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𝗗𝗘𝗦𝗣𝗢𝗥𝗧𝗢 (𝗜𝗜) | 𝟭𝟮 𝗮́𝗿𝗲𝗮𝘀 𝗲𝗺 𝗾𝘂𝗲 𝗮 𝗶𝗻𝗳𝗹𝘂𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗲𝘀𝘁𝗿𝗮𝗻𝗴𝗲𝗶𝗿𝗮 𝗺𝗼𝗹𝗱𝗼𝘂 𝗣𝗼𝗿𝘁𝘂𝗴𝗮𝗹𝘈 𝘨𝘭𝘰𝘣𝘢𝘭𝘪𝘻𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘯𝘢̃𝘰 𝘦́ 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢 𝘯𝘰𝘷𝘢 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘰𝘴 𝘱𝘰...
21/12/2025

𝗗𝗘𝗦𝗣𝗢𝗥𝗧𝗢 (𝗜𝗜) | 𝟭𝟮 𝗮́𝗿𝗲𝗮𝘀 𝗲𝗺 𝗾𝘂𝗲 𝗮 𝗶𝗻𝗳𝗹𝘂𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗲𝘀𝘁𝗿𝗮𝗻𝗴𝗲𝗶𝗿𝗮 𝗺𝗼𝗹𝗱𝗼𝘂 𝗣𝗼𝗿𝘁𝘂𝗴𝗮𝗹

𝘈 𝘨𝘭𝘰𝘣𝘢𝘭𝘪𝘻𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘯𝘢̃𝘰 𝘦́ 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢 𝘯𝘰𝘷𝘢 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘰𝘴 𝘱𝘰𝘳𝘵𝘶𝘨𝘶𝘦𝘴𝘦𝘴. 𝘚𝘢̃𝘰 𝘪𝘮𝘦𝘯𝘴𝘰𝘴 𝘰𝘴 𝘦𝘹𝘦𝘮𝘱𝘭𝘰𝘴 𝘥𝘦 𝘮𝘶𝘭𝘵𝘪𝘤𝘶𝘭𝘵𝘶𝘳𝘢𝘭𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘪𝘯𝘧𝘭𝘶𝘦𝘯𝘤𝘪𝘢𝘳𝘢𝘮 𝘢𝘴 𝘯𝘰𝘴𝘴𝘢𝘴 𝘳𝘢𝘪́𝘻𝘦𝘴 𝘢𝘰 𝘭𝘰𝘯𝘨𝘰 𝘥𝘰𝘴 𝘴𝘦́𝘤𝘶𝘭𝘰𝘴. 𝘏𝘰𝘫𝘦 𝘲𝘶𝘦𝘳𝘦𝘮 𝘴𝘦𝘳𝘷𝘪𝘳 𝘰 𝘳𝘦𝘴𝘶𝘭𝘵𝘢𝘥𝘰 𝘥𝘦𝘴𝘴𝘢𝘴 𝘮𝘪𝘴𝘵𝘶𝘳𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘮𝘰 “𝘱𝘰𝘳𝘵𝘶𝘨𝘢𝘭𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦”, 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘴𝘦 𝘪𝘴𝘴𝘰 𝘧𝘰𝘴𝘴𝘦 𝘢𝘭𝘨𝘰 𝘤𝘳𝘪𝘴𝘵𝘢𝘭𝘪𝘯𝘰 𝘯𝘶𝘯𝘤𝘢 𝘢𝘧𝘦𝘤𝘵𝘢𝘥𝘰 𝘱𝘰𝘳 𝘰𝘶𝘵𝘳𝘰𝘴 𝘤𝘶𝘯𝘩𝘰𝘴. 𝘈 𝘷𝘦𝘳𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘦́ 𝘲𝘶𝘦 𝘴𝘰𝘮𝘰𝘴 𝘰 𝘮𝘶𝘯𝘥𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘯𝘰𝘴 𝘩𝘢𝘣𝘪𝘵𝘢, 𝘪𝘯𝘤𝘭𝘶𝘴𝘪𝘷𝘦 𝘥𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘮𝘶𝘯𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦𝘴 𝘪𝘮𝘪𝘨𝘳𝘢𝘯𝘵𝘦𝘴 𝘲𝘶𝘦 𝘱𝘪𝘴𝘢𝘳𝘢𝘮 𝘰 𝘯𝘰𝘴𝘴𝘰 𝘴𝘰𝘭𝘰.

Também no 𝗳𝘂𝘁𝗲𝗯𝗼𝗹 a nossa história é escrita por atletas que nasceram fora de Portugal. O primeiro imigrante a vestir as nossas cores foi o defesa Lúcio, nascido no Brasil e que jogou no Sporting CP. A ele se seguiram nomes como Deco ou Liedson, mas é mesmo para a nossa maior conquista que remetemos esta análise. No Euro’2016, dos 23 convocados por Fernando Santos na épica conquista, 8 nasceram fora das nossas fronteiras, inclusive o homem que marcou o golo que nos valeu a vitória na final: Cédric (Alemanha), Pepe (Brasil), Anthony Lopes, Raphael Guerreiro e Adrien (França), William Carvalho (Angola), Danilo e Éder (Guiné-Bissau); Além disso, mais 6 têm ascendência directa (pai ou mãe) que imigraram para Portugal: Bruno Alves (Brasil), Renato Sanches (São Tomé e Princípe), João Mário e Ricardo Quaresma (Angola), Nani e Eliseu (Cabo-Verde). Ou seja, para a maior conquista de sempre no futebol da selecção portuguesa deram um contributo decisivo 14 jogadores nascidos fora de Portugal ou filhos de imigrantes.

