18/12/2025
Nota do diretor
Antecipando o Natal de 2025 e refletindo sobre o futuro da Imprensa Local
Esta é a penúltima edição de CIDADE DE TOMAR antes do Natal de 2025 e, face aos enormes constrangimentos e desilusão que atravessamos fruto da distribuição postal que a todos atinge, muito particularmente aos assinantes de CIDADE DE TOMAR, muito agradeço a todos o seu empenho em se manterem connosco.
Distribuição postal que não melhora, apesar das nossas constantes reclamações e do enorme esforço da Associação Portuguesa de Imprensa em levar a bom porto uma mudança de atitude dos CTT. Mas se até agora nada tem melhorado, talvez como prenda de Natal no sapatinho esteja tal melhoria.
No entretanto, relembro nesta minha Nota, reiterando o já escrito anteriormente, numa prática de exercício de civilidade, entre outras, como tomarense interessado na coisa pública, os seguintes pedidos:
- De uma vez por todos, que o Rio Nabão merecesse o carinho que possível e tão necessária obra à sua limpeza e manutenção visse a luz do dia, impedindo os ataques ambientais de que é alvo;
- Que o tão esperado Plano de Ordenamento da Albufeira de Castelo do Bode viesse à luz do dia e que com ele se possibilitasse a regularização e incremento de investimentos junto aquele espelho de água de que tanto gostamos;
- Que, atentas afirmações recentes, o desenvolvimento da Santa Casa da Misericórdia em prol da protecção e apoio à velhice do nosso Concelho se concretizasse nos terrenos a serem doados nas Avessadas;
- Que a Festa dos Tabuleiros seja uma manifestação religiosa e cultural de congregação da comunidade tomarense e, finalmente, veja o seu reconhecimento de Património Imaterial da Humanidade;
- Que o incremento nas Zonas Industriais consideradas no actual Plano Diretor Municipal - Santa Cita, etc. - seja uma realidade e contribua para uma verdadeira instalação de indústrias e outras actividades comerciais, possibilitando um reforço do tecido empresarial local;
- Finalmente, não esqueçamos todos os que sofrem, pessoal e materialmente, e que os Poderes Públicos, Autárquicos e Nacionais, sem alardes e sem caridadezinha, os olhassem com toda a dignidade humana.
Estas as prendas que, sinto, merecemos e merece a nossa Terra.
Todavia, não posso terminar esta Nota sem uma referência, bem sentida, ao aniversário, ocorrido no passado dia 13, de publicação do n.º 1 do Jornal O TEMPLÁRIO.
Não cuido, nesta nota, de referir se O TEMPLÁRIO é mais velho, ou não, do que CIDADE DE TOMAR: cuido, sim, não obstante, e como é natural, haver diferentes tomadas de posição sobre a vida das empresas proprietárias dos dois jornais, de saudar, na pessoa de Isabel Miliciano, todos os que fazem O TEMPLÁRIO num esforço diário e contínuo numa época de enormes incertezas. Na verdade, tal como acontece em CIDADE DE TOMAR.
Reflicto, tal como disse na cerimónia de aniversário, se é justo e salutar deixar de haver jornais em concelhos deste Portugal, hoje tão envelhecido. Se é justo deixar de haver distribuição de jornais e revistas nos distritos junta à raia de Espanha, corrigindo que a Nacional 2 liga Chaves a Faro, correção que agradeço a leitor atento destas minhas notas; reflicto sobre a distribuição postal, via CTT, com evidente desprezo por tal distribuição, mesmo num momento em que se evidenciam aumentos, dito actualizações, dos portes de correio; reflicto, neste mesmo campo de distribuição de jornais e revistas, sobre o que poderá suceder, se for avante tal atitude da única empresa que tal distribuição se encarrega, aos jornalistas, técnicos, fotojornalistas, gráficos, produtores e tantos outros profissionais da Comunicação Social.
Finalmente, não posso deixar de reflectir sobre a alegria que me assaltou e sensibilizou, ao ver, afastando preconceitos de animosidade entre CIDADE DE TOMAR e O TEMPLÁRIO, não obstante a forma e o modo de fazer notícia, ter lembrado muitos dos que reconheci como directores de O TEMPLÁRIO como Fernando Corte-Real, este um dos sócios fundadores da Empresa Editora Cidade de Tomar, Lda., proprietária de CIDADE DE TOMAR; Fernando Araújo Ferreira, director que foi de CIDADE DE TOMAR; Fernanda Leitão e a sua coragem em assumir O TEMPLÁRIO; não esquecendo Isabel Miliciano, Chefe de Redação deste jornal, a quem, nesta particular Nota, agradeço o convite que me dirigiu para estar presente no almoço de aniversário.
E não quero terminar sem, ainda, refletir sobre as palavras de Tiago Carrão, Presidente da nossa Câmara, no sentido da importância da Comunicação Social local e dos desafios que esta lança ao Poder Local numa atitude de avisar (!!!) o que vai bem e o que vai menos bem e merece censura na arte de nos governar. Talvez este sentir nos faça ser melhores, governantes e governados.
Votos de Boas Festas com um Santo Natal.
O diretor,
António Cândido Lopes Madureira.
Foto: Arlindo Homem