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25/06/2025

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(PT-PT) Oi pessoal, aqui é o meu canal "Eclipse Productions" Vamos falar de cultura geek e dos meus livros. Vamos ser um canal de comédia, gameplays, análises de livros etc... Espero que gostem (ENG) Hi everyone, this is my channel "Eclipse Productions" Here we're going to talk about geek culture...

06/06/2025

Feliz mês do orgulho🏳️‍🌈🏳️‍⚧️

Diário de Grace (Parte.9)Hoje foi um dia muito cansativo... Vem aí o Halloween e ,ao que parece, a escola faz sempre uma...
06/06/2025

Diário de Grace (Parte.9)

Hoje foi um dia muito cansativo... Vem aí o Halloween e ,ao que parece, a escola faz sempre uma grande festa fantasia. Não gosto de festas, é muita confusão, mas a Melissa arranjou uma maneira de eu me envolver nisso, colocando-me como parte da equipa de organização de decorações. Estive para lhe bater com um livro quando ela fez isso, mas tinha saído a correr para a casa de banho fazer a sua rotina de limpeza facial noturna. Encolhi-me nos cobertores, enjoada com o facto de ter de fazer parte daquilo...Nem consegui pegar no meu diário naquela noite...
Tentei ignorá-la hoje, mas ela puxou-me pelo braço e levou-me, à força, para o ginásio, o local onde seria a festa.
-Boa sorte, Gracy! Tenho a certeza que vais adorar isto!
Virei-me para ela, pronta para lhe responder, mas ela já tinha corrido e fechado a porta do ginásio.
-Ela também te obrigou a estar aqui?
Quando olhei, a Nina também estava ali, com uma caixa cheia de decorações nas mãos e umas grandes olheiras.
-Sim. E pelo que vejo, tu também foste uma das vítimas.
-Em parte, sim.
-O que queres dizer com isso?
-Eu queria participar da equipa, mas, sinceramente, não tinha coragem para me inscrever. Então a Melissa pegou em mim e levou-me até à equipa de organização. Quase vomitei...
-Sei o que é. Mas então, tens alguma ideia do que é para fazer?
-Pediram-nos para pendurar umas teias falsas e umas aranhas, mas... Isto é simplesmente a coisa mais clichê de todas... -Ela disse
-Quanto mais cedo começar-mos, mais cedo saímos daqui.
A Nina concordou comigo e começámos a decorar o ginásio com os outros alunos, que claramente também foram obrigados a estar ali. Quando decidímos fazer uma pausa, a Nina estava sentada com uma das aranhas falsas na mão, ficou a olhar para ela durante um bom tempo.
-O que estás a fazer? -Perguntei
-Isto é horrível.
-É. Também não gosto de aranhas.
-Não é disso que estou a falar. Esta decoração é horrível. Tão básica. Não concordas?
Encolhi os ombros e pousei o queixo nas mãos, inclinada sobre os joelhos.
-Acho que sim.
Ficámos em silêncio até ela continuar.
-Eu recuso-me a fazer parte de algo tão clichê.
-E o que é que vais fazer?
Ela olhou para mim um pouco assustada e hesitante, passou o seu olhar pela sala e disse gaguejante:
-E-eu tenho uma ideia! M-mas temos de ir ao meu quarto primeiro!
-Está bem.
Saímos do ginásio, justificando aos responsáveis primeiro, e fomos para o quarto dela.
Entrámos, o quarto era escuro, tinha as cortinas fechadas de um dos lados e era bem desarrumado, o outro lado era bem normal, mais luminoso e organizado. A Nina foi para o lado mais escuro e começou a procurar no meio de um monte de livros. Olhei em volta, o lado dela tinha o computador em cima da cama, pacotes de Pringles e umas latas de refrigerante, por não falar de um pequeno peluche de coelho deitado na cama.
-Encontrei! -Exclamou com um caderno de capa preta na mão
