Dboleia Nostalgia

Dboleia Nostalgia 🎥📸🎥

04/12/2025

03/12/2025

27/11/2025
22/11/2025

21/11/2025

13/11/2025

Ó Pátria Mãe — o grito do céu e da alma

Há músicas que não são apenas canções — são juramentos.
“Ó Pátria Mãe” é uma dessas.
Quando ecoa entre vozes firmes e corações erguidos, não se ouve apenas um cântico militar.
Ouve-se a alma de um povo que aprendeu a cair do céu com coragem e a levantar-se com honra.

Cada verso é uma promessa feita ao vento.
“Por ti dou a vida” — não é metáfora, é realidade.
Porque os paraquedistas sempre souberam que servir não é um dever; é uma entrega total.
Nas palavras desta canção vive o sangue dos que saltaram antes, o silêncio dos que ficaram, e o orgulho dos que continuam a vestir a boina verde como quem carrega uma herança sagrada.

“Ó Pátria Mãe” é mais que um hino — é uma ligação entre gerações de homens e mulheres que escolheram o risco, o sacrifício e a lealdade.
Quando a cantam em uníssono, o mundo parece parar por um instante.
O som das vozes funde-se com o eco dos aviões, com o bater do coração e com o peso das memórias daqueles que nunca voltaram.
E nessa união entre o céu e a terra, entre a vida e o dever, há algo que nenhum tempo apaga: o amor à Pátria.

Não há quartel, cerimónia ou desfile que consiga conter a emoção desse canto.
Porque ele nasce do fundo da alma portuguesa — dessa mesma alma que lutou em África, que resistiu em silêncio, que amou o seu chão mesmo quando o chão parecia distante.

Quando um paraquedista canta “Ó Pátria Mãe”, não está apenas a entoar um hino militar.
Está a lembrar quem é, de onde veio e por quem vive.
Está a prometer, mais uma vez, que Portugal — essa Mãe maior — nunca estará sozinha enquanto houver quem a defenda com o corpo, com a voz e com o coração.

13/11/2025

Houve um tempo em que o trabalho não se media em horas, mas em força.
Em que as mãos das mulheres eram o relógio do mundo — sempre em movimento, sempre a sustentar a vida.
Nas aldeias, nos campos, nos caminhos de terra, havia um ritual quase sagrado: o das mulheres que desciam aos poços para lavar a roupa da família.

Iam em grupo, equilibrando os cestos e os baldes, com os lenços amarrados à cabeça e os filhos pequenos a correr atrás. O poço era o ponto de encontro e o testemunho de uma época em que tudo era feito com as próprias mãos. Lá, ajoelhadas à beira da água, batiam a roupa contra as pedras, esfregavam com sabão e deixavam que o vento secasse o que a vida molhava.

Mas o que lavavam não era apenas tecido.
Naquelas águas frias, lavavam também o cansaço, o silêncio, as dores escondidas. Entre uma gargalhada e uma história contada, partilhavam confidências e desabafos que a sociedade não lhes permitia em voz alta. O poço era a sua sala de estar, o seu confessionário, o seu pequeno mundo de liberdade.

Muitas voltavam para casa ao entardecer, com as roupas limpas e o corpo exausto, mas com o espírito mais leve. Porque, de algum modo, sabiam que aquele esforço fazia parte de algo maior — o sustento da família, a dignidade, o amor em forma de trabalho.

Hoje, as máquinas fazem em minutos o que antes levava um dia inteiro.
Mas nenhuma máquina carrega o cheiro do sabão azul, o som das conversas entre mulheres, ou o reflexo do céu nas águas do poço.
Essas memórias ficaram gravadas não nas pedras, mas no coração do tempo.
E cada vez que uma mulher estende roupa ao sol, há um eco distante dessas outras mulheres — as que lavaram, sonharam e viveram com a força das mãos e a coragem da alma.

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Funchal

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