas;

José Augusto Gomes
Diretor do jornal O Ponney

A BELEZA DO ENVELHECERHoje decidi escrever um artigo no nosso O Ponney sobre um fenómeno que se torna cada vez mais evid...
03/10/2025

A BELEZA DO ENVELHECER

Hoje decidi escrever um artigo no nosso O Ponney sobre um fenómeno que se torna cada vez mais evidente na nossa sociedade: a busca incessante pelo elixir da juventude.

Podemos começar com a famosa pergunta: "Espelho meu, espelho meu, há no mundo mais bela/o do que eu?"

Ultimamente, só se veem publicações que destacam a imagem renovada da atriz Alexandra Lencastre, um claro exemplo de um fenómeno social dos nossos dias. É importante frisar que não critico a Alexandra. Ela faz o que bem entender do seu corpo e, aliás, deve estar completamente despreocupada com o que dizem sobre si. Reconheço que já cansa ler sobre ela, mas depois de tanta leitura e tantas notícias, decidi abordar este tema.

A valorização excessiva da imagem parece ter eclipsado princípios fundamentais, fazendo com que muitas pessoas hipotecassem o seu futuro em prol da aparência. Para onde estamos a caminhar?

Alexandra Lencastre sempre se destacou como uma atriz de talento inegável, além de ser uma mulher de enorme beleza. Nos dias de hoje, em que a imagem carrega um peso significativo na sociedade, é essencial refletirmos sobre o processo natural de envelhecimento. Aceitar as mudanças que o tempo traz é um verdadeiro ato de amor próprio.

Manter um estilo de vida saudável, praticar desporto e cultivar relacionamentos que nos acrescentem são pilares que nos ajudam a envelhecer com dignidade. As rugas, que por vezes consideramos um sinal de imperfeição, são, na verdade, testemunhos das nossas vivências, das alegrias partilhadas e das lágrimas derramadas. Elas falam sobre a vida que levamos, repleta de emoções.

Recentemente, a figura da Alexandra tem gerado discussões acaloradas nas redes sociais. Enquanto alguns a admiram, outros criticam-na. É importante que, ao olharmos para a imagem que vemos no espelho, nos perguntemos se reconhecemos o que está refletido nele e se nos sentimos bem. A Alexandra que nos "visitou" ao longo dos anos, cuja beleza foi apreciada por tantas pessoas, será que ainda se reconhece? Contudo, a transformação da sua imagem, após vários procedimentos estéticos, deixou- nos muito perplexos. A sua aparência rejuvenescida, quase de vinte anos, já não reflete a verdadeira beleza que a tornou conhecida.

É visível que a intervenção estética alterou significativamente os traços que lhe eram característicos. A expressão do seu rosto parece ter-se esticado a tal ponto que, em algumas situações, já quase não consegue falar ou sorrir de forma natural. O aumento do volume dos lábios e as mudanças faciais deixaram de lado a autenticidade que muitos admiravam, fazendo com que a imagem que nos habituámos a ver pareça ter desaparecido.

Embora o seu talento como atriz permaneça intacto, a desconexão entre a sua nova aparência e a imagem original levanta questões sobre a pressão estética que existe na sociedade contemporânea. A busca incessante pela beleza perfeita pode, por vezes, levar a uma perda da identidade, criando um fosso entre quem somos e como nos mostramos ao mundo.

É fundamental discutirmos esta realidade, que afeta não só figuras públicas, mas também pessoas comuns que se sentem compelidas a mudar a sua aparência em busca de aceitação. A verdadeira beleza reside na autenticidade e na capacidade de aceitar as mudanças que vêm com o tempo, valorizando a história que cada ruga e cada expressão carrega. Eu gosto de franzir o sobrolho quando estou zangada e de fazer duas covas nas bochechas ao sorrir quando estou alegre. Tenho a idade da Alexandra e estou cheia de ruguinhas e cabelos cor de prata. Não farei intervenções, porque elas não vão apagar os anos e as experiências que vivi. Não vou hipotecar o meu futuro, nem ceder à constante oferta de clínicas no estrangeiro que prometem esticar tudo, colocar silicone em todos os buracos ou perfurar-te para tirar gordura. "Metem-te parafusos de rosca" para esticar a tua conta e engordar as contas bancárias dessas clínicas, muitas vezes oferecendo-te, como presente, a morte.