Abriu-o e mostrou-me várias páginas com vários desenhos diferentes. Uma página tinha desenhos de palhaços, outra no estilo de noiva cadáver, estranho mundo de Jack, cavaleiro sem cabeça. Adoro estes filmes, mas gostei ainda mais dos desenhos. Já sabia que a Nina desenhava bem, mesmo não sendo o meu estilo de traço, são ótimos desenhos.
-Já sei! -Ela exclamou animada. Acho que foi o mais alto que a ouvi falar -Isto é perfeito! -Mostrou-me uma das páginas, e devo admitir, era mesmo a melhor ideia de todas
O que acontece a seguir foi inacreditável. A sério, não sei como é que isto resultou. Nem tive tempo de escrever no diário por dias por causa de toda a correria, mas vou resumir.
A Nina teve a melhor ideia possível para um baile de Halloween. A ideia era: o ginásio estaria decorado no estilo da cidade de Londres no século XIX, onde um criminoso chamado Mack o tripador (tivemos de usar este nome por ordem dos professores) andava à solta pelo baile. Teria várias pistas pelo ginásio, como na mesa da comida, no palco do ginásio, nas próprias pessoas que estariam disfarçadas como personagens do crime (eu, a Melissa, a Nina e mais alguns alunos que se voluntariaram. Fiquei espanta com o número de alunos que quiseram participar, mas até que foi bastante divertido). Tinha várias personagens, como o detetive, que era a Nina, o policial, que era a Melissa, as testemunhas e suspeitos, que eram os outros alunos voluntários, e o Mack tripador, eu. Os alunos teriam de usar as pistas e os depoimentos das testemunhas para adivinhar o culpado dos crimes, que estava misturado no baile como outro aluno (basicamente eu só estava a ir da mesa da comida para me sentar no palco com o meu caderno de desenho. Até que foi divertido estar a ver alguns alunos a fazerem teorias de quem seria o culpado enquanto eu só ficava a comer pipocas vermelhas). Quem adivinhasse o culpado era coroado rei ou rainha do baile. Sim, foi ideia da Melissa. Ela viu em filmes e séries e quis muito colocar isso no plano. No final descobriram que eu era a culpada, fui "presa" pela "polícia" (que não verdade era só levarem-me para os bastidores atrás do palco. Fiquei lá um bocado a falar com a Melissa e com outros voluntários e a comer profiteroles que a Melissa comprou para a equipa.)
O baile continuou normalmente, a Melissa até conseguiu convencer-me a dançar algumas músicas. Toda a equipa do baile tirou uma foto juntos com os disfarces, eu tirei uma com a Melissa e Nina. A Melissa incorporou por completo o papel, a Nina pousou com papéis que fingiam ser provas e relatórios e eu fiquei no centro a comer pipocas vermelhas.
Quando o baile acabou, todos os alunos voltaram para os seus quartos. Nós as três conseguimos convencer um professor a deixar-nos fazer uma festa do pijama no meu quarto e da Melissa. Foi divertido. A Nina contou histórias extremamente assustadoras (a Melissa ficou cheia de medo e pôs uma cadeira na frente da porta do quarto), comemos alguns dos restos de comida que sobraram do baile. Neste momento estou a comer pipocas encostada à beira da cama a escrever no diário enquanto a Melissa e a Nina falam do momento em que a Nina revelou quem era o Mack tripador.
-Tu parecias o Sherlock Holmes misturada com um apresentador de televisão! -Diz a Melissa animada -Estavas tipo "Agora, meus amigos, o culpado de todas as atrocidades cometidas, Mack tripador... Grace Wilson. Pagarás por todos os teus crimes no fundo da cadeia mais podre de toda a Londres e nunca mais verás a luz do dia!"
-Os bastidores não eram assim tão escuros, mas a comida estava boa. Obrigada, Melissa. -Respondi, largando a caneta por m segundo
