Filipe de Luar

Filipe de Luar Entre livros e pensamentos, Filipe de Luar escreve como quem escuta o silêncio das emoções. Amores e desamores. pertence!

Os seus romances são feitos de memórias, onde amores resistem ao tempo e palavras que revelam o que o coração não ousa dizer. Esta página serve para expressar situações, momentos, sentimentos... do dia a dia de todos nós. Amores clandestinos...
Os textos aqui escritos não são autobiográficos. Mas podem ser biografias de mim e de muitos de nós, aqui e além. É neste pequeno véu que fica por levantar

que se encontra a sublime sensação que o resto, o resto só a nós (seres apaixonados, românticos, sensíveis, loucos...)

Caminho na sombraAndo às cegas, sem mapa, sem certeza do amanhã. É como se o chão fosse feito de dúvidas e cada passo fo...
16/12/2025

Caminho na sombra

Ando às cegas, sem mapa, sem certeza do amanhã. É como se o chão fosse feito de dúvidas e cada passo fosse um teste. O coração pesa, arrasta-se, ainda preso à matéria… e eu sigo, mesmo sem saber para onde.
Não posso olhar para trás, o cenário que conhecia já se desfez. Só me resta apertar os punhos, sentir o corpo a tremer e continuar. Sou pequeno. Tenho medo. Mas sigo, com uma ladainha silenciosa, quase uma oração, a pedir que o céu me responda.
Era suposto ser o momento de rasgar o peito em luz… Mas o medo vence, divide, separa. E eu fico só: uma miragem a inventar um reflexo de mim.
O caminho estreita, os passos vacilam. Aspiro a sabedoria, a lucidez que ainda não tenho. Resisto, mesmo sem certezas. Rendo-me ao que vier, se é que há algo para vir. Ou será apenas isto: a miragem da minha própria fantasia.

- Filipe de Luar

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Sonhos EternosEstava sentado à beira-mar, naquela noite em que o céu parecia ter sido pintado só para mim. As estrelas p...
15/12/2025

Sonhos Eternos

Estava sentado à beira-mar, naquela noite em que o céu parecia ter sido pintado só para mim. As estrelas piscavam lá em cima, e cá em baixo as ondas vinham pousar na areia como quem deixa segredos escondidos. Tudo brilhava. Tudo respirava paz. E eu, ali, solto, leve como uma pena, deixei a imaginação levar-me para longe.
O sono começou a chegar devagar, mas antes que me apagasse, vi um vulto. Caminhava na minha direção. Parou. Olhou-me nos olhos. E nesse instante, sem uma palavra, já tínhamos dito tudo. Os olhares falavam, as mãos encontraram-se, e o coração disparou como se quisesse rasgar o tempo e congelar aquele momento.
Era alguém que eu já conhecia. Um amor que parecia proibido, mas que ali, naquela noite, ganhou corpo. O que sempre sonhei, vivi. O que parecia impossível, tornou-se real.
E quando acordei, percebi: não era só sonho. Era verdade embrulhada em fantasia. Era vida a brilhar dentro de mim. Guardei cada detalhe, cada sensação, e prometi a mim mesmo que continuaria a sonhar, porque há sonhos que não se largam, há sentimentos que não se apagam, e há memórias que merecem ser eternas.

- Filipe de Luar

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Tu Não Estavas LáDeitei-me. O coração batia como se tivesse corrido uma maratona sem sair da cama. A respiração acelerav...
14/12/2025

Tu Não Estavas Lá

Deitei-me. O coração batia como se tivesse corrido uma maratona sem sair da cama. A respiração acelerava, cada segundo parecia um grito preso. As lágrimas caíam, molhavam os lençóis, e tu… tu não estavas lá.
Deitei-me. A cabeça não parava, os pensamentos multiplicavam-se como se a noite fosse um palco só deles. O silêncio era pesado, mas mesmo assim deixava escapar os ruídos do esquecimento. E tu… tu não estavas lá.
Deitei-me. Quis acreditar num mundo perfeito, onde eu e tu encaixávamos sem esforço. Mas os nossos mundos não se entendiam: chocavam, gritavam, rasgavam o silêncio da noite. E tu… tu não estavas lá.
Deitei-me. Quis adormecer rápido, apagar tudo em segundos. Quis afogar-me nas lágrimas, cair aos pés de um sonho que me enganasse. Mas tu… tu não estavas lá.