No final, talvez devêssemos lembrar que a verdadeira beleza está no jardim que plantamos e cuidamos no nosso interior.

Podemos mudar a imagem, mas a idade e o relógio do tempo continuam a passar, a marcar a nossa história e a nossa essência. Que possamos encontrar um equilíbrio entre cuidar de nós mesmos e manter a essência que nos torna únicos, valorizando, assim, a beleza que vem de dentro.

Bom fim de semana.
Boas leituras.
M. Jones

TEMOS QUE CHAMAR OS BOIS PELOS NOMESCom os ruídos das campanhas políticas, para as próximas Autárquicas e Presidenciais ...
03/10/2025

TEMOS QUE CHAMAR OS BOIS PELOS NOMES

Com os ruídos das campanhas políticas, para as próximas Autárquicas e Presidenciais a seguir, vai acabando por dissolver assuntos políticos graves que ficaram por resolver. Lentamente caiem dos meios de comunicação.

Mas não devemos esquecer o que já aconteceu por isso vou usar a expressão “temos que chamar os bois pelos nomes” que também serve para o presidente da República, pois é cidadão e não reizinho com súbditos.

Pela República temos que nos lembrar do chamado “Caso das gémeas”, que envolve o filho do presidente da República Portuguesa e ex-ministra da Saúde, pode denunciar conspiração e minimizar o alcance do escândalo, mas as escusas de declaração do filho do presidente e as audições da secretária da ex-ministra da Saúde são uma má notícia que poderia ter sido dispensada.

A realidade é que não pode haver ninguém acima da lei, mas parece que, em Portugal, ainda há portugueses de primeira e de segunda. No tempo do Estado Novo, tínhamos as pessoas que nasciam em Portugal Continental que eram consideradas “portugueses de primeira” enquanto as que, por sorte ou azar do destino, nasciam nas chamadas “províncias ultramarinas” de “portugueses de segunda”.
Manter esta escala, agora, entre os que têm apoio direto de quem tem poder ou que a ele está próximo, chamado entre os populares como “cunhas” são os “portugueses de primeira” e os outros são o resto, que no mínimo é muito triste e grave. Mas parece que este processo do “Caso das Gémeas” e do reconhecimento que há “portugueses de primeira” e os outros são “portugueses de segunda” se vai diluindo nas muitas parangonas dos noticiários e jornais.

Por outro lado a extrema direita em Portugal, na figura do partido Chega, começa a ganhar espaço, exatamente quando estas situações juntam-se aos muitos casos onde desde presidentes de juntas de freguesias até ao presidente da República são envolvidos em escândalos que são aproveitados para dar cabo da Democracia e do sentido da República.

Curiosamente, na esmagadora das vezes pertencentes ao Partido Socialista (PS)ou ao Partido Social Democrático (PSD) o que descredibiliza a bipolarização do poder e, na maior parte das vezes, é aproveitado para engrossar o partido de André Ventura, Chega, que se posiciona contra a corrupção e o abuso de poder. Posiciona-se, mas sem alternativa política - o que desmascara que o reivindicador é apenas “mais-do-mesmo”.

Esquecem os dirigentes dos partidos, sobretudo do PS e do PSD, que perante estas situações deveriam ter uma atitude firme contra estas situações de abuso de poder e de corrupção. A falta de firmeza dos partidos da bipolarização do poder são o verdadeiro “adubo” dos partidos radicais, sejam da ala Esquerda sejam da ala Direita.

Como diz bem o ditado “à mulher de César não basta ser séria é preciso parecer séria!” que é o mesmo que dizer que “ao Estado Português não basta ser sério, é preciso parecer sério”.

Com esta opinião me fico.