-Temos mesmo de repetir isto para o ano! -Exclama ela com entusiasmo. Vira-se para a Nina, que ainda se assusta um pouco com a energia dela -Tens mais ideias para festas?
A Nina engole o medo e responde com um sorriso, pegando no seu caderno, que estava bem ao seu lado este tempo todo.
-Tenho imensas! Que tal uma no tema de o cavaleiro sem cabeça em que os alunos têm de adivinhar se o cavaleiro é apenas uma lenda, ou se existe realmente uma pessoa por trás disso?
-E podia ter uma pessoa disfarçada de cavaleiro sem cabeça que ande pela escola a assustar os alunos. -Sugiro
-Genial, Gracy! -Responde a Melissa -Consegues fazer o fato de cavaleiro sem cabeça? Os de hoje estavam incríveis! Senti-me mesmo como uma polícia do século XIX!
Sinto as bochechas aquecerem ligeiramente.
-É bastante simples, mas obrigada.
-Eu sabia que conseguias. Os teus desenhos são mesmo incríveis, tens mesmo jeito para design de roupa. -Diz a Nina -Alguma vez pensaste em fazer isso no futuro?
Paro para pensar um pouco, olho para o meu diário, depois para elas. Adoro desenhar roupa, isso é um facto, mas nunca pensei fazer disso carreira. Sempre pensei que fosse só um passatempo, mas sempre que desenho sinto-me mais leve, como se pudesse desligar do mundo e apenas ficar ali por horas. Aperto a caneta na minha mão, mas a Melissa senta-se ao meu lado e encosta o ombro no meu.
-Eu concordo com a Nina, darias uma ótima designer! Mas se ainda não é algo que que tens a certeza, vai com calma e quando chegar a hora, pensa naquilo que te faz feliz e que te imaginas a trabalhar.
-Obrigada. -Sorrio levemente -Por agora é isso que vou fazer. Mas...Nina! Tu darias uma ótima animadora ou preparadora de eventos. Desenhas muito bem e tens ideias excelentes!
Ela cora e esconde o nervosismo, mas gagueja na mesma.
-É? É! Quer dizer...eu gosto de desenhar, mas é um pouco assustador entrar na área da arte...
-É verdade, mas...A arte move o mundo, move as pessoas e as pessoas movem a arte.
-Isso é bonito, Gracy. -A Menzi encosta a cabeça no meu ombro e fecha os olhos -Estou a morrer de sono...Se me pregarem uma partida enquanto durmo, podem esperar vingança...
-Não te preocupes. -Digo
-Não estavas com medo de dormir por causa do espírito da escola que ataca miúdos durante a noite e coloca as suas almas nos quadro das salas?
-Eu já te disse que ouvi barulhos de giz no quadro durante a noite! -Ela levanta-se bruscamente e aponta-lhe o dedo
Eu e a Nina rimos. A Menzi cora de vergonha e deitasse à minha beira no monte de almofadas que fizemos no chão.
-Mas vá, chega de histórias de terror por favor. Nada de partidas com barulho de giz! -Diz deitada no monte de almofadas
-Não prometo nada. -Responde a Nina, deitando a cabeça numa das almofadas
Sorrio e olho para elas. Estes dias foram muito divertidos, sinto-me mesmo bem e pela primeira vez não sinto a vontade de gritar ou esconder-me nos cobertores. A Melissa dorme ao meu lado, a Nina está adormecida no monte de almofadas.
Mas vá. Sinceramente, estou ansiosa pelos próximos dias com elas e neste escola. Faltam só dois meses para o natal vou ver a minha mãe e contar-lhe de tudo o que aconteceu até agora. Já agora, o meu cabelo está a crescer, antes estava-me um pouco mais abaixo do queixo e agora está-me quase pelos ombros. Não sei se devo cortar, isso assusta-me um bocado, mas acho que chega de terror por hoje.
Vou dormir agora e provavelmente vou ter de impedir a Nina de pregar uma partida à Menzi e ter de lidar com a ela a ter paranóias pela história do quadro fantasma.

