15/08/2025
Já teve o nome de Sellium e, tempos depois, passou a chamar-se Tamaramá. Mais tarde, adotou o nome Thomar e, por fim, chegou à designação que conhecemos hoje: Tomar.
Foi terra de Romanos e Árabes, sede da Ordem de Cristo e dos Templários. Foi liderada por duas grandes figuras da História de Portugal: o Infante D. Henrique e D. Gualdim Pais.
Foi a primeira vila a ser elevada a cidade no distrito de Santarém.
A chegada dos romanos
No século I a.C., chegaram os romanos. Construíram pontes, estradas e fortificações. Fundaram um povoado conhecido como Sellium, que prosperou como ponto de comércio e descanso entre Olisipo (Lisboa) e Conimbriga (perto de Coimbra). No entanto, com a queda do Império Romano, a cidade entrou em declínio, e o seu nome e importância foram-se esbatendo.
Muito antes de se chamar Tomar, esta terra fértil junto ao rio Nabão era conhecida pelos romanos como Sellium. Entre as colinas e vales viviam dois agricultores lendários: Paulus Maximus Agricola, mestre do trigo, da cevada, das azeitonas e do azeite; e o seu amigo — e eterno rival nas feiras — Ricardus Vinator, senhor das vinhas e do vinho mais famoso a norte de Olisipo (Lisboa).
A Amizade e Rivalidade dos Romanos
Paulus era conhecido por dizer:
– Sem pão e azeite, ninguém vive!
Ricardus respondia:
– E sem vinho, ninguém se diverte!
Nas festas romanas, os dois competiam para ver quem conquistava mais elogios:
Paulus chegava com pães quentes regados com o seu azeite dourado.
Ricardus aparecia com ânforas de vinho tinto encorpado, que fazia até os legionários cantarem.
Quanto aos árabes (após 712) pouco se sabe, mas imagina-se muito, como a sensitiva origem do nome Tomar: “Tamaramá”, doces águas.
A Idade Média e a Ordem do Templo
Por volta do século XII, D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, doou vastas terras no centro do país à Ordem dos Templários para ajudar na defesa contra os mouros. O Mestre da Ordem, Gualdim Pais, fundou aqui, em 1160, uma nova vila fortificada.
O local era estrategicamente escolhido: no alto de uma colina ergueu-se o Castelo de Tomar e, no seu interior, a enigmática Charola, o oratório dos cavaleiros.
Gualdim Pais chamou a nova povoação "Tomar", provavelmente derivado do verbo tomar (no sentido de conquistar ou ocupar), simbolizando a posse definitiva daquela terra pelos cristãos. Outra teoria é que o nome tenha raízes em antigas designações pré-romanas, mas a lenda da “terra tomada” é a mais popular.
Do Templo à Ordem de Cristo
Em 1312, a Ordem dos Templários foi dissolvida pelo Papa, mas em Portugal, D. Dinis conseguiu preservar o seu património criando a Ordem de Cristo, que herdou Tomar como sede. Foi sob esta ordem que, nos séculos XV e XVI, Tomar viveu o seu apogeu, apoiando os Descobrimentos Portugueses.
Nos dias de hoje, é uma cidade turística, cheia de edifícios e outras construções históricas — do rio Nabão ao seu Convento de Cristo, é um verdadeiro postal ilustrado.
Tem uma das maiores festas de Portugal: a Festa dos Tabuleiros.
Aqui, não se esquece a história, e as recriações medievais estão presentes todos os anos.
Conta com praias fluviais fantásticas e atividades desportivas aquáticas.
A gastronomia é de comer e chorar por mais, com destaque para um doce local — as Fatias de Tomar — e para uma bebida típica chamada Mouchão.
E tem muitas outras maravilhas que merece conhecer.
Visita a cidade de Tomar!
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