António Pinhas

ELEVADOR DA GLÓRIA E OUTRAS GLÓRIAS, ESTAS DE COIMBRAHá muitos, muitos anos, um amigo estrangeiro que me visitou, fez es...
03/10/2025

ELEVADOR DA GLÓRIA E OUTRAS GLÓRIAS, ESTAS DE COIMBRA

Há muitos, muitos anos, um amigo estrangeiro que me visitou, fez este comentário no final da sua estadia no nosso adorado país: " - Amigo, gosto de ti como pessoa e cidadão deste mundo, mas vives num país medianamente engraçado e envolto numa espécie de neblina com tons de cor de rosa e ao abandono por negligência".

Nunca esquecerei esta descrição que na altura me pareceu demasiado estranha, mas ao longo do tempo fui-me apercebendo da realidade das suas palavras. Estas refletiam a essência dinâmica e cultural de um povo, do qual faço parte, mas que a cada dia que passa faz aumentar o meu desprezo.

Abro uma qualquer pagina social e o que vejo é o patético e não menos habitual “fight club” entre as duas claques nas suas previsíveis tentativas de aproveitamento de uma tragédia para ganhar pontos nas urnas de voto.

Sobre este acidente, que ficará para sempre registado nos anais da historia deste país e, especificamente, da cidade de Lisboa, fazem-se acusações sobre os culpados, sobre a quem deve pertencer a culpa. Será mesmo o atual presidente da câmara, o Dr Carlos Moedas?

Sim, o Moedas é culpado.

Culpado porque herdou de livre vontade uma situação disfuncional quando se candidatou à presidência da CML e ganhou. Tinha a obrigação de resolver o problema e não fez nada para a corrigir. Como bom ”tuga”, limitou-se a empurrar o problema com a barriga, fingindo que não era nada com ele. Teve azar. Explodiu-lhe na cara.

Isto não é ideológico. É cultural. É resultado da forma negligente e muitas vezes velhaca com que os responsáveis encaram os problemas da autarquia a todos os níveis. Cheias, pontes desabadas, incêndios, dados epidemiológicos, trabalhadores colhidos nas bermas da estrada, falta de meios para combater incêndios, património degradado, muitas nomeações de gente por lealdade política, mas com canudo e mesmo assim demasiado incompetentes para o cargo.

Isto é um vírus que corrói a cultura de um povo inteiro para lá de qualquer redenção. Um vírus que deixa sempre a culpa morrer sozinha. Há vítimas e nunca há culpados. Há corrupção e não há corruptores.

Até inventaram uma cena que ninguém entende o que é e a que chamaram “responsabilidade política”, uma forma airosa de dar a entender que os políticos nunca poderão ser responsabilizados civil ou criminalmente pelos seus atos. Sim, porque “responsabilidades” só existem ideologicamente e a sua chamada de atenção serve apenas para que o povo veja que alguém está atento ao que os outros fazem.

A verdade sobre o assunto diz que a tal “externalização” da manutenção do funicular remonta a 2011, ano em que António Costa era presidente da câmara de Lisboa.

Desde então, registaram-se inúmeras queixas quanto à qualidade técnica do serviço e ocorreram vários incidentes, o último, ao que sei, por descarrilamento em 2018, sob o reinado de Fernando Medina, que para sorte dele e dos visados, não causou vítimas e foi discretamente empurrado para o esquecimento mediático.

A CML nem se dignou a responder às inquirições que na altura os media fizeram para apurar o que tinha acontecido. Apesar dos repetidos avisos e das queixas, nenhum destes sucessivos responsáveis fez fosse o que fosse para corrigir a situação. A mesma acabou por explodir com as consequências trágicas que conhecemos.
É normal, é cultural e não vai deixar de acontecer, porque os comportamentos dos responsáveis não vão nem irão mudar. Porque o povo vai continuar a eleger incapazes que nunca serão responsabilizados por nada ou pensam que é por acaso que Portugal teima em conservar a desonra de ser o esfíncter a**l da Europa, à qual nem sequer deveria pertencer. Ninguém na sociedade civil parece estar muito preocupado com isso enquanto houver futebol, festas e ordenados de mingua.
Tragicamente, o Elevador da Glória acabou por se tornar o retrato mais fiel da sociedade portuguesa como um todo. As suas vítimas foram vítimas de Portugal enquanto sociedade. Uma desonra.

