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Punkto é um projecto indisciplinar e indisciplinado sobre a prática e sobre a teoria: da arquitectura, da crítica, da política, do comum.

• online • Vozes de Sumud: Identidade na Resistência • entrevista a Sami Huraini • • em conversa com Sami Huraini, pales...
17/06/2025

• online • Vozes de Sumud: Identidade na Resistência • entrevista a Sami Huraini •

• em conversa com Sami Huraini, palestiniano, membro-fundador da Youth of Sumud, abordamos a luta quotidiana em Masafer Yatta, onde a resistência popular se afirma como prática de vida, cuidado e pertença à terra. A resistência palestiniana não é apenas uma luta contra um regime colonial, é um testemunho universal da luta dos povos contra a violência sistémica dos Estados capitalistas e imperialistas •

https://www.revistapunkto.com/2025/06/vozes-de-sumud-identidade-na.html

Paulo Ávila & Beatriz Blasi — Youth of Sumud ( Juventude de Sumud ) é o nome de uma iniciativa de resistência popular que ajudaste a cria...

• online • A Ascensão do Fascismo do Fim dos Tempos • Naomi Klein & Astra Taylor • • Publicado em Abril, o texto de Tosc...
06/06/2025

• online • A Ascensão do Fascismo do Fim dos Tempos • Naomi Klein & Astra Taylor •

• Publicado em Abril, o texto de Toscano & Bhandar «Trump: O Império da Tirania Imobiliária» ofereceu algumas chaves de leitura para a recente inflexão na auto-imagem do poder Norte-Americano sob a administração de Trump, evidenciada no abandono das retóricas liberais globalistas de observância (ainda que hipócrita) da democracia ou dos direitos humanos e daquilo que restava da ideia de uma ordem internacional baseada em regras, em favor da expressão crua e sem adornos da primazia norte-americana, da promoção explícita do genocídio e da limpeza étnica e da reivindicação impositiva ou transacional de territórios e recursos de outros Estados. «A Ascensão do Fascismo do Fim dos Tempos», de Naomi Klein e Astra Taylor, insere-se na continuidade desta reflexão, retomando a ruptura retórica no âmbito da súbita transição, na perspectiva das elites globais, da «era das previsões» à «era das consequências». O ensaio navega o universo dos fanatismos híbridos que compõem a «geringonça» de Trump e que encontram na obsessão apocalíptica e na preparação sobrevivencialista o seu factor de coesão. As elites globais preparam-se, à vista de todos, para o seu «fim dos tempos», desde no fundamentalismo sionista-cristão, com o seu anseio pela chegada do messias e pelo «arrebatamento» que elevará os fiéis ao reino dos céus e condenará os restantes ao inferno na Terra; até à oligarquia eugenista da alta-tecnologia de Silicon Valley, com os seus refúgios e cápsulas de escape que vão desde cidades-fortaleza privadas e bunkers de luxo em ilhas remotas, até aos planos de fuga para Marte ou para o «éter» da inteligência artificial, deixando atrás de si um planeta em chamas •

https://www.revistapunkto.com/2025/06/a-ascensao-do-fascismo-do-fim-dos.html

• online • A Ascensão do Fascismo do Fim dos Tempos • Naomi Klein & Astra Taylor • • Publicado em Abril, o texto de Tosc...
05/06/2025

• online • A Ascensão do Fascismo do Fim dos Tempos • Naomi Klein & Astra Taylor •