Diário de Grace (Parte 8) Passaram-se alguns dias desde que comecei a falar com a Nina, não é bem falar, mas sim estar e...
27/05/2025

Diário de Grace (Parte 8)

Passaram-se alguns dias desde que comecei a falar com a Nina, não é bem falar, mas sim estar em silêncio enquanto lemos ou assim. Parece chato, mas é bastante agradável. O silêncio é sempre quebrado pela Melissa a querer conhecer a Nina melhor, ela não parece se importar tanto como antes e acho que a Melissa está a fazer um esforço para saber quando parar, o que é bom.
Hoje liguei à minha mãe, costumo fazer sempre isso aos fins de semana, ela contou-me do trabalho, como está o Percy, o meu cão, eu faço-lhe um resumo rápido da semana, com quem falo ,como andam as aulas etc... Não sou muito boa em dar resumos.
-"É bom ouvir-te assim" -ela disse
-Assim como? -perguntei confusa
-"Feliz" -ela responde, como se conseguisse ouvir o seu sorriso doce entre os pequenos soluços -"Não sabes o quão contente isso me deixa ,querida"
-Desculpa, mãe.
-"Desculpa? Não há motivos para pedires desculpas ,eu agradeço tanto por a minha menina estar feliz"
"A minha menina". "Querida". Aquelas palavras ecoaram na minha cabeça. Sabia tão bem. A minha mãe foi a primeira a dizê-las e será sempre a que mais me emociona mais quando as diz. Apetece-me chorar todas as vezes que ela o faz, não de uma maneira triste, mas de alegria.
E falando nisso, nunca contei sobre as aulas de educação física, que para mim, é o inferno na terra. Primeiro o equipamento: uma T-shirt branca com o logótipo da escola em vermelho e umas calças, ou calções, dependendo do que o aluno escolhe ,vermelhos com riscas brancas. Segundo, o suor. Odeio suar. Terceiro, termos de fazer exercícios estúpidos para no final termos uma nota de, não satisfaz, só por não aguentarmos fazer 20 vai e vens, 30 abdominais e 20 flexões. Quanto às equipas... Nesta escola nem é assim tão mau, pelo menos colocam-me com o resto das raparigas ,mas continua a ser horrível olhar para os corpos femeninos delas. Sinto-me deslocada. Eu quero estar ali, eu mereço estar ali, mas fico sempre com medo. Imagino as raparigas a rirem-se de mim e a julgarem-me. As piadas, os risos, os olhares de lado são como uma prisão e quando dou por mim, estou a tremer e os olhos embaçados. Mas ninguém nesta escola fez isso. Ninguém fez piadas, ninguém se riu de mim, ninguém me olhou de lado, mas a sensação de pavor não desaparece. É como se fosse uma ovelha rodeada de lobos. Mas aqui... Não têm lobos, mas mantenho-me sempre alerta como se eles pudessem aparecer e atacar-me.
Odeio isto. Odeio ter de ficar ali e vê-las trocar de roupa, odeio, mesmo que sejam apenas uns segundos antes de correr para uma casa de banho vazia, odeio ter de ter medo de me trocar e a Melissa entrar de repente e rir-se do meu corpo, odeio ter de me olhar ao espelho e as memórias das piadas, dos olhares tortos, dos empurrões, dos puxões de cabelo, do silêncio que ficava sempre que eu aparecia na sala.
Detesto tanto isto, detesto tanto o meu corpo, detesto-me tanto que parece piroso quando o penso.
A Nina partilha a mesma opinião, exceto em algumas coisas, claro. A Melissa é difícil de compreender, tanto parece que odeia as aulas como adora. Acho que ela adora o facto de poder descarregar toda a energia que acumula, mas por algum motivo, está sempre chateada. Fui até ela e perguntei-lhe o porquê disso.
-David Smith. -murmurou com puro ódio
-O quê?
-Ele simplesmente acha que me pode vencer em tudo! -acrescentou
-Não estou a perceber nada do que estás a dizer. -o que não é uma novidade
-O David Smith é um tipo do meu ano que pensa que é melhor que eu em tudo. O que é completamente mentira!
-Ok. E o que é que isso tem haver com a educação física?
-Eu sou a top 1 no desporto feminino da escola desde o sétimo ano e, desde o sétimo ano, ele tenta bater os meus recordes. Obviamente que não consegue. -afirmou com confiança -Mas ele está sempre a provocar-me nas aulas e a desafiar-me. Ele odeia-me e eu não entendo o porquê! É tão id**ta! Não concordas?!
Encolhi os ombros e ela alongou-se quando foi chamada para se juntar a uma das equipas de futebol.
-Bem, tenho de ir. Até já, Gracy.
Ela afastou-se numa corrida enquanto o rabo de cavalo balançava no topo da cabeça.
Disse ao professor que estava com dores no joelho e ele deixou-me ficar sentada no banco o resto da aula.
Fiquei em silêncio a ver os outros a fazer a aula, parecia as almas no purgatório. O que sinceramente, não é muito diferente.
De repente um rapaz com o cabelo castanho claro senta-se a uns dois metros de mim.
-Isto é ridículo.
Fiquei calada. Pensei que ele estava a falar sozinho então só continuei a ver a Melissa jogar.
-Não fazes aula? -perguntou-me
-Dói-me o joelho. -respondi sem desviar o olhar dos outros alunos