Não vai deixar de acontecer, porque os comportamentos dos responsáveis não vão mudar. Porque vão continuar a ser nomeados incapazes apenas porque passaram pelas universidades e tem um curso superior e por isso, sentem-se mais chegados aos deuses que os comuns dos mortais.

Isto foi lá, pelos lados dos “mouros”, como se costuma dizer. E por cá? O que se passa no nosso burgo?

Estamos prestes a reeleger ou a eleger gente nova para o “poleiro” citadino. O que fará o eleito em relação a esta cidade? Que limpeza pode ser feita, seja urbanística, comercial ou a nível de transportes?

Se as pessoas pensam que o tão famigerado “Metro Coimbra” trará algo de novo ou bom para a cidade, enganem-se. Deixem passar largos meses e vão ver se tudo isto não foi um erro crasso de aproveitamentos de dinheiros públicos e quem paga? O Zé ca**lizador ou estucador ou carpinteiro de forma a nunca conseguir ter dinheiro para ir passar férias às Caraíbas e afins. Mas os Srº Drº já podem, pois com bons ordenados ou até pensões gloriosas, facilmente chegam lá.

É isto a cidade dos “Dr’s” e “Eng’s”...

E não, não me canso de escrever e até dizer isto. Vejo todos os dias situações que podiam ser resolvidas com eficácia, mas não se pode, porque não há verbas ou pessoal qualificado para o fazer e por isto, tem de se pedir a alguém externo para o fazer e dessa forma pagar a preço de ouro para ficar pronto.

Quem paga? Os mesmos de sempre para encurtar os seus prazeres e desejos. Os restantes, está tudo na boa...

No dia em que um transporte camarário se estampar e houver vitimas, a quem serão atribuídas as culpas? Ao presidente em execução de funções? Ao ultimo funcionário que fez a manutenção ao veiculo e que se calhar nem formação tem para isso a não ser saber apertar uns parafusos? Ao Eng seu chefe porque afinal este é que é o responsável pelo seu pessoal?

Depois de voltas e mais voltas, a culpa morrerá sem ser entregue a alguém e os familiares dos que faleceram ou os cidadãos que ficaram de alguma forma estropiados é que sofrerão. O dinheiro do seguro não amaciará a sua dor.

José Ligeiro

JUNTOS CONSTRUÍMOS COIMBRA - 4Versatilizado 'Conselho Estratégico Municipal para o Desenvolvimento de Coimbra' 11a. Reun...
03/10/2025

JUNTOS CONSTRUÍMOS COIMBRA - 4

Versatilizado 'Conselho Estratégico Municipal para o Desenvolvimento de Coimbra' 11a. Reunião n'O LUFAPO HUB [Quarta Parte, de um conjunto de 'seis'] Segunda Abordagem (num subconjunto de três)

Como já constatámos, o 'Lufapo Hub' é inspirado em iniciativas internacionais e nacionais de sucesso, como assim, nas novas políticas económicas que privilegiam em primeira instância: a co-criação, a inovação inclusiva e sobretudo o empreendedorismo; apresentando como foco principal a dinamização das indústrias criativas, que terão representatividade já na próxima 4a. Edição do "Coimbra Invest Summit 2026", como quinto Cluster. Como tão bem, o fomento da 'incubação' e 'aceleração' de ideias, potenciando sinergias com as indústrias tradicionais e tecnológicas.