• Publicado em Abril, o texto de Toscano & Bhandar «Trump: O Império da Tirania Imobiliária» ofereceu algumas chaves de leitura para a recente inflexão na auto-imagem do poder Norte-Americano sob a administração de Trump, evidenciada no abandono das retóricas liberais globalistas de observância (ainda que hipócrita) da democracia ou dos direitos humanos e daquilo que restava da ideia de uma ordem internacional baseada em regras, em favor da expressão crua e sem adornos da primazia norte-americana, da promoção explícita do genocídio e da limpeza étnica e da reivindicação impositiva ou transacional de territórios e recursos de outros Estados. «A Ascensão do Fascismo do Fim dos Tempos», de Naomi Klein e Astra Taylor, insere-se na continuidade desta reflexão, retomando a ruptura retórica no âmbito da súbita transição, na perspectiva das elites globais, da «era das previsões» à «era das consequências». O ensaio navega o universo dos fanatismos híbridos que compõem a «geringonça» de Trump e que encontram na obsessão apocalíptica e na preparação sobrevivencialista o seu factor de coesão. As elites globais preparam-se, à vista de todos, para o seu «fim dos tempos», desde no fundamentalismo sionista-cristão, com o seu anseio pela chegada do messias e pelo «arrebatamento» que elevará os fiéis ao reino dos céus e condenará os restantes ao inferno na Terra; até à oligarquia eugenista da alta-tecnologia de Silicon Valley, com os seus refúgios e cápsulas de escape que vão desde cidades-fortaleza privadas e bunkers de luxo em ilhas remotas, até aos planos de fuga para Marte ou para o «éter» da inteligência artificial, deixando atrás de si um planeta em chamas •

https://www.revistapunkto.com/2025/06/a-ascensao-do-fascismo-do-fim-dos.html

• online • A Ascensão do Fascismo do Fim dos Tempos • Naomi Klein & Astra Taylor • • Publicado em Abril, o texto de Tosc...
04/06/2025

• online • A Ascensão do Fascismo do Fim dos Tempos • Naomi Klein & Astra Taylor •

• Publicado em Abril, o texto de Toscano & Bhandar «Trump: O Império da Tirania Imobiliária», ofereceu algumas chaves de leitura para a recente inflexão na auto-imagem do poder Norte-Americano sob a administração de Trump, evidenciada no abandono das retóricas liberais globalistas de observância (ainda que hipócrita) da democracia ou dos direitos humanos e daquilo que restava da ideia de uma ordem internacional baseada em regras, em favor da expressão crua e sem adornos da primazia norte-americana, da promoção explícita do genocídio e da limpeza étnica e da reivindicação impositiva ou transacional de territórios e recursos de outros Estados. «A Ascensão do Fascismo do Fim dos Tempos», de Naomi Klein e Astra Taylor, insere-se na continuidade desta reflexão, retomando a ruptura retórica no âmbito da súbita transição, na perspectiva das elites globais, da «era das previsões» à «era das consequências». O ensaio navega o universo dos fanatismos híbridos que compõem a «geringonça» de Trump e que encontram na obsessão apocalíptica e na preparação sobrevivencialista o seu factor de coesão. As elites globais preparam-se, à vista de todos, para o seu «fim dos tempos», desde no fundamentalismo sionista-cristão, com o seu anseio pela chegada do messias e pelo «arrebatamento» que elevará os fiéis ao reino dos céus e condenará os restantes ao inferno na Terra; até à oligarquia eugenista da alta-tecnologia de Silicon Valley, com os seus refúgios e cápsulas de escape que vão desde cidades-fortaleza privadas e bunkers de luxo em ilhas remotas, até aos planos de fuga para Marte ou para o «éter» da inteligência artificial, deixando atrás de si um planeta em chamas •

O movimento pelas cidades-estado corporativas mal pode acreditar na sua sorte. Há anos que vem promovendo a noção extrema de que as pess...

• online • CHEGA: SOCIOLOGIA DE UM DESTINO • Pedro Levi Bismarck • segunda parte do texto “O futuro é já”: a política, o...
22/05/2025

• online • CHEGA: SOCIOLOGIA DE UM DESTINO • Pedro Levi Bismarck • segunda parte do texto “O futuro é já”: a política, o fascismo, o mito •

