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D. Nélio Pita, novo bispo auxiliar de Braga, assume "compromisso com a vida" e apela à unidadeD. Nélio Pita foi ordenado...
28/07/2025

D. Nélio Pita, novo bispo auxiliar de Braga, assume "compromisso com a vida" e apela à unidade

D. Nélio Pita foi ordenado bispo neste domingo, 27 de julho, na Sé de Braga, assumindo como prioridade do seu ministério o “compromisso com a vida”.

O novo bispo auxiliar de Braga, natural do Estreito de Câmara de Lobos, e religioso da Congregação da Missão, denunciou o sofrimento das vítimas das guerras na Ucrânia e em Gaza, alertando que “a guerra é uma ferida no coração de Deus” e que a vida, “dom precioso, mas frágil como a mais pequena das flores”, exige cuidado e defesa, sobretudo dos mais vulneráveis.

Como lema episcopal escolheu a expressão do Evangelho de São João “para que tenham vida”, presente nas três insígnias concebidas pelo escultor Manuel Rosa.

D. Nélio apontou ainda a “unidade” e a “sinodalidade” como eixos centrais do seu serviço episcopal: “Avancemos juntos, não excluamos aqueles que têm mais dificuldades em acompanhar o ritmo”, afirmou, sublinhando a importância de caminhar como Igreja na diversidade.

A cerimónia, presidida por D. José Cordeiro, arcebispo primaz de Braga, contou com a presença de D. Nuno Brás e numerosos bispos, sacerdotes, autoridades e fiéis, assim como os familiares do novo bispo, que agradeceu o papel formativo das comunidades por onde passou, em especial a Paróquia de São Tomás de Aquino, em Lisboa, onde foi pároco durante 12 anos.

Fotos: Agência Ecclesia/HM

Pedras Vivas do próximo domingo, 27 de julho de 2025.
25/07/2025

Pedras Vivas do próximo domingo, 27 de julho de 2025.

25 anos de sacerdócio do Pe. Toni Sousa: “Se voltasse atrás, fazia tudo de novo”“Se voltasse atrás, fazia tudo de novo.”...
25/07/2025

25 anos de sacerdócio do Pe. Toni Sousa: “Se voltasse atrás, fazia tudo de novo”

“Se voltasse atrás, fazia tudo de novo.” É com esta convicção serena e emocionada que o cónego Toni Sousa resume um percurso de 25 anos– que celebra no próximo dia 29 de julho–de entrega, desafios e profundas transformações. Uma vida dedicada à Igreja, à pastoral, à escuta e ao coração de todos os que se cruzaram consigo. Nesta entrevista ao Jornal da Madeira, revisita momentos marcantes da sua vocação, do seu serviço, das suas angústias, das suas paixões e dos seus amores: a fé, a comunidade, a juventude e a esperança.

Com 50 anos de vida, o Cónego Toni Sousa, nascido na cidade do Cabo e um dos quatro filhos de uma família a quem nada faltava, continua a inspirar pela autenticidade, pela entrega e pela alegria com que vive a sua missão. Entre o altar e o ginásio segue firme, com a mesma paixão de sempre: servir. A sua história mostra-nos que é possível ser moderno sem perder as raízes, estar no mundo sem se afastar do essencial. Um testemunho de fé viva e verdadeira.

Foto: Duarte Gomes

Paraíso? Nós, seres humanos, temo-nos em grande conta. Claro que, olhando para os nossos antepassados das cavernas, deve...
25/07/2025

Paraíso?

Nós, seres humanos, temo-nos em grande conta. Claro que, olhando para os nossos antepassados das cavernas, devemos reconhecer as nossas conquistas, as transformações que conseguimos realizar — transformações reais e a todos os níveis: na técnica, no pensamento, no estilo de vida.

Mas creio que partimos, também, do princípio de que este nosso mundo é o melhor que poderia existir. Que temos tudo para dar certo. Sabemos tudo. Somos capazes de tudo. Até conhecemos e estamos de acordo com os valores que nos devem conduzir. Enfim: um paraíso à mão de todos e para todos.

Talvez por isso, escandalizamo-nos quando alguém falha. Quando rouba, quando mente, quando mata. E escandalizamo-nos com as instituições (com a Igreja, com o Estado, com o Hospital, com a empresa, com a família, com o condomínio…) quando não funcionam como achamos que deveriam funcionar. Apontamos o dedo, denunciamos, julgamos, condenamos, castigamos…

E esquecemos que este nosso mundo não é o paraíso. Que o Céu verdadeiro apenas existe em Deus. E que, agora, somos simplesmente um conjunto de pecadores que não desistem de caminhar, de se tentar aperfeiçoar. Que caem (todos) e procuram levantar-se (alguns).