- Filipe de Luar

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Coração AbertoNem sei bem como te chamar. Nem preciso. Tu apareces sem convite, fruto das minhas inseguranças e das ince...
14/12/2025

Coração Aberto

Nem sei bem como te chamar. Nem preciso. Tu apareces sem convite, fruto das minhas inseguranças e das incertezas que me perseguem. E, mesmo sem querer, acabo por te dar as boas-vindas vezes sem conta.
Mas olha: quero que saibas que me travas. Que me afastas do melhor que há em mim. Levantas muros entre a minha essência e o mundo que me rodeia. Tornas-te desculpa para eu não ver, para eu não sentir. És o reflexo das minhas reações ao desconhecido.
Só que chega. Basta reagir. Eu escolho agir. Eu escolho ir ao encontro de quem precisa de máscara, mãos limpas, mas sobretudo coração aberto.
E é aí, nesse encontro de corações, que nasce a verdadeira magia: semeamos amor, espalhamos fraternidade, criamos juntos um mundo novo. Um mundo de partilha, de entrega, de vida.
Porque quando reconhecemos o sagrado que existe em cada pessoa, percebemos que não estamos sozinhos. Somos parte de algo maior. E isso… isso é força, é esperança, é futuro.

- Filipe de Luar

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O Segredo do Tempo e do MundoDiz-me: o que é o tempo? O que é o mundo? O tempo é como uma casa invisível, onde tudo acon...
13/12/2025

O Segredo do Tempo e do Mundo

Diz-me: o que é o tempo? O que é o mundo? O tempo é como uma casa invisível, onde tudo acontece. O mundo… é a quantidade, é a medida, é a proporção. É aquilo que conseguimos pôr em regras, contar, comparar. É o palco onde a vida se desenrola, com leis que nos guiam.
Mas o tempo… ah, o tempo é mais misterioso. É como a água que corre e nos traz consciência. É o silêncio que não se mostra, mas que está sempre lá. É aquilo que não tem “quando”, nem “onde”, nem “como”. É nascente e foz, é começo e fim, é voz escondida atrás do silêncio.
O mundo é o que conseguimos medir. O tempo é o que sentimos sem conseguir agarrar. Um é quantidade, o outro é qualidade. Um é regra, o outro é segredo.
E depois há o que não é tempo nem mundo. Aquilo que está para além, no silêncio profundo. É a essência que engloba tudo. É vibração que se manifesta e depois descansa. É quietude, é mistério, é o espaço onde moram os segredos de todas as eras. Não se mede, não se compara, não se explica. É só… aquilo que resta.

- Filipe de Luar

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Grito em SilêncioNo silêncio que me corta, sinto vozes a tremer nas pontas dos dedos. Choro porque não quero que elas me...
12/12/2025

Grito em Silêncio

No silêncio que me corta, sinto vozes a tremer nas pontas dos dedos. Choro porque não quero que elas me invadam. Grito porque não quero que elas me prendam. Nas minhas mãos ainda pulsa um amor que teima em não morrer, mesmo quando o frio e o medo se alinham como contas infinitas, como nãos que me perseguem sem descanso. São pegadas de sal, mágoa que arde e fere.
Vejo pássaros de olhos apagados, com lâminas no lugar das asas. Rasgam-me caminhos novos, devoram cicatrizes antigas, deixam horizontes secos, sem água, desde a alma até ao corpo. Eu, que tinha os braços abertos para a esperança, solto-os como quem larga fantasmas.
E então, nesse teu olhar negro suspenso na noite metálica, por um instante breve como a vida, sinto o peso de um véu violeta. Pressinto a foice a descer, afiada, como uma lua louca que rasga a madrugada e mata o meu dia. De mãos geladas, presas sobre um peito vazio, grito em vão. Mas grito. Porque às vezes é só isso que nos resta: gritar para não desaparecer.

