Fundada a 10 de Abril de 2006, com o lema “é preciso virar a página”, a Guerra e Paz editores é uma editora generalista que procura, numa parte relevante das suas publicações, reinventar o livro, criando formatos inovadores e cruzando materiais diversos, por vezes improváveis, como madeira, pano, papel de jornal, fotografias ou pintura nas suas edições. Com um grafismo ousado, que não teme a ruptu
                    
                                            ra dos modelos tradicionais, algumas das edições recorrem a processos artesanais, da colagem ao laser, passando pela impressão directa em madeira e pela pintura à mão das faces do miolo dos livros. A editora tem nos Clássicos Guerra & Paz a sua mais prestigiada colecção de ficção, de Gil Vicente, Camões, Eça e Camilo a Machado de Assis, passando por Oscar Wilde, Flaubert, R. Outra colecção, os Livros Amarelos, confronta dois textos curtos de grandes autores (Mark Twain e Kipling ou Miguel de Unamuno e Manuel Laranjeira, Pessoa e Whitman, por exemplo), apresentados por um autor contemporâneo, converteu-se pela combinação de singularidade e ousadia de algumas propostas numa polémica colecção de referência, a par dos Livros Vermelhos, uma colecção de ensaios contemporâneos sobre temas de debate e actualidade na área da História, Filosofia e Ciências Humanas. Duas outras áreas foram ganhando um peso significativo no catálogo da editora. Em primeiro lugar, a dos livros de ficção e de não ficção relacionados com Angola ou da autoria de autores angolanos, o que faz da Guerra & Paz talvez a mais angolana das editoras portuguesas. A outra linha editorial marcante dos últimos anos tem sido a do tratamento da língua portuguesa, com o contributo significativo dado por dois linguistas, Fernando Venâncio e Marco Neves, a cujas obras se juntam vários dicionários e um vocabulário-prontuário. Os livros práticos e de temas de actualidade têm também um lugar próprio, com duas parcerias a dominar essas edições, a do Clube do Livro SIC, que durou de 2011 a 2018, e a que está em curso, desde Janeiro de 2019, com os Livros CMtv. Outra parceria, que dá corpo a uma colecção de prestígio, é …o fio da memória, que preserva, com entrevistas de José Jorge Letria, o património cultural português, contando já com livros de  vida e obra de pensadores, artistas plásticos, escritores, músicos e cientistas, caso de Eduardo Lourenço, Urbano Tavares Rodrigues, Lídia Jorge, Cruzeiro Seixas, Carlos Fiolhais, João Abel Manta, Álvaro Cassuto e Graça Morais, entre outros. Na colecção de livros de arte, de luxo, a Três Sinais, destacam-se, em edições de capa dura, obras de Paula Rego e Agustina, de Fernando Pessoa e Camões, de Vasco Graça-Moura e José Saramago, de Eduardo Prado Coelho à edição especial do Físico Prodigioso, de Jorge de Sena. No seu catálogo a editora conta com várias correspondências de Jorge de Sena, em particular as correspondências com Sophia de Mello Breyner Andresen, Eugénio de Andrade e João Gaspar Simões e João Sarmento Pimentel. No catálogo de autores internacionais, destacam-se obras de Sade, Boris Vian, Robert Graves, Jean d’Ormesson e Delmore Schwartz, na ficção, e ensaios sociológicos, políticos ou filosóficos de Raymond Aron, Winston Churchill, Roger Scruton, Paul Johnson, John Gray, do Prémio Nobel da Economia Jean Tirole e de Michel Serres. Atenta à nova ficção em língua portuguesa, a Guerra e Paz foi escolhida para publicar, a partir de 2020, os futuros vencedores do Prémio Nacional de Literatura Lions de Portugal e o Prémio Literário UCCLA, Novos Talentos, Novas Obras de Língua Portuguesa.
À sua colecção de poesia, inaugurada por Eugénia de Vasconcellos, além do romeno Dinu Flamand e da angolana Tchiangui Cruz, juntou-se agora um livro que reúne também a poesia de João Moita. Sem prejuízo do convívio com o digital, a Guerra & Paz acredita no futuro do livro em papel. Os nossos livros, pintados, com colagens e um design gráfico irreverente, querem reacender no leitor, por junto, a paixão da posse de livros belos com a paixão da leitura. Para que seja um prazer virar cada página.