Jornal O Ponney

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«A VERDADE DOA A QUEM DOER»Elegemos, nesta edição, o ditado popular que significa que falar a verdade, mesmo quando é de...
05/12/2025

«A VERDADE DOA A QUEM DOER»

Elegemos, nesta edição, o ditado popular que significa que falar a verdade, mesmo quando é desconfortável ou causa dor, é o correto a fazer, e que a verdade deve prevalecer independentemente das consequências emocionais para as pessoas envolvidas. Escolhemos esta expressão pela integridade, honestidade e a inevitabilidade do confronto com a realidade, mesmo que doa aos partidários da Direita ou da Esquerda. É essa a função dos jornais isentos como é o caso de O Ponney.

Por oposto, existem algumas pessoas que preferem não conhecer a verdade, mas a realidade é que, essas pessoas, recusam pensar pela sua própria cabeça e acabam por passar um cheque em branco a manipuladores.

Muitas vezes é necessário criar o desconforto para que cada um possa pensar. Abrimos com «BALLET ROSE CONTINUA SEM A FORÇA DOS CRAVOS », um dos crimes hediondos e hipócritas protegido pelo Estado Novo “salazarista”. Para além de não ter existido julgamento claro às memórias das vítimas e dos predadores, do que foi conhecido como “Ballet Rose”, é importante desmistificar que o governo de Salazar, e depois de Marcelo Caetano, era honesto e integro. Não foi nada disso como provam as inúmeras vítimas caladas e que continuam em silêncio. O erro é ainda continuarem silenciadas. As memórias dos predadores, apontadas no artigo, não podem continuar sem serem devidamente julgadas.

Se este primeiro artigo aponta o dedo a uma parte da Direita, o segundo artigo aponta o dedo a uma parte da Esquerda. Com o título: «ASSALTANTE HOMENAGEADO PELA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA», fazendo, hoje, 1 ano sobre a homenagem a uma pessoa que foi assaltante à mão-armada em Portugal. É necessário lembrar o erro da Assembleia da República.

Quer a Esquerda quer a Direita devem assumir os erros e serem os primeiros a corrigirem os erros, em defesa da Democracia. O oposto não defende o que é mais valioso na política nem a ética. O artigo que trazemos a seguir desvenda que «ADMITIR ERROS PUBLICAMENTE É SÓ PARA OS MELHORES». Um artigo para ler e pensar.

Num conceito de humor apresentamos «COIMBRA VAI EXPORTAR PAIS NATAL!», talvez como forma de melhorar a economia, mas sempre dá para pensar.

Num registo de esperança temos o artigo «COIMBRA JÁ PERDEU O SUFICIENTE». Acreditamos que a governação de Coimbra possa estancar a hemorragia e entrar na discussão da coisa pública. Vamos ter esperança no novo executivo.

A tira de banda desenhada da Dani continua a dar bons conselhos para melhorarmos a nossa saúde.
Os artigos de opinião abrem com « A DEMOCRACIA ALIMENTA-SE DA OPINIÃO DE CIDADÃOS OU DE “ESPECIALISTAS”?» Um artigo escrito por Edite Cardoso que vale a pena a reflexão.

A nossa amiga Rosário Portugal traz-nos «O VERDADEIRO E ÚNICO DIA DA MÃE». Mesmo que todos os dias sejam “dias da Mãe”, a verdade é que há outra informação por detrás.

Fechamos os artigos de opinião com «OS DIAS DA RÁDIO» onde a nossa sempre presente amiga, Manuela Jones, nos embarca ao passado onde a rádio era o centro da sociedade.

Muitos outros artigos poderá encontrar nesta edição.