-É. Eu estou em pausa.
Para ser sincera, não me apetece falar. É de manhã cedo, numa aula de educação física e está um frio de congelar os ossos, mesmo vestindo o equipamento de inverno e um casaco por cima.
-Não falas muito, pois não?
Mais uma vez, não respondo. O que é foi a melhor resposta de todas. Ao fundo do campo, a Melissa celebrava um golo que acabara de marcar. Ela correu de um lado para o outro com os braços estendidos enquanto as outras raparigas da equipa celebravam com ela. Soltei uma gargalhada silenciosa e o rapaz ao meu lado bufou numa risada falsa.
-Ridícula. Ela acha-se a maior apenas porque sabe fazer uma coisa ou duas ,pensa que toda a gente tem de gostar dela só porque é riquinha. Que estúpida.
Olho-o de canto. Este deve ser o David Smith. Aquilo irritou-me. Não vou dizer que quando conheci a Melissa não pensei a mesma coisa, mas eu sei que ela não é assim, pelo menos, pelo que eu vi e conheci até agora, ela não me parece ser esse tipo de pessoa. Ao contrário deste tipo.
-Não achas?
Porque é que as pessoas estão sempre a perguntar-me o que eu acho? Eu sei lá. Eu não sei. Eu não quero saber. Apenas acho que a Melissa até agora se mostrou uma boa pessoa e que ouvir alguém a falar assim dela deixa-me irritada. Raramente as coisas deixam-me irritada, apenas quando é algo que passa mesmo dos limites.
Virei-me para ele e respondi em um tom grave, muito mais do que eu pensei que a minha voz alguma vez pudesse soar.
-Cala-te. Apenas. Cala-te.
As sobrancelhas dele ergueram-se. E os lábios curvaram-se num sorriso.
-Interessante. -ele esticou-me a mão para um cumprimento -David Smith.Prazer em conhecer-te.
Levantei-me e afastei-me mais dele. Sento-me a vários metros dele, distância de pessoas assim. Estou cansada, só quero voltar para o quarto e trocar o meu equipamento para uma roupa confortável e quente, enfiar-me na cama com um livro e um chá, abraçar-me ao peluche gigante de pinguim que tenho em casa e dormir.
No final da aula a Melissa veio a correr até mim e abraçou-me com um sorriso. Suor ,abraço... Porquê Melissa?
-Marquei três golos, Gracy! Viste?
-Vi. -respondi
-Meu Deus! Foi incrível!
Dirigimo-nos para os balneários. Ela pegou nas suas coisas e voltámos para o dormitório.
Não sabia se devia contar-lhe sobre o David. Não queria que ela se chateasse mais com aquele id**ta, mas também não queria guardar isto.
A Melissa foi para a casa de banho tomar um banho. Enquanto isso, fiquei a refletir sobre se devia dizer-lhe ou não o que se passou.
Depois de um tempo a água do chuveiro parou de correr e comecei a falar do quarto.
-Conheci o David Smith.
-O quê?!
Ela saiu da casa de banho com o uniforme já vestido e todo amassado, cabelo molhado que claramente se iria arrepender depois de ter de trocar a camisa branca.
-Conta-me tudo?! Ele disse-te alguma coisa? Chateou-te? Vou esmurrar-lhe a cara! -respondeu com um estalar de dedos
-Não me chateou. Talvez um pouco.
-O que é um pouco? O que é que ele disse?
Não queria criar mais uma discussão entre eles, estava demasiado cansada sobre isso, mas era melhor do que ficar calada. Então contei-lhe.
A Melissa recuou, a sua cara escureceu em sombras e dirigiu-se de volta à casa de banho. Ligou o secador e não voltou a falar disso até ao final do dia.
Estávamos as duas deitadas nas nossas respetivas camas quando ela disse:
-Achas que sou uma riquinha egoísta e egocêntrica?
Virei o rosto para ela
Estava deitada de barriga para cima e a olhar para o teto.
-Não. -balancei a cabeça
Ela desatou a chorar. Escondeu o rosto na almofada e conseguia ouvir perfeitamente os soluços abafados.
Aproximei-me dela e hesitei antes de lhe colocar a mão nas costas e fazer círculos suaves.
Posso não conhecer bem a Melissa. Ela deve ter os seus podres, de certeza, mas o que vejo agora não é uma qualidade ,nem um defeito, muito menos uma riquinha egoísta e egocêntrica. É um momento de fragilidade e vulnerabilidade.
Foram tantas as vezes em que estive assim. Encolhida na minha cama a chorar agarrada à almofada, ao meu peluche de pinguim, ou apenas a mim mesma enquanto arranhava os meus braços, enquanto a minha mãe tentava parar que eu me arranhasse. Ela a abraçar-me, a dar-me festas no cabelo, a fazer-me círculos nas costas. A acordar horas ou minutos depois abraçada à minha mãe com os olhos cansados e a pele a arder.
A Melissa virou-se e abraçou-me com força. Ouvi os soluços e senti as lágrimas no meu pijama de lã. Coloquei os braços em volta da cintura dela e abracei-a. Não a soltei enquanto ela não o fizesse, nem a soltaria, mesmo que ficasse ali o resto da noite. Ficaria ali até que ela quisesse ,até que os olhos lhe doessem de chorar ,até que as minhas costas doessem de ser agarrada com tanta força, até que a fragilidade daquele momento desaparecesse. Eu ficaria ali.

