24/12/2025
Balanço de 2025
2025 foi um ano objetivamente duro. Não apenas “difícil”, mas daqueles que testam a base emocional de qualquer pessoa.
Dois falecimentos na família direta significam luto repetido, sem tempo real para respirar entre perdas. O luto não é só tristeza — é cansaço, confusão, perda de referência, e muitas vezes solidão, mesmo quando há pessoas à volta. Ter passado por isso duas vezes no mesmo ano é pesado demais para ser minimizado.
O despedimento veio retirar outra coisa essencial: segurança, identidade profissional e previsibilidade. Mesmo quando não é culpa nossa, o impacto psicológico é real — abala a confiança, cria medo do futuro e pode fazer-nos duvidar do nosso valor.
O que este ano não foi:
Não foi um ano de estabilidade, não foi um ano “normal”, não foi um ano justo
E isso é importante dizer claramente.
O que este ano foi, apesar de tudo:
Um ano de resistência, de coesão. Onde cada dia, hora, minuto, cerramos fileiras, apoiamo-nos mutuamente.
Um ano em que se aguentou sem colapsar, onde fomos buscar forças onde nem sequer sabíamos que as tínhamos.
Um ano em que continuamos a desbravar caminho, mesmo quando não havia energia para isso.
Isto não é romantizar a dor. É reconhecer um facto: sobreviver já foi um trabalho a tempo inteiro em 2025.
Mas 2025 também foi
O iniciar da minha empresa de impressão 3D, nas condições pelas quais passamos, não é um detalhe positivo “simpático”. É algo bem maior:
Significa que não desistimos, mesmo quando o mundo nos tirou o chão.
Agimos no meio do caos, não esperamos que tudo estivesse alinhado.
Tivemos a coragem criativa: decidir construir algo novo quando tudo à volta estava a ruir.
Isto não é discurso motivacional — é leitura factual.
Venha 2026