• Na freguesia de Caia, São Pedro e Alcáçova (Elvas) o Chega teve 1215 votos (49%) e na freguesia de Santa Eulália, também em Elvas, teve 286 votos (52%). Entre os vários testemunhos recolhidos, uma notícia da Lusa sobre Elvas refere que há um descontentamento geral da população com as políticas seguidas nos últimos anos: falta de médicos, de transportes, de segurança, isto, claro, no contexto de uma população envelhecida (…). O Chega não tem uma expressão urbana acentuada, mas tem uma expressão rural forte, sobretudo (mas não só) em zonas do país com uma população substancialmente idosa, onde a presença do Estado (social) entrou em forte contracção nos últimos anos. O Alentejo é, aliás, disso um exemplo maior. Falamos de zonas de estagnação ou depressão económica fruto de um modelo económico hipercentralizado que destruiu a escala social que sustentou e construiu estes lugares durante séculos. A imigração é apenas uma expressão, nem sempre a mais forte ou preponderante de um sentimento generalizado de perda: do Estado, da economia, da sociedade. Lugares despovoados que foram tornados obsoletos ou reduzidos à condição de simples paragens técnicas ou lugares de «exploração intensiva» (olival, eucalipto) na cadeia logística da grande agricultura industrializada que corre em grande velocidade para os centros urbanos, desfigurando ainda mais estes territórios (…) Muitos destes lugares vivem hoje uma espécie de economia associal ou dessocializada: o dinheiro circula, reproduz-se, mas não constrói uma comunidade, aprofunda desigualdades, isola, desvincula. O modelo da «exploração intensiva», seja na agricultura ou no turismo compreende uma economia separada da realidade social em que existe. Os lucros da sua actividade estão mais pertos dos seus accionistas nas Ilhas Caimão do que da freguesia de Santa Eulália •

https://www.revistapunkto.com/2025/05/chega-sociologia-de-um-destino-pedro.html

21/05/2025
• online • Chega: sociologia de um destino • Pedro Levi Bismarck • • Nas eleições legislativas de Maio de 2025, na fregu...
21/05/2025

• online • Chega: sociologia de um destino • Pedro Levi Bismarck •

• Nas eleições legislativas de Maio de 2025, na freguesia do Bonfim, no Porto, o Chega teve 1760 votos (12%) e em Arroios teve 1752 (11%). Estas são duas das freguesias do país onde a imigração tem sido apresentada como um problema grave, desencadeando conflitos, insegurança e medo. A votação está longe de exprimir a tão famosa «percepção». Em Monte Gordo, o Chega teve 912 votos (50%) e na freguesia de Odemira a sua votação alcançou os 876 votos (32%). Em contrapartida, na freguesia de Caia, São Pedro e Alcáçova (Elvas) o Chega teve 1215 votos (49%) e na freguesia de Santa Eulália, também em Elvas, teve 286 votos (52%). Entre os vários testemunhos recolhidos, uma notícia da Lusa sobre Elvas refere que há um descontentamento geral da população com as políticas seguidas nos últimos anos: falta de médicos, de transportes, de segurança, isto, claro, no contexto de uma população envelhecida. (…) De forma genérica, penso que é possível dizer que o Chega não tem uma expressão urbana acentuada, mas tem uma expressão rural forte, sobretudo (mas não só) em zonas do país com uma população substancialmente idosa, onde a presença do Estado (social) entrou em forte contracção nos últimos anos. O Alentejo é, aliás, disso um exemplo maior. Falamos de zonas de estagnação ou depressão económica fruto de um modelo económico hipercentralizado que destruiu a escala social que sustentou e construiu estes lugares durante séculos. A imigração é apenas uma expressão, nem sempre a mais forte ou preponderante de um sentimento generalizado de perda: do Estado, da economia, da sociedade. Lugares despovoados que foram tornados obsoletos ou reduzidos à condição de simples paragens técnicas ou lugares de «exploração intensiva» (olival, eucalipto) na cadeia logística da grande agricultura industrializada que corre em grande velocidade para os centros urbanos, desfigurando ainda mais estes territórios •

https://www.revistapunkto.com/2025/05/chega-sociologia-de-um-destino-pedro.html

1. Santa Eulália Nas eleições legislativas de Maio de 2025, na freguesia do Bonfim, no Porto, o Chega teve 1760 votos (12%) e em Arroios...