𝗣𝗼𝗱𝗲 𝗹𝗲𝗿 𝗼 𝗮𝗿𝘁𝗶𝗴𝗼 𝗰𝗼𝗺𝗽𝗹𝗲𝘁𝗼 𝗻𝗮 𝗲𝗱𝗶𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗲 𝗗𝗲𝘇𝗲𝗺𝗯𝗿𝗼 𝗱𝗼 𝗝𝗼𝗿𝗻𝗮𝗹 𝗔𝗯𝗮𝗿𝗰𝗮.

𝗧𝗘̂𝗫𝗧𝗜𝗟 | 𝟭𝟮 𝗮́𝗿𝗲𝗮𝘀 𝗲𝗺 𝗾𝘂𝗲 𝗮 𝗶𝗻𝗳𝗹𝘂𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗲𝘀𝘁𝗿𝗮𝗻𝗴𝗲𝗶𝗿𝗮 𝗺𝗼𝗹𝗱𝗼𝘂 𝗣𝗼𝗿𝘁𝘂𝗴𝗮𝗹𝘈 𝘨𝘭𝘰𝘣𝘢𝘭𝘪𝘻𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘯𝘢̃𝘰 𝘦́ 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢 𝘯𝘰𝘷𝘢 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘰𝘴 𝘱𝘰𝘳𝘵𝘶𝘨𝘶𝘦...
21/12/2025

𝗧𝗘̂𝗫𝗧𝗜𝗟 | 𝟭𝟮 𝗮́𝗿𝗲𝗮𝘀 𝗲𝗺 𝗾𝘂𝗲 𝗮 𝗶𝗻𝗳𝗹𝘂𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗲𝘀𝘁𝗿𝗮𝗻𝗴𝗲𝗶𝗿𝗮 𝗺𝗼𝗹𝗱𝗼𝘂 𝗣𝗼𝗿𝘁𝘂𝗴𝗮𝗹

𝘈 𝘨𝘭𝘰𝘣𝘢𝘭𝘪𝘻𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘯𝘢̃𝘰 𝘦́ 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢 𝘯𝘰𝘷𝘢 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘰𝘴 𝘱𝘰𝘳𝘵𝘶𝘨𝘶𝘦𝘴𝘦𝘴. 𝘚𝘢̃𝘰 𝘪𝘮𝘦𝘯𝘴𝘰𝘴 𝘰𝘴 𝘦𝘹𝘦𝘮𝘱𝘭𝘰𝘴 𝘥𝘦 𝘮𝘶𝘭𝘵𝘪𝘤𝘶𝘭𝘵𝘶𝘳𝘢𝘭𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘪𝘯𝘧𝘭𝘶𝘦𝘯𝘤𝘪𝘢𝘳𝘢𝘮 𝘢𝘴 𝘯𝘰𝘴𝘴𝘢𝘴 𝘳𝘢𝘪́𝘻𝘦𝘴 𝘢𝘰 𝘭𝘰𝘯𝘨𝘰 𝘥𝘰𝘴 𝘴𝘦́𝘤𝘶𝘭𝘰𝘴. 𝘏𝘰𝘫𝘦 𝘲𝘶𝘦𝘳𝘦𝘮 𝘴𝘦𝘳𝘷𝘪𝘳 𝘰 𝘳𝘦𝘴𝘶𝘭𝘵𝘢𝘥𝘰 𝘥𝘦𝘴𝘴𝘢𝘴 𝘮𝘪𝘴𝘵𝘶𝘳𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘮𝘰 “𝘱𝘰𝘳𝘵𝘶𝘨𝘢𝘭𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦”, 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘴𝘦 𝘪𝘴𝘴𝘰 𝘧𝘰𝘴𝘴𝘦 𝘢𝘭𝘨𝘰 𝘤𝘳𝘪𝘴𝘵𝘢𝘭𝘪𝘯𝘰 𝘯𝘶𝘯𝘤𝘢 𝘢𝘧𝘦𝘤𝘵𝘢𝘥𝘰 𝘱𝘰𝘳 𝘰𝘶𝘵𝘳𝘰𝘴 𝘤𝘶𝘯𝘩𝘰𝘴. 𝘈 𝘷𝘦𝘳𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘦́ 𝘲𝘶𝘦 𝘴𝘰𝘮𝘰𝘴 𝘰 𝘮𝘶𝘯𝘥𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘯𝘰𝘴 𝘩𝘢𝘣𝘪𝘵𝘢, 𝘪𝘯𝘤𝘭𝘶𝘴𝘪𝘷𝘦 𝘥𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘮𝘶𝘯𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦𝘴 𝘪𝘮𝘪𝘨𝘳𝘢𝘯𝘵𝘦𝘴 𝘲𝘶𝘦 𝘱𝘪𝘴𝘢𝘳𝘢𝘮 𝘰 𝘯𝘰𝘴𝘴𝘰 𝘴𝘰𝘭𝘰.