Então, para concluir este procedimento, temos na 'Lufapo Hub' 4 pilares sustentáveis:
1) Creators - nómadas digitais e criadores nacionais/internacionais, preferencialmente ligados aos setores cerâmico, artístico e artesa**l, que encontrarão neste espaço 'ateliers' com todas as condições: utensílios, ferramentas, equipamentos e fornos necessários à sua atividade;
2) Coworkers - profissionais liberais e/ou em trabalho remoto, empreendedores e PME's (pequenas e médias empresas), que têm á sua disposição neste espaço as condições necessárias ao desenvolvimento da sua atividade, com infraestruturas de suporte inovadoras e devidamente equipadas;
3) Startups - empreendedores e as suas respetivas equipas com projetos em fase inicial de desenvolvimento, que poderão encontrar neste espaço um ecossistema de inovação e dinamismo propício ao fomento da sua atividade, beneficiando de sinergias com a comunidade empreendedora do 'Hub'; note-se que, a "Traço Técnico - Projetos de Engenharia e Consultoria", trabalha a partir daqui para 'Instalações Mecânicas AVAC' e 'Elétricas de Baixa Tensão' e até 'Infraestruturas de Telecomunicações - ITED', e contam, para o efeito, com instrumentação especializada, levantamento 3D e modelação BLM;
4) Scaleups - empreendedores e as suas respetivas equipas (tal como numa 'startup'), que procuram um ecossistema propício à escalabilidade do seu negócio; encontrarão aqui as pontes e as sinergias para os setores criativos, tecnológicos e tradicionais, beneficiando da rede e infraestruturas disponibilizadas.
Posto isto, apenas deixaria aqui alguns exemplos á margem, só mesmo para clarificar "Ceramicar-te - Cerâmica Artesa**l e Oficinas", funciona como um lugar de criação artística e produção de afetos através da própria 'cerâmica'; seja por meio de peças autorais, ou pelas oficinas abertas ao público, oferecendo experiência com o 'barro' e, por conseguinte, explorarando os processos de criação na confeção de peças cerâmicas de pequena e média escala. Já para não falar em 'ateliers' de 'Co-criação de Ilustração & Pintura', porque André Caetano é ilustrador e autor de 'BD' e conta com projetos infanto-juvenis, banda desenhada, livros ilustrados e capas (ele mostrou-nos na visita que efetuamos aqui). E, como se não bastasse, o 'atelier' de jóias 'The No.Name.Brand', uma marca de joalharia desenhada e produzida pela senhora Adriana nesta 'Lufapo', com peças exclusivas em prata.
Não poderei deixar de terminar esta 'segunda abordagem' desta 11a. Reunião CEMDC, sem falar num dos programas mais promissores de Empreendedorismo da 'Lufapo Hub', mais propriamente o 'CITECH Boost', que é um programa de capacitação de empresas e empreendedores; e reparem bem ... para a geração e aceleração de ideias, como tão bem, soluções inovadoras através da cooperação entre as entidades participantes e das sinergias intersetoriais! Por outras palavras, através do fomento do Empreendedorismo e o Intraempreendedorismo de base industrial, estimula-se, promove-se e apoia-se o surgimento e aceleração de novas ideias intrínsecas às empresas e empreendedores dos setores do Habitat, com elevado grau de maturidade. Para isso, a 'Lufapo Hub' interage com a Câmara Municipal de Coimbra (como não poderia deixar de o ser), com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), com o IAPMEI (apoio às pequenas e médias empresas), com o CEARTE (centro de formação profissional para o artesanato e património), com o Instituto Politécnico de Coimbra e com a própria Universidade de Coimbra, que cada vez mais é interativa a estabelecer parcerias com a comunidade empresarial local (ou outra) e em especial neste processo de atuação, tão revitalizador de espaços que outrora foram industriais.
A 'Lufapo Hub', dos 44 projetos alojados à data desta reunião, conta também com um total de 152 colaboradores, dos quais 'oito' são doutorados, 66 são mestrados e 56 são licenciados. Num total de volume de negócios (em dados precisos): 23 milhões e 524 mil euros e quarenta e oito cêntimos.

Até à Quinta Edição desta maratona para as eleições autárquicas!!

Dr. Adriano J. M. Ferreira - Membro do Órgão Consultivo "Conselho Estratégico Municipal para o Desenvolvimento de Coimbra"

ESTAMOS DE VOLTA PARA LEMBRAR QUE AMANHÃ É PUBLICADO O PONNEY
02/10/2025

ESTAMOS DE VOLTA PARA LEMBRAR QUE AMANHÃ É PUBLICADO O PONNEY

ANTIEXIGÊNCIA A pressão molesta que venho há muito sentindo, em todas as esferas da vida, é a pressão antiexigência. Na ...
26/09/2025

ANTIEXIGÊNCIA

A pressão molesta que venho há muito sentindo, em todas as esferas da vida, é a pressão antiexigência.

