19/12/2025
AUTARQUIA DE ARCOS DE VALDEVEZ APROVOU “O MAIOR ORÇAMENTO MUNICIPAL DE SEMPRE” NO VALOR DE 51 MILHÕES DE EUROS
PS VOTOU CONTRA O ORÇAMENTO E CRITICA A “MAIOR RONDA DE CONTRATAÇÃO NUM ANO DE QUE HÁ MEMÓRIA”
O orçamento municipal da Câmara de Arcos de Valdevez foi aprovado, pela maioria PSD, no passado dia 12 de dezembro e a autarquia refere que é o “maior de sempre” no valor de cerca de 51 milhões de euros, num aumento na ordem dos 5,3 milhões.
A autarquia refere que o documento prevê a “a continuidade e o aprofundamento de investimentos estruturantes nos domínios social, cultural, económico, ambiental e territorial e governativo, reforçando o compromisso do Município com o bem-estar das famílias e com a promoção do desenvolvimento e competitividade local”.
O município reforça que é feito “um reforço significativo da capacidade de investimento, articulado com as oportunidades de financiamento”.
Destaca algumas áreas, como por exemplo o “reforço da parceria autárquica com as juntas de freguesia”, no valor de 2,9 milhões de euros, bem como a manutenção “da política de económicos e fiscais favorável à família, aos jovens e às empresas, através da isenção e redução de taxas e impostos municipais”.
Na educação, a autarquia destaca algumas obras como a “a construção do edifício destinado ao ensino artístico na EB 2,3S, a construção da residência universitária do IPVC na antiga escola primária de Guilhadeses, a requalificação das escolas básicas de norte a sul do concelho e a construção do Centro para a Nova Indústria”. Outra das áreas destacadas é a habitação, onde será dada continuidade “à construção de 10 fogos habitacionais em Parada e de 8 fogos em Souto”, entre outros projetos.
Das várias obras e projetos referenciados pelo município destaque para a “3ª fase da Zona Desportiva Municipal, o projeto da Branda Científica de São Bento do Cando, o 5º parque empresarial do concelho no Alto da Prova”, entre outros.
Os vereadores do Partido Socialista, João Braga Simões e Luís Ponte, votaram contra e classificam o documento de “monolítico, de visão única”, com a “visão curta, apenas preocupada em ver gruas erguidas e betoneiras a circular”.
Apontam ainda que “a retórica” da campanha autárquica se traduz “na contratação de pessoal”, com “114 novos trabalhadores (…), a maior ronda de contratações num ano de que há memória na Câmara Municipal”, que significa “um incremente de 1/3 da força laboral do município”. Segundos os socialistas as despesas com o pessoal vão aumentar, pois se “foram 114 postos de trabalho com o salário mínimo, que obviamente não serão, estaríamos a falar de quase 2 milhões de euros por ano”.
O PS refere ainda que “durante a campanha” se ouviu falar da criação de uma “Polícia Municipal”, mas “na se vê nada sobre isso no orçamento”.
Quanto ao saneamento básico, “ia ser agora que o concelho ia andar para a frente”, mas “apenas vemos um continuar frouxo de obras em curso” e deixou ainda críticas ao facto de “não se ver nada neste orçamento dirigido à gestão ambiental”, com ações para “tornar esta vasta terra de que dispomos mais apetecível ao investimento, em vez de estarmos a criar subsídio-dependentes da agricultura como, no final de contas, parece ser intenção do município com a criação do gabinete de apoio ao agircultor”.
Texto - Nuno Cardoso