a viver,
nas palavras que ficam por dizer. a sangrar
das balas que ninguém foi capaz de disparar. a morrer,
das coisas que se deixaram por fazer.
À espera,
no nevoeiro ancestral
da eterna Quimera.
Ó terra amada,
pátria amortalhada pelo sistema! Quanta raiva de lágrimas roxas de Portugal
enquanto eu escrevo este poema. Jorge Nogueira, 1973
«AQUI E AGORA - PORTUGAL PRESENTE!
«O desenho de Fern
ando Pessoa que incluímos nesta página é um ensaio de representação do Mito e da Realidade que envolveram o Poeta e escritor na sua Vida e na sua Obra, e que, de certo modo, também nos envolvem. Sim, Pessoa, como símbolo dessa 'aliança' que aqui queremos também servir: o Mito de um Portugal, justificador e transcendente, num plano Espiritual, e a Realidade concreta e imediata do Presente, o que aí está - que não escolhemos mas queremos poder compreender e dominar na dinâmica mais vital. Nessa 'linha geral', 'ideal' e, também 'realista', avançaremos com a informação permanente e a análise e o comentário dissidentes do 'politico-culturalmente correcto - para nos aproximarmos da Verdade!! É disso que aqui vamos todos tratar, com uma equipa de colaboradores gradualmente enriquecida.»
Vítor Luís
Porquê Fernando Pessoa? Um outro poeta responde:
QUEM, COMO ROSTO
O QUE PARTIU E SEMPRE VOLTOU,
O QUE FOI E É DE SEMPRE,
QUEM O VIU E QUEM O LEU,
QUEM NOS ESCREVEU
E DECIFROU,
QUEM NOS DISSE
E NOS DESCOBRIU,
QUEM NOS VÊ
E NOS FITA,
QUEM DISSE QUEM SOMOS NÓS,
QUEM NOS DEIXOU A MENSAGEM,
QUEM NOS CONDUZ NESTA VIAGEM,
QUEM É NOSSO MEMORIAL.
É PESSOA, AFINAL,
É O ROSTO DE PORTUGAL. José Valle de Figueiredo
Foz, 19 de Agosto de 2015