Para todos quantos entendam criticar ou elogiar, agradecemos que nos enviem mensagens para o endereço de e-mail do jornal O Ponney :
[email protected]

Saudações conimbricenses;

José Augusto Gomes
Diretor do jornal O Ponney

BANDA DESENHADA DA DANI COMO NOVO PROJETO DE LITERACIA EM SAÚDEProjeto CHAngeing Excellence Hubs e a promoção de estilos...
05/12/2025

BANDA DESENHADA DA DANI COMO NOVO PROJETO DE LITERACIA EM SAÚDE

Projeto CHAngeing Excellence Hubs e a promoção de estilos de vida saudáveis inspirados pela dieta Mediterrânica.

Tira BD e artigo (siga código QR para o web site) inspirados no trabalho de doutoramento da Catarina Mendes, projeto científico liderado por Nuno Raimundo, ilustrações de José Gomes, textos de António Piedade, coordenação do projeto Horizon Europe CHAngeing Excellence Hubs João Malva.

A DEMOCRACIA ALIMENTA-SE DA OPINIÃO DE CIDADÃOS OU DE “ESPECIALISTAS”?A verdade é que há agora, passados mais de meio sé...
05/12/2025

A DEMOCRACIA ALIMENTA-SE DA OPINIÃO DE CIDADÃOS OU DE “ESPECIALISTAS”?

A verdade é que há agora, passados mais de meio século da data do 25 de Abril, um maior número de pessoas a escrever nas redes sociais e a falar na rua (que é a mesma coisa) que só se deve dar opinião política a quem é “especialista”.

Será esta ideia correta?

Diz L. Barbosa Rodrigues no seu livro «O DIREITO FUNDAMENTAL DE REVOGAÇÃO DO MANDATO POLÍTICO - POLITICAL RECALL” (publicado em Setembro de 2022 pela editora “QUID JURIS?” página 60 e 61): «De facto, se deter a legitimidade de título é democraticamente imprescindível, acautelar uma permanente a legitimidade de exercício vislumbra-se tão ou quiçá, mais, essencial.»

Continuando o autor especialista «Mais: nem o argumento, de extração sociológica, de que o poder deve ser exercido pelos mais aptos - tradutor da rendição democrática ao elitismo - pode ser aduzido.»

Por palavras não “especializadas” a verdade é que o especialista na área jurídica sobre o poder político coloca a importância na opinião dos cidadãos. O especialista entende dar voz aos não especialistas nos assuntos políticos. Estou a fala dos assuntos que interessam a sociedade e não a defesa do partido A ou B.

É muito importante que cada um de nós entenda que “partidarite” é o oposto de ‘política’, pois enquanto a defesa de um partido, “partidarite”, coloca em planos secundários os interesses da comunidade; já o assunto da política é o bem da comunidade e que deve ultrapassar a defesa do partido (estando ou não no poder).

Mas por defesa dos interesses do partido, muitos tendem a calar as críticas de ações políticas, remetendo-as apenas aos especialistas. E expressões como “és especialista sobre esse assunto? Então cala-te!” são bastas vezes usadas para calar a crítica a uma medida política.

Coloca-se a natural pergunta: «Então somos todos “populaça” (como gente ignorante) para não podermos opinar sobre determinadas medidas políticas?»

Por isso temos que voltar ao especialista que escreve: « Desenvolve-se, assim, o total paradoxo de que, à medida que a literacia dos representados cresce - e cresce, exponencialmente, no decurso do último século - a literacia dos seus presuntivos representantes nunca parece haver decrescido em moldes tão acentuados.» Esta postura de L. Barbosa Rodrigues contraria a depreciação da opinião dos cidadãos eleitores.

L. Barbosa Rodrigues (op.cit.) desfaz qualquer dúvida sobre a importância da legitimação da participação dos cidadãos na vida política escrevendo: «Na verdade, atualmente, nem os titulares dos órgãos políticos se destacam enquanto corpo de sábios, consequência, sobretudo, da sua exclusiva extração e formação partidária.

Nem, reciprocamente, os atuais representados se perfilam enquanto conjunto de analfabetos, sem acesso à cultura e ao conhecimento, maxime, nos domínios da política.»