Eclipse (Parte 5)Na manhã seguinte, Ivy com Ashes no seu ombro, agora novamente com a energia carregada, contou aos amig...
20/04/2025

Eclipse (Parte 5)

Na manhã seguinte, Ivy com Ashes no seu ombro, agora novamente com a energia carregada, contou aos amigos da notícia. Henry explodiu de alegria e de perguntas.
-Tens poderes?! Isso é incrível! Como é que os conseguiste? Como é que eu posso conseguir? Podes ensinar-me?
-Não acho que seja assim que funciona, Henry…-respondeu Ivy
-O quê?! Então como é?!
-Eu não sei! Nasceu comigo ou assim.
-Que sortuda! Eu também queria ter poderes!
Ivy riu com o escândalo do amigo, mas Marta mantinha-se mais séria, tentando processar a informação.
-Já contaste aos teus pais?
-Ainda não… Descobri isto ontem e ainda não sei como lhes contar…
Eles sentaram-se num tronco de árvore caído no chão. Ivy com os cotovelos apoiados nos joelhos a olhar para o chão pensativa.
-Não sei como lhes posso dizer que vou partir numa viagem. Tenho a certeza que não me vão deixar ir, mas isto é mesmo importante.
-Detesto dizer isto, Ivy, mas concordaria com eles se te impedissem de ir. -Responde Marta
-Concordas?
Ela acena com a cabeça.
-Entendo perfeitamente que isto seja importante para ti. Afinal, é a tua vida. Mas também concordo que é perigoso, não só a viagem, como tudo isto sobre teres os poderes do Sol. Não quero que te magoes.
Ashes ficou alerta na última frase, olhando para Ivy cheio de preocupação. Ivy olhou de volta cansada, pegando-o nas suas mãos para lhe dar festas no torso e no topo da cabeça.
-Eu sei… Mas preciso mesmo de descobrir quem sou, o meu propósito. E mais importante, preciso de aprender a controlar os poderes, não quero voltar a magoar ninguém.
-Eu percebo, Ivy. -Marta coloca-lhe o braço carinhosamente à volta do corpo -Eu quero mesmo ajudar-te, mas se os teus pais disserem que não podes ir, eu também não me irei opor por completo.
-Mas eu vou! -Levantou-se Henry -Esta decisão deveria ser tua, Ivy! Finalmente tens a oportunidade de teres as respostas que sempre quiseste, e ninguém te pode impedir disso!
-Henry, temos de racionais.
-Mas também tens de admitir que isto é uma grande oportunidade, Marta!
-E qual é a tua ideia? Vais até aos Connor e obrigá-los a deixar a Ivy ir?
-Faço o que fôr preciso para que a nossa melhor amiga tenha as respostas que ela sempre quis! Não achas que é um direito dela?!
-Claro que sim! Mas também quero pensar na sua segurança!
A respiração de Ivy aumentava em pânico, o seu olhou e do Ashes entrecalando durante a discussão dependendo de que falava.
-E isso quer dizer que ela deve ficar para sempre nesta aldeia, às escuras? Com todos a negar-nos? Não achas que ela merece mais do que este canto no meio do nada?!
-Vocês os dois param com isso?! -Grita Ivy, levantando-se do seu lugar com Ashes nas suas mãos, que conseguia sentir perfeitamente a sua frustração -Eu contei-vos isto para ter conselhos do que fazer e tentar esclarecer as coisas na minha cabeça! É vocês ficam aí a discutir o que é melhor para mim como se eu não estivesse aqui!
-Ivy… -murmura Henry
-Eu não sei o que fazer! Não sei o que se passa, nem muito menos sei como contar isto tudo aos meus pais. Por isso, vocês podem parar, por favor?!
Ela voltou a sentar-se no tronco, a secar as lágrimas dos seus olhos. Ashes olhou para ela com tristeza, tentando chamá-la com pequenos empurrões com o focinho. Marta e Henry entreolharam-se e sentaram-se ao seu lado. Marta acolheu-a, deixando a cabeça da amiga descansar no seu ombro, enquanto Henry se encostava a Ivy em silêncio.
-Pedimos imensa desculpa, Ivy. -Começa Marta -Isto também foi um choque para nós e queremos o melhor para ti. Queremos que estejas segura.
-Mas também que tenhas respostas. - acrescenta Henry
-Eu estou assustada… -ela soluça, agarrando-se a Marta, que a abraçou junto com Henry -Não sei o que fazer. Estou confusa e tenho medo do que pode acontecer. Tenho medo das respostas que possa receber. E se eu fôr atrás e não conseguir nada, tudo terá sido em vão?
Ashes tentou consulá-la, deitando-se nas suas palmas calmamente, mas com o olhar triste.
-Não importa o que aconteça, Ivy, nós vamos proteger-te acima de tudo.
-E vamos ajudar-te com tudo o que precisares. Tal como tu sempre fizeste connosco. -completa Henry
-E se tudo correr mal?... -Questiona-se com os olhos em lágrimas
-Nós estaremos contigo, aconteça o que acontecer. -Responde Marta
-Sempre, Ivy. Se quiseres, posso fazer uma tarte de frutos vermelhos para te animar. Até faço alguma coisa para o Ashes! Ele come carvão?
Ashes acenou alegre com a cabeça, como se concordasse completamente.
Ivy ri e abraça os amigos com lágrimas a escorrerem-lhe pelo sorriso. Ashes subindo para o seu ombro para se juntar ao abraço.
-Obrigada, malta. Vocês são os melhores.
-Vamos estar sempre aqui, Ivy. -Diz Marta abraçando-a
-Independentemente dos monstros furiosos, dos nossos vizinhos, ou do caminho, vamos acompanhar-te por onde der e vier!
Ivy abraçou-os com mais força, os amigos ignoraram a dor e continuaram agarrados a ela. Ashes aninhava-se no pescoço de Ivy com ternura e um sorriso.