- Filipe de Luar

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O poder de um olharHá olhares que nos deixam sem palavras, como se fossem espelhos de tudo o que sentimos cá dentro. Há ...
11/12/2025

O poder de um olhar

Há olhares que nos deixam sem palavras, como se fossem espelhos de tudo o que sentimos cá dentro. Há olhares que abraçam, que transmitem carinho e empatia, e que falam diretamente à alma. Num só olhar cabe o mundo inteiro, e nesse instante tudo se mistura: silêncio, emoção, verdade.
Há olhares que são pura esperança, capazes de acender luzes nos corações mais apagados. Olhares que aconchegam, que dão força para continuar, que sussurram fé e coragem quando mais precisamos.
Mas também existem outros… Olhares que carregam medo, dor, súplica. Olhares escuros, da cor da noite, que gelam por dentro, talvez porque lhes falta o brilho de outros olhares.
E é aí que percebemos: um olhar nunca é só um olhar. É um universo inteiro de mistérios, emoções e histórias não ditas. É linguagem sem palavras, é poesia sem versos, é magia sem truques.
No fundo, cada olhar é uma chave. Uns abrem portas para a ternura, outros para a esperança, outros ainda para a dor. Mas todos nos lembram que sentir é viver e que, às vezes, basta cruzar olhares para mudar tudo.

- Filipe de Luar

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Alma que brilhaHá qualquer coisa no teu olhar que não engana: uma sabedoria silenciosa, uma beleza simples que não preci...
09/12/2025

Alma que brilha

Há qualquer coisa no teu olhar que não engana: uma sabedoria silenciosa, uma beleza simples que não precisa de filtros. És verdade pura, sem máscaras.
Vejo em ti amor que não se compra, um brilho que não se apaga. Alma doce, mas inquieta. Espírito que não se contenta com o banal, porque nasceu para ser transcendente.
Carregas mágoas, cicatrizes que ainda doem. Sorris, mas esse sorriso também guarda feridas. Feridas que pedem tempo, cuidado, amor. Porque a alma nunca esquece o que já viveu, mas aprende a dançar com isso.
O teu amor é raro. É sinal da tua essência, da tua benevolência. Não negas o passado, mas escreves a tua própria história. E com essa profundidade que só tu tens, com esse amor que parece divino, consegues dar paz à tua existência.
Guardas o amor com medo de sofrer. Amas em silêncio, na calma. Mas esse silêncio é cheio de gritos de sentimentos puros. Não finges. És verdade. Procuras sentido, procuras razão, procuras a essência que te vai levar à plenitude.

- Filipe de Luar

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Caminhos do VentoHá estradas infinitas nos braços do vento, como se o céu fosse um pano gigante a bordar bandeiras de es...
08/12/2025

Caminhos do Vento

Há estradas infinitas nos braços do vento, como se o céu fosse um pano gigante a bordar bandeiras de estrelas e mar. Nuvens correm lá em cima, sombras dançam na areia cá em baixo… e na noite mais escura, ergue-se uma cruz que sangra silêncio.
No lago afundam-se guerreiros antigos, fantasmas de batalhas que já não voltam. Cisnes de sonho que a aurora matou. Mantos rasgados, elmos partidos… parecem flores arrancadas, engolidas pelo lodo.
Nos olhos da noite brilham sinais de morte. Praias distantes ecoam lamentos, gritos que o vento do norte carrega sem esperança. Entre soluços de crianças, brilham cristais, pequenos faróis de luz perdida.
Um anjo cansado, asas rasgadas, segura a proa da nau que se afunda. E nas miragens de pedra, imóveis mas eternas, rugem as ondas, levantando cristas como monstros que não dormem.