Toda a indústria do têxtil e do calçado tem influências externas, mas foquemo-nos em algo tão peculiar e tradicional como a 𝗿𝗲𝗻𝗱𝗮 𝗱𝗲 𝗯𝗶𝗹𝗿𝗼𝘀. Esta arte tem especial expressão nas zonas piscatórias do país, sendo inclusive conhecida muitas vezes simplesmente por renda de Peniche, terra onde chegaram a existir mais de mil rendilheiras. Os registos mais antigos apontam a laboração desta arte de rendilhar no século XV na Itália e na Flandres, sendo que terá chegado a Portugal através de marinheiros e comerciantes que mantinham relações com estas regiões.

𝗣𝗼𝗱𝗲 𝗹𝗲𝗿 𝗼 𝗮𝗿𝘁𝗶𝗴𝗼 𝗰𝗼𝗺𝗽𝗹𝗲𝘁𝗼 𝗻𝗮 𝗲𝗱𝗶𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗲 𝗗𝗲𝘇𝗲𝗺𝗯𝗿𝗼 𝗱𝗼 𝗝𝗼𝗿𝗻𝗮𝗹 𝗔𝗯𝗮𝗿𝗰𝗮.

𝗢 𝗣𝗿𝗲𝘀𝗲́𝗽𝗶𝗼 𝗱𝗮 𝗕𝗲𝗺𝗽𝗼𝘀𝘁𝗮𝘛𝘳𝘪𝘴𝘵𝘦𝘴 𝘤𝘰𝘮 𝘰 𝘢𝘯𝘵𝘪𝘨𝘰 𝘱𝘳𝘦𝘴𝘦́𝘱𝘪𝘰 𝘥𝘦 𝘱𝘢𝘱𝘦𝘭𝘢̃𝘰, 𝘶𝘮 𝘤𝘰𝘯𝘫𝘶𝘯𝘵𝘰 𝘥𝘦 𝘮𝘶𝘭𝘩𝘦𝘳𝘦𝘴 𝘥𝘢 𝘉𝘦𝘮𝘱𝘰𝘴𝘵𝘢 𝘰𝘳𝘨𝘢𝘯𝘪𝘻𝘰𝘶 𝘢 𝘤𝘰𝘯𝘴𝘵...
21/12/2025

𝗢 𝗣𝗿𝗲𝘀𝗲́𝗽𝗶𝗼 𝗱𝗮 𝗕𝗲𝗺𝗽𝗼𝘀𝘁𝗮

𝘛𝘳𝘪𝘴𝘵𝘦𝘴 𝘤𝘰𝘮 𝘰 𝘢𝘯𝘵𝘪𝘨𝘰 𝘱𝘳𝘦𝘴𝘦́𝘱𝘪𝘰 𝘥𝘦 𝘱𝘢𝘱𝘦𝘭𝘢̃𝘰, 𝘶𝘮 𝘤𝘰𝘯𝘫𝘶𝘯𝘵𝘰 𝘥𝘦 𝘮𝘶𝘭𝘩𝘦𝘳𝘦𝘴 𝘥𝘢 𝘉𝘦𝘮𝘱𝘰𝘴𝘵𝘢 𝘰𝘳𝘨𝘢𝘯𝘪𝘻𝘰𝘶 𝘢 𝘤𝘰𝘯𝘴𝘵𝘳𝘶𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘥𝘦 𝘶𝘮𝘢 𝘯𝘰𝘷𝘢 𝘳𝘦𝘱𝘳𝘦𝘴𝘦𝘯𝘵𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘥𝘰 𝘯𝘢𝘴𝘤𝘪𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰 𝘥𝘦 𝘑𝘦𝘴𝘶𝘴. 𝘏𝘦𝘭𝘦𝘯𝘢 𝘍𝘦𝘳𝘳𝘦𝘪𝘳𝘢 𝘧𝘰𝘪 𝘢 𝘢𝘳𝘵𝘦𝘴𝘢̃ 𝘪𝘮𝘱𝘳𝘰𝘷𝘪𝘴𝘢𝘥𝘢, 𝘦 𝘰 𝘳𝘦𝘴𝘶𝘭𝘵𝘢𝘥𝘰 𝘱𝘢𝘳𝘦𝘤𝘦 𝘵𝘦𝘳 𝘦𝘯𝘤𝘢𝘯𝘵𝘢𝘥𝘰 𝘰𝘴 𝘩𝘢𝘣𝘪𝘵𝘢𝘯𝘵𝘦𝘴 𝘥𝘢 𝘉𝘦𝘮𝘱𝘰𝘴𝘵𝘢.

O pequeno jardim da Rua da Estação, na Bemposta, junto à fonte, todos os anos serve de palco para o presépio da aldeia. As mulheres que dão vida à representação do nascimento de Jesus, estavam cansadas do cenário em papelão, mas tardava em ser encontrada uma solução.