F**a clara que a Democracia alimenta-se da opinião de todos os cidadãos, que não são a “populaça” como caracterizam os tiques ditatoriais de alguns eleitos, e não de uma auto-denominada “elite”. Caso contrário voltávamos aos tempos Salazaristas.

Edite Cardoso
Economista

O VERDADEIRO E ÚNICO DIA DA MÃESegunda-feira, um dos dias que mais amo, o dia 8 de Dezembro, Dia da Imaculada Conceição,...
05/12/2025

O VERDADEIRO E ÚNICO DIA DA MÃE

Segunda-feira, um dos dias que mais amo, o dia 8 de Dezembro, Dia da Imaculada Conceição, dia da Rainha de Portugal!

O verdadeiro e único dia da mãe!

Curiosamente é neste dia que mais me faz lembrar o meu pai! É curioso. O dia em que ele, ainda mais, rodeava de amor e carinho, as mulheres de sua vida. Nossa Senhora, a mãe que ele tratava por minha mãe, a sogra, mãe e a sua mulher, mãe de seus filhos.

Para mim, foi sempre um exemplo, como ele tratava e protegia suas mães.
Deixou-me este legado! O verdadeiro dia da mãe é celebrado no dia 8 de Dezembro.
Hoje, as notícias que relatam horrores, de maridos, companheiros que tão maltratam a mulher, a mãe, a filha ou enteada, não consigo entender.
- Porquê?
- Será pela maldade?
- Ou os agressores sentem-se inferiores e por isso agridem?
- Será que estes “farrapos humanos”têm esta forma de demonstrarem a sua fraqueza?

A verdade é que não consigo entender.
Na próxima segunda-feira, dia 8 de Dezembro, celebremos o dia da nossa Rainha, Nossa Senhora.
Estamos em Tempo de Advento e com Ela caminhamos. Sendo que a Nossa Senhora é padroeira de Portugal, juntamente com Santo António. Importante lembrar que Portugal talvez seja dos países que tem uma Santa e um Santo como padroeiros e o maravilhoso simbolismo que esta nossa característica tem.

A Mãe de todas as mães. A única!
A Mulher que disse o "SIM" mais maravilhoso de todos os tempos.
Feliz Dia da Mãe!

Rosário Portugal

OS DIAS DA RÁDIOHoje, escolhi partilhar convosco, leitores do nosso Ponney, a minha reflexão sobre a importância da rádi...
05/12/2025

OS DIAS DA RÁDIO

Hoje, escolhi partilhar convosco, leitores do nosso Ponney, a minha reflexão sobre a importância da rádio, inspirada por um filme do Woody Allen que me fez viajar no tempo. Aquele filme trouxe-me de volta aos anos 70, à minha infância em Coimbra, onde a internet era apenas uma invenção dos filmes de ficção e a televisão um luxo reservado a poucos. Numa época em que a luz elétrica ainda não iluminava todas as casas, o velho transístor, muitas vezes alimentado a pilhas, era a nossa janela para o mundo.

Recordo com nostalgia os serões de invernos passados à volta da braseira a carvão, aquecidos por mantas tricotadas pelas mãos carinhosas das nossas mães e avós que posava - mos sobre os joelhos. Era nesse ambiente familiar que nos sentávamos, ansiosos por ouvir os discos pedidos e as emocionantes rádio novelas que faziam suspirar as raparigas sonhadoras. Lembro- me de uma chamada " simplesmente Maria". Eu, por meu lado, deliciava-me com os parodiantes de Lisboa, especialmente com as divertidas histórias do Patilhas e Ventoínha. Com o passar do tempo, descobri também o Oceano Pacífico, que é atualmente transmitido na Rádio Renascença, uma companhia fiel que ainda ecoa em algumas ondas radiofónicas. Hoje faleceu uma figura icónica da rádio a grande senhora a quem chamavam a "amiga Olga" a quem presto aqui a minha singela homenagem.