Quando olhamos para Nossa Senhora — aquela que elevou o ser humano ao seu ponto mais alto — percebemos não só o quanto nos falta percorrer, como, igualmente, que é possível chegar ao verdadeiro e único paraíso, com a ajuda de Deus.

Ele não está aqui (ainda que tenhamos sinais dele e da sua existência). Não se encontra neste nosso mundo, mas em Deus. Há que não desistir e não desistir de ninguém nesta peregrinação de esperança.

D. Nuno Brás

Crismas na Paróquia do Curral das FreirasNo Curral das Freiras, onze jovens receberam o Sacramento do Crisma das mãos de...
24/07/2025

Crismas na Paróquia do Curral das Freiras

No Curral das Freiras, onze jovens receberam o Sacramento do Crisma das mãos de D. Nuno Brás, no domingo 20 de julho. Na homilia, o bispo do Funchal reforçou a mensagem paulina “Cristo em vós, esperança da glória”, definindo-a como “o resumo do resumo” do anúncio cristão. A partir do evangelho, o prelado referiu a chegada de Deus à vida de cada um como a visita inesperada de alguém importante, provocando o “reboliço” da conversão: mudanças nos estudos, no desporto e nas atitudes do dia a dia. Retomando o exemplo de Marta e Maria, personagens do Evangelho, convidou os jovens a dar prioridade ao essencial: a presença do Senhor, e concluiu com um momento de oração e silêncio, pedindo discernimento para acolher os desafios do Espírito Santo.

Foto: Duarte Gomes

Crismas na Paróquia da LombadaA celebração do Crisma na Paróquia da Lombada, no dia 19 de julho, foi presidida por D. Nu...
24/07/2025

Crismas na Paróquia da Lombada

A celebração do Crisma na Paróquia da Lombada, no dia 19 de julho, foi presidida por D. Nuno Brás, reunindo nove jovens que, perante familiares e catequistas, confirmaram a sua fé e compromisso com Cristo. O bispo do Funchal sublinhou a centralidade de Cristo na vida do cristão, fazendo eco do apelo paulino: “Cristo em vós, esperança da glória”. Destacou que acolher a presença de Deus implica uma verdadeira mudança interior, uma disponibilidade radical para viver a fé no quotidiano, mesmo quando isso obriga a rever prioridades e projetos pessoais. A cerimónia terminou com agradecimento à presença do bispo diocesano, às famílias, catequistas e à comunidade paroquial.

Fotos: Duarte Gomes

Crismas na Paróquia do CaniçoNo dia 19 de julho, a Paróquia do Caniço recebeu a visita do bispo do Funchal, D. Nuno Brás...
24/07/2025

Crismas na Paróquia do Caniço

No dia 19 de julho, a Paróquia do Caniço recebeu a visita do bispo do Funchal, D. Nuno Brás, que ministrou o Sacramento do Crisma a 48 jovens e 16 adultos, incluindo um que recebeu os três sacramentos da iniciação cristã. Inspirado na liturgia dominical, o prelado recordou a passagem de São Paulo aos Colossenses: “Cristo em vós, esperança da glória”, como essência da fé cristã, convidando cada crismando a acolher Deus com generosidade, à semelhança de Abraão, e a deixar-se transformar pela presença do Espírito Santo. Alertou para as distrações da vida, evocando Marta e Maria, e desafiou os presentes: "O que é que tu tens para mudar?”

Fotos: Duarte Gomes

Bispo do Funchal apresenta Programa Pastoral 2025/2026 centrado na formação dos leigos Diocese do Funchal apresentou est...
20/07/2025

Bispo do Funchal apresenta Programa Pastoral 2025/2026 centrado na formação dos leigos

Diocese do Funchal apresentou este sábado, dia 19 de julho, no Seminário do Funchal, o seu Programa Pastoral para 2025/2026, sob o mote “Formar Cristãos Leigos para a Missão na Igreja e no Mundo”.

A cerimónia decorreu com a presença de D. Nuno Brás, bispo do Funchal, que sublinhou a importância deste novo ciclo como um passo fundamental para o crescimento espiritual e comunitário da diocese.

“Trata-se de fazer a apresentação do programa de forma a que as comunidades possam ter acesso à versão definitiva, já a partir de agora, para depois poderem também programar definitivamente as suas vidas”, começou por explicar o prelado madeirense.

Fotos: Duarte Gomes

D. Nuno Brás sobre o jubileu na diocese: “Importante é convidar todas as realidades sociais”À margem da apresentação do ...
20/07/2025

D. Nuno Brás sobre o jubileu na diocese: “Importante é convidar todas as realidades sociais”

À margem da apresentação do Programa Pastoral da Diocese para 2005/2026, o bispo do Funchal falou aos jornalistas sobre a forma como está a decorrer o jubileu na Diocese do Funchal.