Ivy voltou para casa ao entardecer, ao entrar, viu os pais a fazer o jantar. Ela respirou fundo, lembrando-se das palavras da avó e dos amigos. Ashes conseguia sentir a tensão dela e tentou encorajá-la com o focinho.
-Pai, mãe, tenho algo para vos contar.
O pai virou o seu olhar para a filha, que tremia em pé na frente da porta de entrada.
-O que se passa, Ivy?
-Eu acho que… -a sua voz falhou por uns segundos, os punhos apertados e o coração a bater depressa -Eu tenho poderes. Os poderes do Sol. -O pai congelou, a mãe parou de cortar os vegetais
A Nicole ficou a pensar por uns segundos. O silêncio era cortante, Ashes encolheu-se em Ivy com as chamas no seu corpo a diminuírem levemente. Com a faca que tinha na mão e um abanão de cabeça, Nicole cortou a tensão.
-Pára de br**cadeiras, Ivy. Não se br**ca com isso.
-Não é uma br**cadeira, mãe! Eu tenho mesmo poderes! - Ashes acenou afirmativamente com a cabeça
-E como é que essa ideia te veio à cabeça? Foi aquela mulher do festival, não foi? Ela andou a meter-te ideias na cabeça e agora tu estás a acreditar!
-Não são ideias, mãe! Eu vi, eu experimentei os poderes! Eu vi uma figura de luz, ela não queimava no fogo!
-Estavas a imaginar.
-Não, mãe, não estava. Porque é que não podes acreditar em mim só uma vez?
-Porque o que estás a dizer é uma loucura, Ivy! -Responde a mãe pousando a faca com um olhar firme
-Eu finalmente tenho uma mínima origem do porquê de eu ser diferente e tu recusas-te a acreditar. Porquê? Porquê, mãe?
-Porque és a minha filha, Ivy! -Ela aproxima-se, agarrando-lhe os ombros-E tu não és diferente. És perfeita.
-Não, não sou! -Ela afasta-se da mãe, a voz aumentando de tom -Ages como se eu fosse normal, como se não tivesse nada de errado comigo. E porque? Porque querias que eu tivesse nascido normal. Porque não consegues ver aquilo que todos na aldeia vêem. Que eu sou um monstro!
-Não és um monstro!
-Então, porque é que as pessoas me olham como tal?
A mãe congela por um segundo, pensando como responder à filha, vendo as lágrimas começando a surgir nos seus olhos.
-Porque eles não te vêem pelo que tu realmente és.
-E o que é que eu sou, mãe?
-És a nossa filha.
-Mas isso não me chega.
O silêncio reina entre os três. A resposta de Ivy foi como uma facada no coração da mãe.
-Então o que é que tu queres? -Ela pergunta com a voz fraca
Ivy engole o choro, mas não consegue conter os soluços enquanto fala.
-Eu quero saber o que sou. O porquê de eu ser assim, de eu não ser normal.
-E o que é que nós podemos fazer para ajudar, Ivy? -Pergunta o pai calmamente
-Quero que me apoiem. -Responde Ivy com as lágrimas a escaparem dos olhos
-Nós apoiamos, Ivy. -Diz o pai, abaixando-se ao nível dela -Mas quero que entendas, que isto não é um desafio só para ti. É para todos aqueles à tua volta. Vamos estar contigo e apoiar-te em tudo, Ivy.
-Isso nunca foi uma dúvida, e nunca será.-acrescenta a mãe com a voz enfraquecida
Ela abraça a filha, tentando esconder as lágrimas.
-Peço desculpa se te fiz pensar o contrário. -ela afasta-se um pouco, afastando os cabelos de Ivy do seu rosto -Eu farei tudo para te ajudar, Ivy. Diz-me o que fazer e eu faço.
-Eu… -a sua voz falhou -Eu quero ir à procura de respostas, mas não as vou encontrar aqui.
A mãe sorri com tristeza, acariciando o rosto da filha.
-Peço-vos apenas que me deixem ir. Não consigo ir sem a vossa permissão, sem a vossa benção.
-Sim, meu amor. -A mãe abraça-a -Eu dou-te a minha benção.
Ivy pára por uns momentos, até finalmente abraçar a mãe de volta. O pai abraçando as duas com ternura e Ashes juntando-se com alegria.
-Obrigada. -Diz com a voz abafada no ombro da mãe
-Uma pergunta rápida. - diz o pai, Ivy, Nicole e Ashes virando os olhares para ele - O lagarto também está relacionado com os poderes? Vais ficar com ele?
Ivy sorriu, afagando Ashes Com o indicador.
-Sim, pai, eu vou. Está relacionado aos poderes, pelo menos eu acho, mas ainda não sei bem de onde ele apareceu ou como é que ele está envolvido nisto tudo, mas gosto de ter um amiguinho diferente. - pega em Ashes e olha-o com ternura - E aliás, ele faz-me lembrar de mim.
-Mas as galinhas ela não quis tratar. - murmura a mãe - Ficas a saber que se essa coisa está à tua responsabilidade, é por favor não o aproximes de mim, ele queima de certeza.
-Eu sei, mãe. Muito obrigada.
Ivy sobe para o andar de cima com Ashes, a mãe aproximando-se para sussurrar:
-Isto é boa ideia?
-Provavelmente não, mas se é isto que a Ivy quer. O melhor que podemos fazer é apoiar.
-E se ela se magoar? Se arranjar problemas? E se ela morrer? - falou rapidamente
-Seja o que fôr que acontecer, a Ivy é forte, ela consegue lidar com qualquer coisa.
-Mas ela parece um íman de problemas.
-Saiu à mãe. - murmura
-Caluda.
O pai ri e põe as mãos nos ombros da esposa.
-Vá, agora a sério, a Ivy é forte, e quando ela se mete em problemas, ela resolve. Seja com a sua coragem, ou com o coração.
-A teimosia dela ainda a vai meter em muitos sarilhos. - suspirou a mãe
-E talvez safá-la de alguns.
Os pais ficam em silêncio, o ar pesando um pouco. O medo de que qualquer coisa aconteça à filha, de que, se lhe acontecer alguma coisa, será culpa deles por terem-na deixado ir.
O marido puxa a esposa levemente. Com voz calma:
-Ela consegue, mas algo que lhe daria ainda mais confiança, vai ser se a família a apoiar.
-E eu apoio. Nunca deixarei.

