20/11/2023
Ladrão Eco-Amigável: Roubos com Menor Pegada de Carbono
Olá, caros leitores, é o vosso Amadeu Dá-que-falar, directamente das sombras cúmplices de Coimbra, onde até os ladrões têm um toque de verde. Hoje, trago-vos uma história que é um verdadeiro comboio de contradições, com um assaltante que, apesar de não respeitar a propriedade alheia, respeita o meio ambiente. Sim, senhores, estamos a falar de um eco-pilhantra!
Vamos lá desembrulhar esta história: um homem, na flor dos seus 36 anos, decide que é um bom dia para assaltar uma ourivesaria na Bairrada. Até aqui, nada de novo sob o sol. O twist? Em vez de fugir num carro a gasóleo, com uma nuvem de fumo a denunciar a sua localização, o nosso amigo eco-friendly opta pelo comboio. Sim, leram bem. O homem pegou no seu butim de 350 euros em ouro e prata e pensou: "Vou de comboio, é mais sustentável".
Agora, imaginem a cena: o ladrão no comboio, provavelmente sentado ao lado de uma senhora que volta do mercado com um s**o de batatas, enquanto ele guarda no bolso o fruto do seu 'trabalho'. É quase poético, não acham? Um verdadeiro Robin dos Bosques moderno, a roubar ourivesarias mas a salvar o planeta, uma viagem de comboio de cada vez.
Mas, como em todas as boas histórias, há um plot twist. A PSP, na sua operação 24 BLUE RAD (nome que mais parece saído de um filme de acção dos anos 80), apanha o nosso eco-vilão na estação de Coimbra-B. E como? Porque ele teve um "comportamento estranho". Ora, o que seria um comportamento estranho para um ladrão num comboio? Estaria ele a separar o lixo enquanto fugia? A regar uma planta? A recusar um s**o de plástico para guardar o ouro?
Enfim, caros leitores, esta história deixa-nos uma lição importante: no mundo do crime, ser eco-consciente pode não ser suficiente para te safar. Mas, por outro lado, dá-nos esperança. Se até os ladrões estão preocupados com o meio ambiente, quem sabe o que mais podemos esperar? Talvez o próximo assalto seja feito numa bicicleta eléctrica, ou quem sabe, um ladrão que planta uma árvore por cada ourivesaria roubada.
Até à próxima, com mais histórias de Coimbra, onde até os criminosos são verdes. Literalmente. E lembrem-se, neste palco de absurdos encantadores, onde um ladrão pode ser um ambientalista e um estudante um cronista, cada esquina esconde uma lição, por vezes tão surpreendente quanto a lógica de um eco-assaltante. Mantenham os olhos abertos e o sorriso pronto, pois em Coimbra, até o inesperado tem o seu charme.
------------------------------------------------------
English
Eco-Friendly Thief: Committing Robberies with a Smaller Carbon Footprint
Hello, dear readers, it's your very own Amadeu Dá-que-falar, reporting directly from the complicit shadows of Coimbra, where even thieves have a touch of green. Today, I bring you a story that's a veritable train of contradictions, featuring a burglar who, while not respecting personal property, shows respect for the environment. Yes, ladies and gentlemen, we're talking about an eco-rascal!
Let's unwrap this story: a man, in the prime of his 36 years, decides it's a good day to rob a jewelry store in Bairrada. So far, nothing new under the sun. The twist? Instead of making his getaway in a diesel car, trailing a cloud of smoke that would give away his location, our eco-friendly friend opts for the train. Yes, you read that right. The man took his loot of 350 euros in gold and silver and thought, "I'll take the train, it's more sustainable."
Now, picture this scene: the thief on the train, probably sitting next to a lady returning from the market with a bag of potatoes, while he keeps the fruits of his 'labor' in his pocket. It's almost poetic, don't you think? A true modern-day Robin Hood, robbing jewelry stores but saving the planet, one train journey at a time.
But, as in all good stories, there's a plot twist. The PSP, in their operation 24 BLUE RAD (a name that seems straight out of an 80s action movie), catches our eco-villain at the Coimbra-B station. And how? Because he exhibited "strange behavior." Now, what would constitute strange behavior for a thief on a train? Was he sorting his trash while escaping? Watering a plant? Refusing a plastic bag to carry the gold?
In conclusion, dear readers, this story leaves us with an important lesson: in the world of crime, being eco-conscious might not be enough to get you off the hook. But on the other hand, it gives us hope. If even thieves are concerned about the environment, what else can we expect? Perhaps the next heist will be conducted on an electric bike, or maybe a thief who plants a tree for every jewelry store he robs.
Until next time, with more stories from Coimbra, where even the criminals are green. Literally. And remember, in this stage of charming absurdities, where a thief can be an environmentalist and a student a chronicler, every corner hides a lesson, sometimes as surprising as the logic of an eco-robber. Keep your eyes open and your smile ready, because in Coimbra, even the unexpected has its charm.
-
*Os textos publicados nesta coluna, assinados pelo estudante anónimo Amadeu Dá-que-falar, são contribuições externas e não refletem necessariamente as opiniões e posições do Coimbra Live City. A responsabilidade pelos conteúdos, ironias e sarcasmos presentes nestes textos é exclusivamente do autor anónimo e não pode ser atribuída ao Coimbra Live City. Assim, o Coimbra Live City isenta-se de qualquer responsabilidade por eventuais danos ou prejuízos decorrentes da interpretação e/ou utilização das informações presentes nesta coluna. A identidade de Amadeu Dá-que-falar será mantida em sigilo, em respeito ao anonimato solicitado pelo autor.