31/10/2025
É NOTÍCIA
MILLER, EMPRESÁRIO DE MILTON VALENTE, NÃO QUIS NEGOCIAR O ATLETA COM D’AGOSTO
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Em entrevista ao Jornal dos Desportos, na sua última edição da semana, Armando Costa, vice-presidente do 1.º de Agosto para o basquetebol, lamentou a saída inesperada de Milton Valente do clube rubro e negro.
O antigo base da Selecção Nacional afirmou que Felizardo Ambrósio “Miller”, empresário do jogador, havia garantido ao clube militar que o atleta pretendia continuar, mas, depois do Afrobasket, foram surpreendidos com uma carta de rescisão contratual.
«A nossa direcção sempre fez um esforço para impedir a saída dos nossos principais activos. Quando um atleta sai sem comunicar — e, infelizmente, foi o caso do Milton Valente —, impedindo o clube de negociar a sua continuidade, f**a difícil lutarmos contra este tipo de posicionamento.
A situação foi tão caricata que, uma semana depois de terminar o Afrobasket 2025, o agente do jogador apareceu no clube e deu-nos a conhecer que o atleta havia manifestado interesse em renovar o contrato por um período de dois anos. Para o nosso espanto, três dias depois, o Milton Valente apareceu com uma carta em que pedia a sua rescisão de contrato», esclareceu o tetracampeão africano.
Questionado sobre o facto de os militares optarem por negociar a renovação do vínculo laboral apenas no final do contrato, quando podiam fazê-lo muito antes, o antigo base da Selecção Nacional Sénior Masculina de Basquetebol, hoje nas vestes de vice-presidente da turma do Rio Seco, afirmou que «o clube sempre jogou na antecipação, mas os agentes gostam de arrastar as negociações para o último ano de contrato. Portanto, quando as pessoas não são capazes de ser escravas das suas próprias palavras, f**a complicado para qualquer direção», lamentou Armando.
Milton Valente, que conquistou a última edição do Afrobasket, realizado em Angola, representa agora o emblema tricolor.
Entretanto, Armando Costa fez saber que «o 1.º de Agosto tem um orçamento e um teto salarial. Portanto, se o jogador sai, é por vontade própria e não da direcção do clube».