Tudo acaba por surgir naturalmente, conta Helena Ferreira: “A D. Fernanda Bento tinha um borrego de louça com uma pata partida e pediu-me se eu lhe fazia uma peça nova e assim foi”. Helena, 47 anos, já era conhecida por várias obras que fez para o seu próprio jardim, como alguns animais ou fontes. Contentes com o resultado, rapidamente surgiu a ideia de Helena se encarregar de criar o novo presépio. As mulheres da aldeia juntaram-se e contribuíram para a aquisição dos materiais necessários: “Foram só as mulheres”, diz bem disposta.

Natural de São Facundo, mas a residir na Bemposta quase há duas décadas, Helena não recusou o desafio. Ao todo são treze peças que construiu em apenas duas semanas, à média de uma por dia: “Fiz o menino Jesus, José, Maria, o b***o, a vaca, os três reis-magos, o pastor e duas ovelhas, o anjo e uma estrela”, conta feliz. E explica, orgulhosa, que “foi tudo da minha cabeça, nunca ninguém me ensinou nada”.

O processo de construção leva a uma dedicação intensa. Apesar de ser operária fabril em duas empresas da região, não descansou enquanto não terminou o processo: “As peças têm a base em ferro e esferovite, para não f**arem demasiado pesadas”. O molde que dá forma às peças é em cimento. “Moldei tudo com as mãos, com luvas não dava jeito. Fiquei cheia de gretas mas isso é o menos”, atira despachada. A pintura foi, também, resultado da sua imaginação.

As reacções não se fizeram esperar. “À medida que ia fazendo fui colocando no meu perfil do Facebook e as pessoas elogiaram muito, isso deu-me mais motivação para continuar”, explica. De tal modo que já pensa no próximo passo: “Para o ano quero continuar e fazer mais peças, como a lavadeira, umas galinhas, os camelos dos reis-magos”. Esse processo foi obrigatoriamente interrompido este ano por via de uma cirurgia que efectuou no final de Novembro.

O presépio foi colocado no local habitual no dia 05 de Dezembro, perante o olhar curioso de vários populares. “As pessoas estavam muito felizes e eu também fico contente que as pessoas gostem. Não queria que pagassem uma coisa que não presta”. O sucesso foi tal que Helena já tem encomendas de algumas peças: “É um desafio que estou a adorar”.

O presépio é uma representação com bastante signif**ado para a artista: “Signif**a amor, luz, harmonia e paz. Esta época traz alegria às pessoas”. Também por isso acredita que a mudança foi positiva: “O presépio em papelão tinha o signif**ado na mesma, mas era um bocado triste”, desabafa. “Às vezes sento-me ali em frente, à noite, a ver as luzes com o presépio e dá-me um prazer enorme”.

𝗨𝗺𝗮 𝗔𝗹𝗱𝗲𝗶𝗮 𝗙𝗲𝗹𝗶𝘇
Almerinda Fernandes, proprietária da sapataria que mora ao lado do presépio, é quem fornece a luz: “Sempre fiz questão”, remata. A sua casa ilumina-se nesta época, por capricho do marido, Carlos, e causa um espectáculo a que ninguém f**a indiferente. O presépio veio redobrar o sentimento de orgulho na paisagem criada: “Ficou muito bonito, foi uma óptima ideia”, diz Almerinda.

Fernanda Bento, autora da ideia de renovar o cenário, explica que “a professora Marília iniciou a tradição do presépio e não queria deixar morrer isto”. Sobre o resultado final, é peremptória: “Está muito bem feito”, salientando que todo o trabalho é de alguém que “não tem nenhuma formação”. Almerinda relembra a importância de “valorizar os artistas da terra”.

As três mulheres, juntas à conversa, projectam-se imediatamente para o Natal de 2021 e começam a desfiar um rol de novas personagens para completar e dar ainda mais vida ao novo presépio. Até porque será mais fácil a partir de agora agregar um número ainda maior de populares: “As pessoas depois de verem o resultado começaram a querer contribuir para se fazerem mais peças, mas este ano já não dá”, conta Fernanda Bento.

Helena promete não f**ar por aqui: “Durante o ano vou fazendo as peças”. Ficamos à espera para ver.

* 𝙏𝙚𝙭𝙩𝙤 𝙥𝙪𝙗𝙡𝙞𝙘𝙖𝙙𝙤 𝙤𝙧𝙞𝙜𝙞𝙣𝙖𝙡𝙢𝙚𝙣𝙩𝙚 𝙣𝙖 𝙚𝙙𝙞𝙘̧𝙖̃𝙤 𝙙𝙚 𝟮𝟬 𝙙𝙚 𝘿𝙚𝙯𝙚𝙢𝙗𝙧𝙤 𝙙𝙚 𝟮𝟬𝟮𝟬

𝗔𝘁𝗲́ 𝘂𝗺 𝗱𝗶𝗮, 𝗣𝗿𝗲𝘀𝗶𝗱𝗲𝗻𝘁𝗲!Lá em casa o seu nome sempre esteve presente. Ouvi, penso que antes de o conhecer, a história de...
20/12/2025

𝗔𝘁𝗲́ 𝘂𝗺 𝗱𝗶𝗮, 𝗣𝗿𝗲𝘀𝗶𝗱𝗲𝗻𝘁𝗲!