A minha tia era uma ouvinte fervorosa do terço ao final da tarde, um momento que, para mim, era de um enorme aborrecimento, mas que fazia parte do nosso quotidiano e da educação da época. A rádio era uma constante, mesmo quando as pilhas falhavam e precisavam de ser deixadas ao sol para "recarregar". A escassez de recursos fazia com que cada pequeno gesto, como aproveitar a luz do dia e o calor do sol, tivesse um significado profundo. Através do som da rádio, sentíamos que a vida pulsava ao nosso redor.

Na manhã do 25 de Abril, o pequeno transístor tornava-se uma extensão dos nossos corpos, amplificando os ecos da liberdade que se desenrolava nas ruas. Tinha apenas oito anos e, apesar da minha falta de compreensão sobre a magnitude dos acontecimentos, sentia a energia da mudança. A rádio tornava-se o nosso sonho, a ligação com a realidade, e os artistas da época eram como amigos que nos acompanhavam nas nossas vidas.

Com o passar dos anos, a tecnologia evoluiu e, com ela, a dinâmica familiar. As conversas à volta da braseira foram substituídas pelo silêncio ou pelas notificações dos telemóveis. As nossas mães já não troteiam as canções da época enquanto lavam a roupa no velho tanque de cimento ou nos fazem as refeições. Muitos dos nossos familiares já partiram. O rádio, foi um coração pulsante de cada casa, um amigo que nos fez sonhar informar e sentir vivos, foi relegado a um segundo plano, esquecido nas prateleiras. Hoje, nas maiorias das casas, o que se ouve é o silêncio, uma música diferente que, de certa forma, nos afasta uns dos outros.

Contudo, eu ainda vivo os dias da rádio. Quando viajo de carro, sintonizo a M 80, deixando-me envolver pelas melodias que me transportam para um tempo em que a vida era mais simples e até sintonizo a rádio Renascença e ouço rezar o terço, sem terço. Acompanhar os sucessos da época da minha juventude enquanto percorro as estradas é também uma maneira de reviver aquelas memórias nostálgicas. À noite, já na cama, sintonizo o Oceano Pacífico na Rádio Renascença e deixo-me embalar pelas suas ondas sonoras, enquanto leio ou escrevo. É um momento de tranquilidade, um regresso a um tempo em que as histórias contadas através da rádio preenchiam as nossas noites.

As vozes podem ter mudado, mas o sonho permanece. A rádio era mais do que um meio de comunicação; era um laço que unia as famílias, uma forma de partilhar emoções e histórias. É importante recordar e valorizar as memórias que a rádio nos trouxe. Ela foi, e ainda é, um símbolo de união e partilha, um testemunho do que fomos e do que podemos ser. Que possamos, ao menos em pensamento, voltar a sintonizar essa frequência de ligação e amor que nos uniu no passado. Que as novas gerações também possam descobrir a magia da rádio, essa arte de contar histórias e de criar laços que sempre nos acompanhou, mesmo nas noites mais frias de Dezembro.

M. Jones

AMANHÃ...
04/12/2025

AMANHÃ...

ESTÁ NA HORA DE ACORDAR!Há dias em que não apetece acordar. Não ver, nem sequer olhar para as coisas nem para as pessoas...
28/11/2025

ESTÁ NA HORA DE ACORDAR!

Há dias em que não apetece acordar.
Não ver, nem sequer olhar para as coisas nem para as pessoas, quanto mais acordar para vermos o que se passa realmente à nossa volta!

Há dias assim, que se constroem na rotina dos dias de trabalho. Cansados por aturar quem usa mal, ou usou mal, o poder sem se aperceber que os outros são seres humanos iguais. Estamos, de uma forma muito geral, cansados de tantas asneiras feitas por ignorância, ou por maldade egoísta. Dobrando a vontade de não acordar, fechamos os olhos aos abusos, fechamos os olhos a quem nos mal trata, fechamos os olhos a quem usa o poder, para em troco da promessa de manter a sobrevivência, usa e abusa do poder.