Na educação, desde a formação básica até às academias, refletindo-se na sociedade, a fasquia baixa-se cada vez mais: seja para engordar números, seja sob o pretexto de inclusão e pelos casulos de fragilidade que é preciso resguardar.

Nas relações interpessoais e sociais, o preceito soberano do “não julgamento” e o relativismo que nos vai afastando da noção de Verdade e de ética amolecem o critério e apagam a capacidade de discriminar. Tudo é permitido, o talento de manter relações amistosas com todos é considerado um alto predicado (ouvi repetidas vezes adolescentes e adultos descreverem a sua maior qualidade como a de serem “amigos do amigo”), a ideia de igualdade vai engolfando a noção de mérito, omitindo os níveis e as diferenças qualitativas entre as pessoas.

Tornámo-nos diplomatas eméritos, com um vocabulário cada vez mais reduzido, em virtude das ofensas que as palavras carregam, e sumamente hábeis na capacidade de calarmos o que sentimos. O nivelamento por baixo é um ambiente propício para qualquer tirania, da Esquerda à Direita.

No sentido oposto a democracia exige. Exige que se discuta, exige diferença, exige que todos tenham a palavra, exige que cada um seja autoexigente e que questione o governo da sua comunidade. O que desagrada a quem, hipocritamente, se aproveita da democracia para se eleger, mas condena o escrutínio. Para esses, que se opõem à democracia, o resultado das eleições é um cheque assinado em branco para exercer o poder qual faraós com uma espécie de “poder divino”.

Quem defende a democracia não exerce o poder de forma tecnocrática, exerce para bem da população e não dos interesses burocráticos e muito menos dos interesses mesquinhos pessoais. Confundindo a pessoa com o poder que exerce.

Assim, abrimos O Ponney com o artigo «BAIXA CADA VEZ MAIS EM BAIXO» dando voz à população e ao executivo da Câmara de Coimbra eleito por uma coligação liderada pelo PSD e outros partidos mais a coligação pós eleitoral com o Partido Comunista Português.

Depois apresentamos o artigo «BOICOTE POLÍTICO AO DESENVOLVIMENTO DE PORTUGAL». O rumo mundial aponta para que haja mais evolução científica e tecnológica e as medidas dos diversos governos de Portugal que anda a fazer (ou a não fazer)? Este assunto deveria ser mais discutido em Coimbra pelo maior envolvimento das escolas superiores.

O Ponney continua a tocar num assunto que deveria ser discutido à escala nacional sobre «O PODEROSO DESEQUILIBRIO DE PORTUGAL».

Se a falta de população do interior tem consequência pela falta de poder o resultado vê-se quando observamos que o « INTERIOR DE PORTUGAL CONTINUA ESQUECIDO». Os fogos demonstram a continuada falta de estruturas e do abandono a que está votado o país.

A par com uma tendência de absolutismo político que vai limitando a pouco-e-pouco a democracia e que é visivel em todo o mundo, mas também em Coimbra. Trazemos «AUTÁRQUICAS 2025 E HUMOR PROIBIDO» para uma maior reflexão política.

Depois a nossa banda desenhada de Abel o abelha trazendo algum humor reflexivo.
Na secção de opinião trazemos o artigo da nossa amiga incondicional Manuela Jones com mais uma crónica sobre a vida dos professores.
O nosso amigo Sancho Antunes traz-nos a sua opinião sobre mobilidade e finalizamos com o artigo de Adriano Ferreira com o seu relato parcial.

Assim, terminamos desejando um fim de semana e boas leituras;

José Augusto Gomes
Diretor do jornal digital O Ponney

“RETALHO DA VIDA DE UM PROFESSOR” Já escrevi textos sobre professores e o marco importante que alguns desempenharam e  d...
26/09/2025

“RETALHO DA VIDA DE UM PROFESSOR”

Já escrevi textos sobre professores e o marco importante que alguns desempenharam e deixaram na minha vida. Nunca será demais recordar a sua importância. Hoje vou contar-vos os retalhos da vida de um professor.