Lá em casa o seu nome sempre esteve presente. Ouvi, penso que antes de o conhecer, a história de o meu pai lhe dar boleia na velha Vespa vermelha para irem namorar à Banda Além as futuras esposas. Lembro-me de, ainda criança, o ver na inauguração do Jardim de Infância da Gouxaria e de sentir uma admiração como quem vê o homem que nos guia.

Ter sido o primeiro Presidente independente em Portugal é muito mais do que uma nota de rodapé. É a medalha no peito de um homem íntegro, forte e corajoso, que rompeu com a lei dos barões. Não me esqueço do dia em que na velha Toyota do Sr. Celso fiz a caravana que haveria de conduzir à sua vitória em 2001: era um mar de carros tão grande que olhávamos incrédulos uns para os outros.

Ainda hoje falamos disso. Não há campanha em que eu não diga ao Gabriel: “E a caravana do Azevedo em 2001?”. Aquele foi o momento em que Alcanena não se rendeu à doutrina dos tais barões. Falamos de si vezes sem conta e a última tinha sido há muito pouco tempo: “Quando ele estiver melhor tenho de ir às Lapas falar com ele”, dizia eu sobre umas páginas que quero escrever e que faziam mais sentido com o seu testemunho.

Foi por isso um choque quando li aquelas palavras no último dia deste Novembro que insiste em trazer-me más notícias: “Morreu o Azevedo”. Acho que de ambos os lados correram lágrimas. Como assim, morreu? Ainda não fui falar consigo. Não podia ir assim, Presidente.

O Gabriel escreveu, na hora da sua partida, que “A coragem na política tem sempre associado um custo elevado, mas no fim de contas ela é reconhecida por quem lutamos”. Não sei se partiu magoado com Alcanena por causa da tirania dos barões e das baronesas, mas Alcanena gosta muito de si. Que a Lena, a Alexandra, a Margarida e os seus netos tenham a certeza disso. Onde quer que esteja, leia estas palavras: enquanto por cá andarmos - estes que amam Alcanena e não suportam barões e baronesas - o seu nome viverá do São Pedro ao Lavradio.

Não esquecemos os nossos.
Até um dia, Presidente.
𝘛𝘦𝘹𝘵𝘰 𝘦 𝘍𝘰𝘵𝘰 𝘥𝘦 𝘙𝘪𝘤𝘢𝘳𝘥𝘰 𝘙𝘰𝘥𝘳𝘪𝘨𝘶𝘦𝘴.

𝗢𝗣𝗜𝗡𝗜𝗔̃𝗢 | "𝗔 𝗺𝗶𝗻𝗵𝗮 𝗽𝗿𝗲𝗻𝗱𝗮 𝗱𝗲 𝗡𝗮𝘁𝗮𝗹"Este ano decidi oferecer aos meus leitores aqui n’abarca e aos leitores em geral do ...
20/12/2025

𝗢𝗣𝗜𝗡𝗜𝗔̃𝗢 | "𝗔 𝗺𝗶𝗻𝗵𝗮 𝗽𝗿𝗲𝗻𝗱𝗮 𝗱𝗲 𝗡𝗮𝘁𝗮𝗹"

Este ano decidi oferecer aos meus leitores aqui n’abarca e aos leitores em geral do jornal, uma prenda de Natal!... Esta assume a forma de uma citação bibliográf**a. E é um convite a que os meus leitores mais curiosos a procurem e se considerarem razoáveis os argumentos que me levam a oferecer tal prenda, leiam o texto que identif**a.

A minha prenda de Natal para os meus leitores é a seguinte citação bibliográf**a: – “GODINHO, Vitorino Magalhães (1985), Reflexão sobre Portugal e os portugueses na sua História- In Reflexões sobre história e cultura portuguesa: Ciclo de conferências para professores de História do Ensino Secundário. Coordenação Maria Emília Cordeiro Ferreira. Lisboa: Centro de Estudos de História e Cultura Portuguesa: Instituto Português de Ensino à Distância, 1985, p 271-286.”

E porque é que eu estou a oferecer esta prenda aos meus leitores. Desde logo porque estando nós em comemorações de datas redondas, também assinalamos que passam 40 anos desde que a palestra que deu origem a este texto, assumindo-se um pouco a contraciclo do optimismo português, foi pronunciada.

Para quem não tem essa noção Vitorino Magalhães Godinho (que faleceu em 2011) foi um dos mais importantes historiadores portugueses a investigar no Século XX e os seus trabalhos sobre a expansão portuguesa são fundamentais para se entender o papel de Portugal e dos portugueses no Mundo. Em Democracia a sua obra foi incómoda para os poderes públicos e para a máquina administrativa, o que lhe valeu alguma ostracização da elite mais comprometida com o regime ou dela dependente.