Há dias em que não nos apetece acordar, entende-se a razão, mas nesses dias pagamos caro. Acumulamos frustração sobre frustração como quem está a criar um “mil-folhas”, até que um dia...até que um dia temos que acordar.

Há dias em que temos que acordar e exigirmos a nossa hora de justiça! Caso contrário os dias em que não nos apetece acordar aumentam. Crescem e cada vez juntamos mais frustrações e vivemos mal. Refletindo-se na nossa saúde, refletindo-se nas nossas relações familiares, nos nossos amigos, na falta de animo para viver a vida. Até que um dia acordamos mortos, até prova em contrário!

Por isso “ESTÁ NA HORA”!

Está na hora de exigirmos respeito, exigirmos sermos tratados como pessoas e não como coisas sem valor. Exigirmos que nos expliquem os argumentos que usam para nos enganar, pois não somos pessoas com dificuldades no raciocínio ou demasiado ingénuos para aceitar as patranhas mais evidentes. Está na hora de mostrar que não somos parvos! Não somos “populaça”!

Por isso temos que exigir, com educação, o respeito que cada um de nós merece.

Como por exemplo o caso de dinheiro público que paga estacionamento privado, no artigo «ESTACIONAMENTO MAL EDUCADO NA SOLUM».

Questionar por que razão impediram a “COMPAIXÃO” na saúde pública, com o nosso artigo «A FALTA DE “COMPAIXÃO” NÃO AJUDOU A SAÚDE EM PORTUGAL»

Ou a «FALTA REGULAMENTO EM COIMBRA» respeitante aos veículos ditos “amigos do ambiente”. Coimbra deve ou não dar exemplo?

Dentro das questões de circulação por veículos acordamos a velha questão dos semáforos nas rotundas com «ROTUNDAS DOS GENUÍNOS INCOMPETENTES».
Terminamos os nossos artigos de destaque com «“CALÇAS CURTAS” PARA A ESQUADRA DA PSP DE COIMBRA», já valia a pena percebermos as condições da “nova” esquadra da Polícia de segurança Pública em Coimbra (PSP).

A nossa Dani traz-nos boas práticas em forma de banda desenhada.

Depois temos os artigos de opinião. Começamos com o artigo da nossa amiga Manuela Jones que nos traz: «GIL EANES A ESPERANÇA QUE CHEGAVA POR MARES HÁ MUITO NAVEGADOS».

Sancho Antunes, traz-nos o artigo «O BOM GESTOR» para que nos faça refletir qual o perfil de um bom gestor.

O nosso amigo Paulo Simão traz-nos a questão dos transportes elétricos. Para podermos pensar.

Desejamos que tenha um excelente fim de semana bem acordados!

José Augusto Gomes
Diretor do jornal O Ponney

GIL EANES A ESPERANÇA QUE CHEGAVA POR MARES HÁ MUITO NAVEGADOSAo olhar para o horizonte, é comum imaginar anjos a descer...
28/11/2025

GIL EANES A ESPERANÇA QUE CHEGAVA POR MARES HÁ MUITO NAVEGADOS

Ao olhar para o horizonte, é comum imaginar anjos a descerem do céu, mas em Viana do Castelo, um anjo branco vinha por mar. O Gil Eanes, um navio hospital que se tornou um símbolo de esperança e auxílio, navegou pelas águas frias da Terra Nova, onde os pescadores de bacalhau enfrentavam desafios inimagináveis. Recentemente, tive a oportunidade de visitar este emblemático navio, agora transformado em museu, e fui tocado pela sua história e pelo impacto que teve na vida dos homens que arriscavam tudo em busca do "fiel amigo".

Construído em 1955, o Gil Eanes foi projetado para servir como um hospital flutuante, oferecendo cuidados médicos essenciais aos pescadores que passavam meses em alto mar. A vida no mar era uma luta constante contra tempestades, solidão e condições adversas. O brilho nos olhos dos pescadores ao avistarem o Gil Eanes refletia a esperança que trazia. Não era apenas um barco; era um símbolo de proteção, um salvador que fornecia assistência médica, alimentos, medicamentos e uma conexão com as suas famílias.