Era uma vez um professor que decidiu dedicar a sua vida à educação, acreditando que a leitura e a escrita seriam as chaves para abrir mundos novos aos seus alunos. Contudo, a realidade que enfrentava era bem diferente da que idealizara.
O seu quotidiano começava numa rotina marcada pela solidão e pelos desafios diários. Para lecionar numa escola situada a centenas de quilómetros de casa, teve de deixar a sua família para trás. Tornou-se um habitante de uma carrinha, um espaço exíguo que se transformou no seu lar temporário. Cada noite, a ausência familiar pesava-lhe, enquanto as conversas com os filhos se limitavam a breves chamadas, nas quais tentava disfarçar a saudade que o consumia.

Após as aulas, a tarefa de corrigir te**es e avaliar trabalhos estendia-se até altas horas da noite. Essas horas não eram pagas. Com um salário que mal cobria as despesas, sonhava em proporcionar uma vida melhor à sua família. O carinho que dedicava aos alunos era profundo, mas a dor da distância dos seus próprios filhos acompanhava-o como uma sombra. Ele ansiava por momentos simples em família, que agora pareciam tão distantes. Faltava o calor do abraço da família que ficou para trás.

Na sala de aula, o entusiasmo ao entrar era frequentemente confrontado com a falta de respeito de alguns alunos e a indiferença de certos encarregados de educação. As palavras de encorajamento que partilhava muitas vezes perdiam-se num oceano de desinteresse. Dia-a-dia, esforçava-se para manter acesa a chama da curiosidade, apesar da desvalorização da sua profissão, que pesava sobre os seus ombros. O que deveria ser uma vocação transformava-se, por vezes, num campo de batalha.

Recentemente, a proibição do uso de telemóveis e da Internet nas escolas trouxe novos desafios. A sua preocupação era evidente, muitos alunos, dependentes das redes sociais, poderiam reagir com revolta e desorientação. Como iriam lidar com a ausência de uma tecnologia que se tornara parte de suas vidas?
O professor receava que essa mudança abrupta trouxesse mais problemas do que soluções, complicando ainda mais a tarefa de motivar os jovens. Talvez fosse essa a solução para se substituir o telemóvel pelo gosto da leitura.

Anos de formação e sacrifício pareciam ter sido em vão.
A dificuldade em encontrar uma colocação digna e pela valorização da carreira, era uma luta constante. Nos momentos de dúvida, questionava-se se a sua missão fazia sentido. No entanto, no fundo do coração, uma luz nunca se apagou: o amor pela educação.
Sabia que, apesar das dificuldades, cada pequeno progresso de um aluno era uma vitória. Cada sorriso, cada olhar de compreensão, tornava o esforço que recompensava.

Em conversas com colegas, ouvia histórias semelhantes. Todos partilhavam frustrações, mas também destacavam a beleza de moldar o futuro através do ensino. Essa solidariedade era um bálsamo para a solidão, uma lembrança de que não estava sozinho naquela caminhada. Juntos, sonhavam com um sistema que valorizasse os educadores, reconhecendo o papel fundamental que desempenhavam na formação de cidadãos críticos e autónomos.

O professor imaginava um futuro onde a sua dedicação fosse reconhecida, que deixassem de haver professores de primeira e de segunda, onde pudesse estar ao lado da sua família e desfrutar dos momentos simples que a vida proporciona. Ele desejava levar os seus filhos a passear, ao teatro, cinema, partilhar leituras à noite e vivenciar a alegria da convivência familiar.

A luta contra a iliteracia, a desvalorização da profissão e a solidão eram desafios reais, mas a paixão pela educação mantinha-o firme. Com o coração cheio de amor e esperança, continuava a ensinar, a sonhar e a acreditar que, um dia, a educação em Portugal seria valorizada como merece. O carinho que dedicava aos filhos dos outros era, na verdade, uma manifestação do amor que sentia pelos seus, alimentando a esperança de que, um dia, todos pudessem estar juntos novamente.

M. Jones

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Coimbra
3030-328

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