Em 1985, na palestra que se cita, dizia aos professores de História do 11.º ano, Magalhães Godinho: “A nossa administração não funciona, o sistema de ensino está um caos, não há, não houve política de investigação e de cultura; há discursos mas não se tomam decisões, nem se programam acções; fala-se do património como algo que pode unir-nos, recriar essa coesão como um sonho perdido, mas na verdade deixamos que o legado que nos foi transmitido seja quotidianamente despedaçado, desvirtuado de todas as formas com excepção de algumas acções de carácter local ou regional.”

Palavras proferidas em 1985? Que poderiam ser ditas hoje? Há alguma profecia a ser cumprida para que a frase inserida na palestra seja tão actual e tão verdadeira?

Aos meus leitores não vai ser fácil encontrar o livro onde se encontra a palestra indicada. Embora o mesmo esteja à venda na plataforma de vendas on-line OLX onde, aliás, adquiri o exemplar que estou a manusear quando escrevo esta crónica.

Diz a certa altura na palestra Magalhães Godinho referindo-se ao nosso País: “Qual a Nação, ou qual é o Portugal possível no mundo de hoje (?)...” acrescentando de seguida: “Esta reflexão leva-nos a pôr o problema de saber o que é que nós somos, se poderemos ser uma Nação, se fomos uma Pátria, e o que é que isso signif**a? Esta reflexão é rara em Portugal ao longo dos séculos, ao contrário do que acontece na vizinha Espanha.”

Está aqui o busílis da questão que se poderia chamar Portugal, Abrantes, Lisboa, Castelo de Vide, Constância (os lugares onde me sinto confortável!...) deixou-se de reflectir: como se tudo o que acontece fosse uma consequência de impulsos naturais, que surgem sabe-se lá de onde (por isso não vale a pena pensar: as coisas vão acontecer!...).

Neste Natal, verdadeiramente, a minha prenda aos meus leitores, é um desafio para que se volte a pensar o que se passa à nossa volta. Volto a Magalhães Godinho: “Se queremos inovar, temos de partir daquilo que fomos, do que somos e do que desejamos ser.” Haja, entre aqueles nos que nos rodeiam e mandam, quem consiga perceber esta coisa tão simples,... Era uma ajuda para termos um País melhor.

Um Bom Natal a todos!...

🎅 EDIÇÃO DE NATAL DO JORNAL ABARCA | 𝗝𝗔́ 𝗡𝗔𝗦 𝗕𝗔𝗡𝗖𝗔𝗦! 💥✅ 𝗣𝗔𝗜 𝗡𝗔𝗧𝗔𝗟 𝗘́ 𝗤𝗨𝗘𝗠 𝗤𝗨𝗘𝗥: Fernanda e António Violante transformara...
19/12/2025

🎅 EDIÇÃO DE NATAL DO JORNAL ABARCA | 𝗝𝗔́ 𝗡𝗔𝗦 𝗕𝗔𝗡𝗖𝗔𝗦! 💥

✅ 𝗣𝗔𝗜 𝗡𝗔𝗧𝗔𝗟 𝗘́ 𝗤𝗨𝗘𝗠 𝗤𝗨𝗘𝗥: Fernanda e António Violante transformaram parte da casa num centro de distribuição de bens aos mais necessitados. Para o casal as pessoas não podem ser só números e pedem a criação de uma Loja Social em Santarém;

✅ 𝟭𝟬𝟬 𝗔𝗡𝗢𝗦 𝗗𝗢𝗦 𝗕𝗢𝗠𝗕𝗘𝗜𝗥𝗢𝗦 𝗗𝗘 𝗩𝗡 𝗕𝗔𝗥𝗤𝗨𝗜𝗡𝗛𝗔; Vila Nova da Barquinha tem um novo monumento e uma nova corporação centenária. Um homenageia a outra de modo singular, dando também uma beleza renovada à rotunda;

✅ 𝗡𝗔𝗦𝗖𝗜𝗗𝗢 𝗣𝗔𝗥𝗔 𝗦𝗘𝗥 𝗧𝗔𝗟𝗛𝗘𝗜𝗥𝗢: Filho, neto e bisneto de oleiros e talheiros dedicados às artes cerâmicas com o barro vermelho da Asseiceira, poder-se-ia pensar que a José Miguel Godinho Figueiredo não coube a liberdade de escolher um destino distinto para si...;

✅ "𝗥𝗔𝗜𝗔, 𝗥𝗔𝗜𝗔𝗡𝗢𝗦, 𝗡𝗢𝗕𝗥𝗘𝗦 𝗘 𝗠𝗔𝗟𝗧𝗘𝗦𝗘𝗦": Manuel Fernandes Vicente, redator de abarca, apresentou no dia 1, no Cineteatro São João, no Entroncamento o seu mais recente livro;

✅ 𝗔̀ 𝗠𝗘𝗠𝗢́𝗥𝗜𝗔 𝗗𝗘 𝗟𝗨𝗜́𝗦 𝗔𝗭𝗘𝗩𝗘𝗗𝗢: Recordamos a vida do antigo autarca, o primeiro presidente independente a ser eleito em Portugal, para liderar o concelho de Alcanena;