• online • "O futuro é já": a política, o fascismo, o mito • Pedro Levi Bismarck • • «O CHEGA não é a crise do regime, é...
20/05/2025

• online • "O futuro é já": a política, o fascismo, o mito • Pedro Levi Bismarck •

• «O CHEGA não é a crise do regime, é o regime. É o regime no momento da sua reconfiguração, da sua revolução, isto é, o voltar a si mesmo do regime. O CHEGA é o filho pródigo de um sistema que elevou o «povo» à condição de elemento central do sistema, sem jamais lhe conferir um qualquer poder. Tal como o rei no modelo da monarquia constitucional, também o povo reina, mas não governa. Esta é frase que sintetiza a contradição fundadora da democracia liberal representativa: a posse de uma soberania popular que apenas pode ser sonhada ou encenada. A política da democracia liberal nunca foi outra coisa que o ficcionamento permanente e constante de uma ilusão de posse de soberania. E, por isso, o fascismo não é apenas ou exactamente uma política do ressentimento, mas uma política da esperança: ele é o momento que tem como função reactualizar a potência redentora dessa ficção, desse mito, capaz de salvaguardar o estatuto fictício do povo enquanto sujeito político. Neste sentido, a observação de Walter Benjamin segundo a qual o «fascismo […] vê a sua salvação na possibilidade que dá as massas de se exprimirem (mas com certeza não a de exprimirem os seus direitos)» é talvez a fórmula que melhor sintetiza a operação fundamental do fascismo na política moderna do capitalismo. E a «salvação» é, em todo o caso, a palavra-chave: porque é, precisamente, o conteúdo religioso da redenção aquilo que o fascismo mobiliza e manipula tão sabiamente.

Ora, o CHEGA aparece quando as ficções da social-democracia chegam ao seu ponto de exaustão (talvez o slogan do PS «O futuro é já», seja um exemplo disso mesmo). E o seu papel político é, precisamente, o de reactualizar a ficção, o mito, capaz de garantir que o povo possa continuar a auto-representar-se a si mesmo como detentor de um poder que na verdade não tem, e, sobretudo, garantir que o actual processo neoliberal de privatização do Estado e de acumulação de desigualdades possa continuar. É isso que define o sucesso do CHEGA: a possibilidade última que oferece ao povo de se ver a si mesmo como povo, de se continuar a sonhar como povo •

A AD teve 1 914 913; votos enquanto o PS teve 1 394 491 e o Chega 1 345 575 votos. O que significa que há, neste momento, em Portugal três...

20/05/2025
• online • «"O futuro é já": a política, o fascismo, o mito • Pedro Levi Bismarck •  https://www.revistapunkto.com/2025/...
19/05/2025

• online • «"O futuro é já": a política, o fascismo, o mito • Pedro Levi Bismarck • https://www.revistapunkto.com/2025/05/o-futuro-e-ja-politica-o-fascismo-e-o.html

• O CHEGA não é a crise do regime, é o regime. É o regime no momento da sua reconfiguração, da sua revolução, isto é, o voltar a si mesmo do regime. O CHEGA é o filho pródigo de um sistema que elevou o «povo» à condição de elemento central do sistema, sem jamais lhe conferir um qualquer poder. Tal como o rei no modelo da monarquia constitucional, também o povo reina, mas não governa. Esta é frase que sintetiza a contradição fundadora da democracia liberal representativa: a posse de uma soberania popular que apenas pode ser sonhada ou encenada. A política da democracia liberal nunca foi outra coisa que o ficcionamento permanente e constante de uma ilusão de posse de soberania. E, por isso, o fascismo não é apenas ou exactamente uma política do ressentimento, mas uma política da esperança: ele é o momento que tem como função reactualizar a potência redentora dessa ficção, desse mito, capaz de salvaguardar o estatuto fictício do povo enquanto sujeito político. Neste sentido, a observação de Walter Benjamin segundo a qual o «fascismo […] vê a sua salvação na possibilidade que dá as massas de se exprimirem (mas com certeza não a de exprimirem os seus direitos)» é talvez a fórmula que melhor sintetiza a operação fundamental do fascismo na política moderna do capitalismo. E a «salvação» é, em todo o caso, a palavra-chave: porque é, precisamente, o conteúdo religioso da redenção aquilo que o fascismo mobiliza e manipula tão sabiamente.