O navio operou até 1976, realizando a sua última viagem nesse ano. Os comandantes que lideraram a embarcação, como o Capitão Carlos Alberto e o Capitão Gomes, foram figuras centrais na vida dos pescadores, garantindo que o Gil Eanes cumprisse a sua missão de auxílio. Durante a minha visita, pude percorrer os corredores do navio e sentir a presença dos homens que, em tempos de dificuldade, encontravam ali um porto seguro. Era uma experiência intensa, que me fez refletir sobre os sacrifícios que os pescadores enfrentavam. Muitos de nós, apreciadores do bacalhau, não imaginamos as duras condições e o preço pago por esses homens para que pudéssemos ter este alimento à mesa. O Gil Eanes não só salvou vidas, mas também trouxe conforto e esperança em momentos de desespero.

Após a sua desativação, o destino do Gil Eanes parecia incerto, e o seu abandono parecia um desfecho cruel para tamanha história. No entanto, a coragem de um grupo de cidadãos e a determinação da comunidade de Viana do Castelo evitaram que esse legado se perdesse. O navio foi recuperado e transformado em museu, um espaço que agora preserva a memória dos pescadores e do próprio navio. O seu papel na vida daqueles homens é celebrado e recordado, lembrando-nos da importância de reconhecer e valorizar as histórias que moldaram a nossa cultura.

Ao preparar a minha árvore de Natal este ano, sinto que cada ornamento carrega consigo uma história, e este ano, uma homenagem especial se formou em minha mente. Ao lado do meu anjo branco, pendurarei um pequeno navio, simbolizando o Gil Eanes, um verdadeiro farol de esperança que navegou pelos mares gelados da Terra Nova. Este gesto não é apenas um enfeite, é uma celebração da coragem e da resiliência dos pescadores que enfrentaram as adversidades do mar em busca do "fiel amigo" que brevemente estará connosco à mesa para celebrarmos o Natal e a tradição em Portugal do bacalhau como refeição principal na noite de consoada.

O Gil Eanes não era apenas um navio hospital, era um porto seguro para muitos homens que, longe das suas famílias, lutavam contra as tempestades e a solidão. Cada vez que avistavam o seu "anjo branco", como carinhosamente o chamavam, era como se uma onda de esperança os envolvesse, lembrando-os de que não estavam sozinhos. Este navio trouxe não só a assistência médica que tanto precisavam, mas também a certeza de que a sua luta não era em vão. O brilho nos olhos desses pescadores ao avistarem o Gil Eanes é uma imagem que ficará gravada na memória, um testemunho da força de vontade e da fé que alimentavam.

Enquanto decoro a árvore, imagino os pescadores que, em dias de tempestade, olhavam para o horizonte esperando a chegada desse anjo. O pequeno navio que pendurarei será uma lembrança viva de todos aqueles que sofreram, mas também de todos os que levaram esperança a esses mares revoltos. É um tributo aos que, com bravura, desafiaram as ondas e enfrentaram o desconhecido, sempre acreditando que o amanhecer traria novos dias e novas oportunidades.

A importância de um navio como o Gil Eanes, presente tanto no passado como no presente, é inegável. Ele simboliza a solidariedade e o apoio que são vitais para aqueles que se encontram em alto mar, enfrentando tempestades, solidão e doença. Enquanto os pescadores lutam para trazer o bacalhau às nossas mesas, o Gil Eanes representa a ajuda necessária, lembrando-nos de que, mesmo nas horas mais sombrias, há sempre uma luz a brilhar. Este Natal, ao contemplar a minha árvore e o pequeno navio ao lado do anjo branco, sinto um profundo agradecimento por todos os anos em que o Gil Eanes navegou em águas perigosas, levando não apenas cuidados médicos, mas também amor e esperança.