✅ 𝗢𝗦 𝗗𝗘𝗦𝗧𝗔𝗤𝗨𝗘𝗦 𝗗𝗢 𝗔𝗡𝗢 𝗡𝗢 𝗙𝗨𝗧𝗘𝗕𝗢𝗟 𝗗𝗜𝗦𝗧𝗥𝗜𝗧𝗔𝗟: A redacção de abarca elegeu as figuras que mais se destacaram no futebol distrital em 2025, pela positiva e pela negativa... e ambos representaram a mesma equipa!;

✅ 𝗢𝗕𝗜𝗧𝗨𝗔́𝗥𝗜𝗢: Recordamos 25 personalidades que faleceram em 2025 em Portugal, com destaque para as figuras de Francisco Pinto Balsemão e Maria Teresa Horta;

✅ 𝗟𝗲𝗶𝗮 𝘁𝗮𝗺𝗯𝗲́𝗺 𝗮𝘀 𝗺𝗲𝗻𝘀𝗮𝗴𝗲𝗻𝘀 𝗱𝗲 𝗕𝗼𝗮𝘀 𝗙𝗲𝘀𝘁𝗮𝘀 𝗱𝗼𝘀 𝗻𝗼𝘀𝘀𝗼𝘀 𝗮𝘂𝘁𝗮𝗿𝗰𝗮𝘀!

𝗗𝗘𝗦𝗣𝗢𝗥𝗧𝗢 (𝗜) | 𝟭𝟮 𝗮́𝗿𝗲𝗮𝘀 𝗲𝗺 𝗾𝘂𝗲 𝗮 𝗶𝗻𝗳𝗹𝘂𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗲𝘀𝘁𝗿𝗮𝗻𝗴𝗲𝗶𝗿𝗮 𝗺𝗼𝗹𝗱𝗼𝘂 𝗣𝗼𝗿𝘁𝘂𝗴𝗮𝗹𝘈 𝘨𝘭𝘰𝘣𝘢𝘭𝘪𝘻𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘯𝘢̃𝘰 𝘦́ 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢 𝘯𝘰𝘷𝘢 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘰𝘴 𝘱𝘰𝘳...
18/12/2025

𝗗𝗘𝗦𝗣𝗢𝗥𝗧𝗢 (𝗜) | 𝟭𝟮 𝗮́𝗿𝗲𝗮𝘀 𝗲𝗺 𝗾𝘂𝗲 𝗮 𝗶𝗻𝗳𝗹𝘂𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗲𝘀𝘁𝗿𝗮𝗻𝗴𝗲𝗶𝗿𝗮 𝗺𝗼𝗹𝗱𝗼𝘂 𝗣𝗼𝗿𝘁𝘂𝗴𝗮𝗹

𝘈 𝘨𝘭𝘰𝘣𝘢𝘭𝘪𝘻𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘯𝘢̃𝘰 𝘦́ 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢 𝘯𝘰𝘷𝘢 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘰𝘴 𝘱𝘰𝘳𝘵𝘶𝘨𝘶𝘦𝘴𝘦𝘴. 𝘚𝘢̃𝘰 𝘪𝘮𝘦𝘯𝘴𝘰𝘴 𝘰𝘴 𝘦𝘹𝘦𝘮𝘱𝘭𝘰𝘴 𝘥𝘦 𝘮𝘶𝘭𝘵𝘪𝘤𝘶𝘭𝘵𝘶𝘳𝘢𝘭𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘪𝘯𝘧𝘭𝘶𝘦𝘯𝘤𝘪𝘢𝘳𝘢𝘮 𝘢𝘴 𝘯𝘰𝘴𝘴𝘢𝘴 𝘳𝘢𝘪́𝘻𝘦𝘴 𝘢𝘰 𝘭𝘰𝘯𝘨𝘰 𝘥𝘰𝘴 𝘴𝘦́𝘤𝘶𝘭𝘰𝘴. 𝘏𝘰𝘫𝘦 𝘲𝘶𝘦𝘳𝘦𝘮 𝘴𝘦𝘳𝘷𝘪𝘳 𝘰 𝘳𝘦𝘴𝘶𝘭𝘵𝘢𝘥𝘰 𝘥𝘦𝘴𝘴𝘢𝘴 𝘮𝘪𝘴𝘵𝘶𝘳𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘮𝘰 “𝘱𝘰𝘳𝘵𝘶𝘨𝘢𝘭𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦”, 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘴𝘦 𝘪𝘴𝘴𝘰 𝘧𝘰𝘴𝘴𝘦 𝘢𝘭𝘨𝘰 𝘤𝘳𝘪𝘴𝘵𝘢𝘭𝘪𝘯𝘰 𝘯𝘶𝘯𝘤𝘢 𝘢𝘧𝘦𝘤𝘵𝘢𝘥𝘰 𝘱𝘰𝘳 𝘰𝘶𝘵𝘳𝘰𝘴 𝘤𝘶𝘯𝘩𝘰𝘴. 𝘈 𝘷𝘦𝘳𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘦́ 𝘲𝘶𝘦 𝘴𝘰𝘮𝘰𝘴 𝘰 𝘮𝘶𝘯𝘥𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘯𝘰𝘴 𝘩𝘢𝘣𝘪𝘵𝘢, 𝘪𝘯𝘤𝘭𝘶𝘴𝘪𝘷𝘦 𝘥𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘮𝘶𝘯𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦𝘴 𝘪𝘮𝘪𝘨𝘳𝘢𝘯𝘵𝘦𝘴 𝘲𝘶𝘦 𝘱𝘪𝘴𝘢𝘳𝘢𝘮 𝘰 𝘯𝘰𝘴𝘴𝘰 𝘴𝘰𝘭𝘰.