No dia seguinte, o sol ainda nascia ao longe. Ivy ajeitava as suas botas, a espada e rabo de cavalo, quando Flames saltou leve como fumo até ela, seguida de Phoebe com o seu manto vermelho.
-Pronta? -Perguntou Phoebe
Ivy olhou para a sua família, caminhando até eles.
-Peço desculpa por partir, mas eu tenho mesmo de fazer isto.
-Está tudo bem, Ivy. Tens de seguir o teu caminho. -Responde o pai
-Volta para casa em segurança. -Diz a mãe com um abraço carinhoso
-Eu prometo. -Retribui com um sorriso
Ivy sente um aperto na sua perna, olhando para baixo, o seu irmão abraçava-lhe a perna.
Ela abaixou-se para pegar no irmão.
-Não morras, okay?
-Vou tentar.
Ivy ri, mas Cole abraça-a com força, como se pudesse memorizar cada parte do abraço. Ivy pouso a testa na dele, com uma voz suave:
-Eu volto, juro que sim. Nunca irei embora.
Ashes espirra chamas na cara de Cole, fracas, mas o suficiente para deixar uma marca no nariz.
Ivy passa o dedo na pequena queimadura e pousa o irmão no chão com cuidado.
A avó aproxima-se com uma expressão rígida.
-Se tu te metes em confusão, eu vou atrás de ti e quando nem perceberes, vais ter um braço a menos! -Ivy ri, mas o rosto da avó suaviza-se -Vai atrás, Ivy. Luta, nunca deixes de lutar. És forte, és destemida e tens o poder para alcançares tudo o que quiseres.
-Obrigada, avozinha.
A avó sorri com ternura e entrega-lhe uma mochila castanha bem pesada e abraça-a.
-Garante que só voltas para casa quando tiveres descoberto tudo o que precisas.
-Prometo, avó.
Ivy coloca a mochila às costas, guarda a espada lá dentro e Ashes garante o equilíbrio no seu ombro.
-Vamos lá. Temos muito caminho para percorrer. -Diz a Phoebe
-Vamos a isto!
Com um último aceno, Ivy e Phoebe caminham rumo à perigosa jornada, repleta de mistérios.

Mas quando já estavam a andar pelos prados à saída da aldeia, ouvem passos muito rápidos e gritos a chamarem por Ivy.
Ao virarem-se, vêem Marta e Henry a correr até elas.
-Ivy! -Grita Henry aos tropeções, equilibrando-se ao agarrar nos ombros da melhor amiga -Nós queríamos… ter vindo mais cedo, mas… Meu Deus estou sem fôlego!
-Nós vamos contigo. -Corta Marta
-Espera, o quê?! Como assim? E os vossos pais?
-Eu falei com as minhas mães, demorou muito tempo, mas consegui convencê-las a ajudar a minha melhor amiga na jornada de descobrimentos dela!
-E tu, Marta? Não tens de ajudar o pai e o teu irmão na ferraria?
-Eu vim para garantir que nenhum de vocês morreria.
Ivy sorriu e junta-a ao abraço.
-Vocês são os melhores.
-Vá, vá, já entendemos! -Diz Phoebe frustrada -Podem vir, desde que não perturbem, se não deixo-vos no meio do caminho e vocês que se sabem para voltar depois. Agora chega de despedidas e lamechices, temos um longo caminho que percorrer!
-Isto vai ser incrível! -Exclama Henry, correndo à frente do grupo
-Henry, vais cair assim! -Ivy alerta, mas acompanha-o na corrida, Ashes rindo com a adrenalina
-Eles vão acabar por morrer. -Murmura Marta ao lado de Phoebe, observando os dois afastados
-É muito provável.
Agora os quatro seguem o caminho, com bem mais energia e alegria junto de Marta e Henry.

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Matosinhos

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