Que esta época festiva nos inspire a recordar e honrar aqueles que, mesmo nas circunstâncias mais difíceis, nunca deixaram de acreditar. Que possamos celebrar não só a tradição do bacalhau à mesa, mas também a luta e a perseverança de todos os pescadores que tornaram isso possível. Que a luz do Natal ilumine as memórias daqueles que enfrentaram o mar em busca de um futuro melhor, sempre com a esperança de que o próximo dia traria novos horizontes.

M. Jones

O BOM GESTORNum ambiente de trabalho, a liderança desempenha um papel crucial no sucesso da equipa. Um chefe que utiliza...
28/11/2025

O BOM GESTOR

Num ambiente de trabalho, a liderança desempenha um papel crucial no sucesso da equipa.

Um chefe que utiliza uma abordagem individualista, ao dizer "vai" em vez de "vamos", revela uma falta de espírito de equipa. A verdadeira eficácia de um gestor reside na capacidade de envolver os subordinados, criando um sentimento de unidade ao dizer "nosso" em vez de "meu".

Esta perspetiva compartilhada fortalece os laços dentro da equipa, promovendo uma colaboração mais eficaz, além disso, um bom orientador não apenas delega tarefas, mas também se envolve no processo ao dizer "fazemos" em vez de "faz".

A liderança participativa incentiva a troca de ideias e experiências, nutrindo um ambiente de aprendizagem contínua. Em contraste, um chefe repressivo que adota uma abordagem autoritária pode minar a moral da equipa, resultando em uma queda na produtividade, portanto, a qualidade de um líder reflete-se nas palavras que escolhe. Um gestor eficaz reconhece a importância de um discurso inclusivo e motivador, promovendo uma cultura de cooperação e crescimento mútuo. Ao valorizar o "nós" sobre o "eu", um chefe constrói uma equipa resiliente e orientada para o sucesso.

A comunicação eficaz é uma pedra angular da liderança, e um chefe que compreende isso utiliza palavras que inspiram e motivam. Ao adotar uma linguagem inclusiva, como o uso de “nós” em vez de “eu”, o gestor demonstra empatia e reconhece a contribuição coletiva para o sucesso. A coesão da equipa é reforçada quando todos se sentem valorizados e parte integrante do processo, além disso, a transparência na comunicação é fundamental. Um líder que partilha informações relevantes e toma decisões de forma colaborativa constrói confiança entre os membros da equipa. Isso cria um ambiente onde todos se sentem à vontade para expressar ideias e preocupações, promovendo uma cultura de inovação e resolução conjunta de desafios, Por outro lado, um chefe repressivo pode gerar um clima de medo e desconfiança, levando à redução da iniciativa e criatividade dos colaboradores. É imperativo que os líderes compreendam que a verdadeira liderança não é apenas sobre autoridade, mas também sobre inspirar e capacitar os outros a alcançarem o seu melhor desempenho, assim, ao considerar o impacto das palavras e da abordagem na dinâmica da equipa, um líder constrói um ambiente de trabalho positivo e produtivo, onde todos se sentem valorizados e motivados a contribuir para o sucesso comum.

Num ambiente de trabalho eficaz, a proximidade entre líderes e trabalhadores desempenha um papel crucial. Um chefe que se mostra acessível e compreensivo, capaz de entender outros pontos de vista, cria uma atmosfera de colaboração e confiança. Esta abordagem não apenas fortalece os laços entre a equipa, mas também estimula a troca de ideias e a resolução conjunta de desafios, ao aceitar que outros podem ter perspetivas valiosas, mesmo superiores às suas, um líder demonstra humildade e promove uma cultura organizacional baseada no mérito.