Foto: Duarte Gomes

Pedras Vivas, 20 de julho de 2025
18/07/2025

Pedras Vivas, 20 de julho de 2025

Não invocarás o nome de Deus em vão Os nossos antepassados habituaram-nos a viver com Deus sempre presente. Isso para el...
18/07/2025

Não invocarás o nome de Deus em vão

Os nossos antepassados habituaram-nos a viver com Deus sempre presente. Isso para eles era claro: Deus não era um ausente, distante, a morar nos céus, à espera que o ser humano cometesse um qualquer deslize para o castigar. Pelo contrário: era o Deus misericordioso de que nos falam os evangelhos, e cujo rosto Jesus nos mostrou como Pai misericordioso. Era o Deus que estava ali, presente não só na vida e na morte, mas em todos os momentos, na alegria e no sofrimento, ou no simples dia a dia.

Por isso, também se vivia no “temor de Deus”, um dos dons do Espírito Santo: estar constantemente na presença de tão alto e ilustre Pai, faz-nos tremer e faz-nos temer que O possamos ofender, por muito que tenhamos a ousadia dos filhos — qualidade que usamos sem merecer, recordemos!

E nós, herdeiros desses grandes homens e mulheres de fé, habituámo-nos a viver no seio de todas essas manifestações de amor e de resposta a Deus. Mas deixámos, também, enfraquecer a fé. O nome de Deus sai espontaneamente da nossa boca: desde o “adeus”, ao “Deus queira que”. Mas fomos perdendo a fé que dava conteúdo a todas essas invocações. Falamos em Deus, mas pensamos nas nossas forças. Até porque, no quotidiano, vivemos como se Ele não existisse.

Isso significa que passamos o dia a invocar em vão o santo nome de Deus, ao contrário do que nos indica o mandamento.

Claro que a questão não é eliminar a invocação de Deus, que sempre nos recorda a sua companhia e misericórdia, mas dar-lhe verdadeiro e efectivo conteúdo de fé. Deus em nada diminui o ser humano e as suas conquistas. Pelo contrário: o passado século XX mostra bem que apenas com Deus o ser humano pode ser grande, enorme. Continuemos a invocar o seu nome, mas não O invoquemos em vão!

D. Nuno Brás

O mar do Porto SantoQuantas cores tem o mar do Porto Santo? Perguntei-me esta semana, ao contemplar a paleta viva de azu...
18/07/2025

O mar do Porto Santo

Quantas cores tem o mar do Porto Santo? Perguntei-me esta semana, ao contemplar a paleta viva de azuis, verdes e dourados que se estende ao longo da praia. A linha do horizonte desfaz-se num jogo de luzes e reflexos, num convite silencioso à contemplação e ao assombro.

A espontaneidade das crianças, que mal chegam à areia, correm alegres para abraçar o mar, numa dança com a água salgada, límpida e cristalina, convida-nos a reconhecer o oceano como lugar de vida e de liberdade.

No Domingo do Mar, celebrado a 13 de julho, a Igreja voltou o olhar para os trabalhadores marítimos, homens e mulheres cuja vida se desenrola entre a solidão do mar e o serviço à sociedade. O cardeal Czerny, Prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, recordou o valor escondido destes profissionais e sublinhou que “o mar liga todas as terras”, tornando-se símbolo de comunhão e ponte possível mesmo entre nações em conflito.

Essa dimensão espiritual foi também evidenciada pelo Papa Leão XIV, que celebrou a 9 de julho, em Castel Gandolfo, uma missa pelo cuidado da criação. Referindo-se à natureza como uma “catedral natural”, reforçou a urgência de uma conversão ecológica e apelou à oração por todos os que ainda não despertaram para a gravidade da crise ambiental. Citando a Laudato Si’, afirmou: “Somente um olhar contemplativo pode mudar a nossa relação com as coisas criadas”. No final da homilia, o Papa confiou aos fiéis uma citação de Santo Agostinho, evocando um louvor que une homem e cosmos: “Ó Senhor, ‘tuas obras te louvam para que te amemos. E nós te amamos, para que as tuas obras te louvem’ (Confissões, XIII, 33, 48). Que seja esta a harmonia que transmitimos ao mundo”, concluiu.

O mar do Porto Santo tem, de facto, uma multiplicidade de cores. Tem a cor da alegria das crianças, do esforço silencioso dos que enfrentam as ondas para ganhar o pão, da oração dos crentes que encontram no mar um reflexo da presença de Deus.

Enquanto ilhéus, temos no mar um dos nossos maiores tesouros, mas também uma profunda responsabilidade. A criação não existe apenas para ser admirada, mas também para ser cuidada. Só assim permanecerá fonte de vida para todos.

Pe. Giselo Andrade

Endereço

Funchal

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