- Filipe de Luar

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O Castelo da PoesiaNum dia de tempestade brutal, vi ao longe uma construção gigante, quase mítica. A poesia é esse caste...
08/12/2025

O Castelo da Poesia

Num dia de tempestade brutal, vi ao longe uma construção gigante, quase mítica. A poesia é esse castelo: relâmpagos iluminam-lhe as paredes gastas, mas a chuva dá-lhes uma suavidade estranha, quase mágica.
Entrei. Procurei abrigo. Mas não era só abrigo, era território dos meus demónios. Eles vagueavam pelos corredores, à minha procura, a tentar roubar-me o sono. E eu, perdido, perguntava: porque é que estou aqui? Que propósito tem a poesia para mim?
As paredes estavam cobertas de mensagens. William Shakespeare, Pablo Neruda, Bukowski, Bocage, Drummond, T. S. Eliot, Fernando Pessoa, José Saramago, Arthur Rimbaud… nomes que não se choram, mas que se gravam. Cada palavra parecia chamar-me, como se esses mestres me tivessem encontrado ali, mesmo desencontrados no tempo. Os seus passos ecoavam para além da mortalidade, como se dissessem: “Estamos contigo, continua.”
E eu pensei: um dia, alguém vai entrar neste mesmo castelo. Vai ler o meu nome ao lado dos deles. Vai sentir os meus suspiros gravados nas paredes. Vai perceber que também lutei, também sonhei, também escrevi.
Talvez haja lugar entre as estrelas para mim. Talvez a minha voz ecoe para sempre neste castelo de poesia.

- Filipe de Luar

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A marca que deixasTodos nós queremos saber mais, colecionar experiências, juntar pedaços de mundo desde que nascemos. Ma...
07/12/2025

A marca que deixas

Todos nós queremos saber mais, colecionar experiências, juntar pedaços de mundo desde que nascemos. Mas a sabedoria verdadeira… não está só nos livros. Está naquilo que pensas quando ninguém te ouve, nas perguntas que te fazem tremer por dentro.
“Quem sou eu além de mim?” — essa é a questão que bate mais forte. E se a vida tem um fim, será que o destino é só o caixão?
Vale a pena pensar na morte? Ou é só gastar tinta na pena? Eu prefiro assinar a sentença de ser forte, de manter a mente limpa, plena, pronta para o que vier.
A morte assusta milhares, mas não é fuga nem escolha. É compromisso inevitável. E é por isso que viver agora, com coragem, é o verdadeiro truque.
No fim, não é sobre colecionar páginas de livros. É sobre escrever a tua própria história, com erros, com risos, com quedas e com vitórias. Porque o que f**a não é o medo. É a marca que deixas no coração dos outros.

- Filipe de Luar

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Estrada da coragemEsta estrada que percorro estende-se à minha frente como uma promessa sem mapa, não sei onde me vai le...
06/12/2025

Estrada da coragem

Esta estrada que percorro estende-se à minha frente como uma promessa sem mapa, não sei onde me vai levar. Às vezes enrola-se em curvas misteriosas, convidando-me a espreitar o que vem a seguir; noutras abre-se glamourosa, com passarinhos a cantar como se tudo fizesse sentido. Há troços frios, de asfalto duro e cinzento, onde o vento parece medir o meu passo; e há troços banhados de verde, frescos e leves como um pensamento que se deixa f**ar.
A vida trouxe-me por aqui muitas experiências: quedas que ensinaram equilíbrio, encontros que ensinaram ternura, despedidas que ensinaram a seguir em frente. Aprendi tanta coisa que voltar ao início já não faz sentido, as mesmas perguntas e respostas já não cabem. Não procuro certezas neste caminho; procuro sinais, pequenas coisas que me façam sorrir. Se a primavera vier e a andorinha escolher este canto para fazer ninho, quem sou eu para dizer que não?
Se este é o melhor caminho? Talvez não exista um único melhor. Existe este, que é novo para mim, e eu vou começar tudo de novo com as mãos vazias e o coração aberto. Vou seguir sem medo do que possa encontrar quando a estrada chegar ao fim, curioso pelo que há-de vir, sabendo que recomeçar assusta e, ao mesmo tempo, é o plano mais verdadeiro que tenho.
Esta estrada não tem mapa, só vontade. Tem curvas, tem cinzento, tem verde e traz lições que não cabem no regresso. Se a andorinha vier, que faça ninho; eu sigo, sem certezas, com vontade de recomeçar.

- Filipe de Luar

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