27/02/2024
Só mais tarde é que perceberia que o portal ia dar ao átrio do antigo
Pavilhão de Civil, o sítio onde hoje f**a a ala psiquiátrica do Instituto Superior Prisional, se a memória não me falha. A travessia da Piscina para Civil foi, no entanto, atribulada, por mais que a voz do Sr. Borboleta me sussurrasse que só tinha de manter o foco e continuar a andar, que não olhasse para as imagens que passavam, que com tempo ia f**ar normal, que era um presente da Deusa Laranja para eles. Primeiro, deixei que o exército passasse, ordenado, e só depois é que me atrevi a segui-los e logo fui bombardeada com imagens de estudantes que choravam em casas de banho, de outros que gritavam em churrascos, já mais para lá do que para cá, de outros que, de canetas na mão, rabiscavam as suas folhas em salas que mais lembravam os breves momentos antes da guilhotina; levei as mãos aos olhos para ver se conseguia afastar tudo aquilo, mas continuavam a vir lágrimas que caíam por um lado, cerveja que se derramava por outro, por trás a solidão que assolava os estudantes. “Vais-te habituar, não tenhas medo”, dizia 0 (...)
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