Contudo, quando um chefe adota uma postura inflexível, ignorando as contribuições dos colaboradores, pode surgir uma série de problemas. A falta de comunicação e colaboração leva a um ambiente onde as ideias são suprimidas, o que prejudica a inovação e a criatividade, além disso, uma liderança autoritária pode resultar em desmotivação e descontentamento entre os trabalhadores, afetando diretamente a produtividade e a qualidade do trabalho. Portanto, compreender e aceitar diferentes perspetivas é fundamental para construir uma equipa coesa, capaz de enfrentar desafios de forma eficaz e alcançar o sucesso conjunto e num ambiente profissional saudável, a capacidade de um líder em distinguir e reconhecer competências individuais desempenha um papel crucial na avaliação justa dos trabalhadores. Um chefe próximo, que compreende diferentes perspetivas e está disposto a aceitar ideias superiores às suas, cria um contexto onde as habilidades individuais são valorizadas, no entanto, quando um líder não consegue distinguir competência, o processo de avaliação torna-se distorcido. A incapacidade de reconhecer e valorizar as habilidades individuais resulta em avaliações injustas e na subutilização do potencial dos colaboradores. Esta falta de discernimento não apenas prejudica o desenvolvimento pessoal dos trabalhadores, mas também afeta negativamente a dinâmica da equipa e, por conseguinte, o desempenho geral, ao não avaliar corretamente as competências, um chefe corre o risco de promover um ambiente onde o mérito não é reconhecido, e a motivação dos trabalhadores é comprometida. Isso pode levar a um ciclo de descontentamento, diminuindo a qualidade do trabalho e impactando a produtividade, por outro lado, líderes que têm a capacidade de identificar e valorizar as competências individuais conseguem formar equipas equilibradas e eficientes.

Ao reconhecer o verdadeiro valor de cada colaborador, promovem um ambiente onde o crescimento é incentivado, as contribuições são reconhecidas e a motivação permanece alta, em resumo, a habilidade de um chefe em distinguir competência é vital para uma avaliação justa e para a promoção de um ambiente de trabalho produtivo e equitativo. A valorização das habilidades individuais contribui para o desenvolvimento contínuo da equipa e para a consecução de metas organizacionais de forma eficaz.

Sancho Antunes

TROLLEYS, AUTOCARROS ELÉTRICOS E “METROPNEU”Na minha opinião, há muitos, mas muitos, anos mesmo que as linhas dos SMTUC,...
28/11/2025

TROLLEYS, AUTOCARROS ELÉTRICOS E “METROPNEU”

Na minha opinião, há muitos, mas muitos, anos mesmo que as linhas dos SMTUC, que servem o centro da cidade, deviam ser servidas sim por autocarros elétricos.

Mas não aqueles que são movidos a baterias que de amigas do ambiente pouco ou nada têm.

Ora o nome desse tipo de transporte é Trolley.

Mais uma vez digo. Toda a rede que serve o centro da cidade deveria ser operada por trolleys e ao invés de se ter desinvestido na rede de tração, devia ter sido feito o oposto.

Um trolley é mais caro que um autocarro a diesel? É de facto no momento da aquisição, no entanto, tem um período de vida útil muitíssimo superior e tem outra vantagem (principalmente quando comparado com autocarros a baterias).

Graças aos motores elétricos assíncronos, um trolley sempre que não está em aceleração, regenera energia elétrica que consegue injetar na rede.

Apesar de não ter a certeza completa dos dados, julgo que esses motores assíncronos conseguem reintroduzir na rede por volta de 30% a 40% da energia que consomem. O que é bom!

Quanto à comparação que foi feita entre um autocarro articulado dos anos 70/80 com o que vai (ou não), servir o “Metropneu”, cabe-me informar que se consultarem as respetivas fichas técnicas de ambos, qualquer pessoa interessada chega à conclusão que o velhinho autocarro articulado conseguia operar a velocidades superiores e que provavelmente terá maior lotação de lugares (principalmente sentados).

É importante pensarmos sobre a gestão de transportes.

Paulo Simão

JÁ ESTAMOS DE VOLTA
27/11/2025

JÁ ESTAMOS DE VOLTA

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