Ora, o CHEGA aparece quando as ficções da social-democracia chegam ao seu ponto de exaustão (talvez o slogan do PS «O futuro é já», seja um exemplo disso mesmo). E o seu papel político é, precisamente, o de reactualizar a ficção, o mito, capaz de garantir que o povo possa continuar a auto-representar-se a si mesmo como detentor de um poder que na verdade não tem, e, sobretudo, garantir que o actual processo neoliberal de privatização do Estado e de acumulação de desigualdades possa continuar. É isso que define o sucesso do CHEGA: a possibilidade última que oferece ao povo de se ver a si mesmo como povo, de se continuar a sonhar como povo •

A AD teve 1 914 913; votos enquanto o PS teve 1 394 491 e o Chega 1 345 575 votos. O que significa que há, neste momento, em Portugal três...

• «Trump: o império da tirania imobiliária» • Alberto Toscano & Brenna Bhandar• Partindo do plano anunciado por Donald T...
05/05/2025

• «Trump: o império da tirania imobiliária» • Alberto Toscano & Brenna Bhandar

• Partindo do plano anunciado por Donald Trump, em Fevereiro de 2025, de transformar a Faixa de Gaza numa “Riviera do Médio Oriente”, Alberto Toscano e Brenna Bhandar retomam uma relação estreita e constitutiva do pensamento político ocidental, bem como desse projecto colonial que originou os EUA, entre soberania e propriedade, cuja versão pós-moderna se revela na figura Donald Trump e na sua “ontologia imobiliária” — a lógica de actuação ensaiada nas operações de decadência planeada, nos despejos e na exploração imobiliária na Nova Iorque decadente dos anos 80, hoje transposta para o plano da política externa, num esforço assumido de repelir e substituir qualquer resquício de lei internacional. Ao mesmo tempo que o enquadra na continuidade de uma promiscuidade entre interesses imobiliários e operações estatais e militares, incluindo de limpeza étnica e genocídio, o texto assinala uma mudança significativa na “auto-imagem” do poder, cujo desprezo ostensivo pelos “adornos legais” anuncia a transição para uma nova era de relações entre Estados e entre povos •

https://www.revistapunkto.com/2025/04/trump-o-imperio-da-tirania-imobiliaria.html

• «Trump: o império da tirania imobiliária» • Alberto Toscano & Brenna Bhandar• Partindo do plano anunciado por Donald T...
24/04/2025

• «Trump: o império da tirania imobiliária» • Alberto Toscano & Brenna Bhandar

• Partindo do plano anunciado por Donald Trump, em Fevereiro de 2025, de transformar a Faixa de Gaza numa “Riviera do Médio Oriente”, Alberto Toscano e Brenna Bhandar retomam uma relação estreita e constitutiva do pensamento político ocidental, bem como desse projecto colonial que originou os EUA, entre soberania e propriedade, cuja versão pós-moderna se revela na figura Donald Trump e na sua “ontologia imobiliária” — a lógica de actuação ensaiada nas operações de decadência planeada, nos despejos e na exploração imobiliária na Nova Iorque decadente dos anos 80, hoje transposta para o plano da política externa, num esforço assumido de repelir e substituir qualquer resquício de lei internacional. Ao mesmo tempo que o enquadra na continuidade de uma promiscuidade entre interesses imobiliários e operações estatais e militares, incluindo de limpeza étnica e genocídio, o texto assinala uma mudança significativa na “auto-imagem” do poder, cujo desprezo ostensivo pelos “adornos legais” anuncia a transição para uma nova era de relações entre Estados e entre povos •

Pouco antes da primeira vitória presidencial de Trump em 2016, no seu livro American Utopia, Fredric Jameson observou que «hoje, toda a p...

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PUNKTO IS AN UN-DISCIPLINED MAGAZINE ABOUT LIMITS : OF PRACTICE, OF THEORY, OF ART AND ARCHITECTURE AND IS BASED IN PORTO

O ano inicia-se com a publicação de um texto já antigo de Giorgio Agamben, «Metropolis», seguindo a linha de reflexão aqui iniciada com Marcello Tarì e Tiago F Duarte em torno da metrópole. Por sua vez, a partir de uma conferência de Sou Fujimoto, no Fórum do Futuro, João Costa reflecte sobre o actual quadro de produção de arquitectura subsumido à lógica do mercado. Por último, Ana Bigotte Vieira propõe-nos a leitura de um texto publicado na revista da Associação de Estudantes do ISCTE em 1999. Seguindo e continuando o debate já aqui aberto sobre a Universidade.