Das 32 𝗺𝗲𝗱𝗮𝗹𝗵𝗮𝘀 𝗼𝗹𝗶́𝗺𝗽𝗶𝗰𝗮𝘀 que Portugal tem no seu palmarés, 5 foram conquistadas por pessoas nascidas no estrangeiro. O primeiro dos quais foi Francis Obikwelu que representa melhor do que ninguém as dificuldades e superação que os imigrantes passam: nascido em 1978 na Nigéria, aos 16 anos viajou para uma competição de atletismo em Portugal, e por cá ficou. Trabalhou na construção civil no Algarve até ser descoberto pelo Belenenses e depois se afirmar ao serviço do Sporting CP. Em 2004, trouxe para Portugal a medalha de prata na prova dos 100 metros. Depois disso seguiu-se a medalha de Ouro de Nélson Évora no triplo salto em 2008 (nascido na Costa do Marfim); o bronze de Jorge Fonseca no judo em 2012 (nascido em São Tomé e Princípe); e as medalhas de Pablo Pichardo, nascido em Cuba, no triplo salto (ouro em 2020 e prata em 2024). Outros atletas medalhados por Portugal tem ascendência ligada à imigração em Portugal, como são os casos do judoca Nuno Delgado (Cabo-Verde) ou da atleta Patrícia Mamona (Angola).

𝗣𝗼𝗱𝗲 𝗹𝗲𝗿 𝗼 𝗮𝗿𝘁𝗶𝗴𝗼 𝗰𝗼𝗺𝗽𝗹𝗲𝘁𝗼 𝗻𝗮 𝗲𝗱𝗶𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗲 𝗗𝗲𝘇𝗲𝗺𝗯𝗿𝗼 𝗱𝗼 𝗝𝗼𝗿𝗻𝗮𝗹 𝗔𝗯𝗮𝗿𝗰𝗮.

𝗣𝗥𝗢𝗗𝗨𝗖̧𝗔̃𝗢 𝗔𝗟𝗜𝗠𝗘𝗡𝗧𝗔𝗥 | 𝟭𝟮 𝗮́𝗿𝗲𝗮𝘀 𝗲𝗺 𝗾𝘂𝗲 𝗮 𝗶𝗻𝗳𝗹𝘂𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗲𝘀𝘁𝗿𝗮𝗻𝗴𝗲𝗶𝗿𝗮 𝗺𝗼𝗹𝗱𝗼𝘂 𝗣𝗼𝗿𝘁𝘂𝗴𝗮𝗹𝘈 𝘨𝘭𝘰𝘣𝘢𝘭𝘪𝘻𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘯𝘢̃𝘰 𝘦́ 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢 𝘯𝘰𝘷𝘢 𝘱𝘢𝘳...
18/12/2025

𝗣𝗥𝗢𝗗𝗨𝗖̧𝗔̃𝗢 𝗔𝗟𝗜𝗠𝗘𝗡𝗧𝗔𝗥 | 𝟭𝟮 𝗮́𝗿𝗲𝗮𝘀 𝗲𝗺 𝗾𝘂𝗲 𝗮 𝗶𝗻𝗳𝗹𝘂𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗲𝘀𝘁𝗿𝗮𝗻𝗴𝗲𝗶𝗿𝗮 𝗺𝗼𝗹𝗱𝗼𝘂 𝗣𝗼𝗿𝘁𝘂𝗴𝗮𝗹

𝘈 𝘨𝘭𝘰𝘣𝘢𝘭𝘪𝘻𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘯𝘢̃𝘰 𝘦́ 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢 𝘯𝘰𝘷𝘢 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘰𝘴 𝘱𝘰𝘳𝘵𝘶𝘨𝘶𝘦𝘴𝘦𝘴. 𝘚𝘢̃𝘰 𝘪𝘮𝘦𝘯𝘴𝘰𝘴 𝘰𝘴 𝘦𝘹𝘦𝘮𝘱𝘭𝘰𝘴 𝘥𝘦 𝘮𝘶𝘭𝘵𝘪𝘤𝘶𝘭𝘵𝘶𝘳𝘢𝘭𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘪𝘯𝘧𝘭𝘶𝘦𝘯𝘤𝘪𝘢𝘳𝘢𝘮 𝘢𝘴 𝘯𝘰𝘴𝘴𝘢𝘴 𝘳𝘢𝘪́𝘻𝘦𝘴 𝘢𝘰 𝘭𝘰𝘯𝘨𝘰 𝘥𝘰𝘴 𝘴𝘦́𝘤𝘶𝘭𝘰𝘴. 𝘏𝘰𝘫𝘦 𝘲𝘶𝘦𝘳𝘦𝘮 𝘴𝘦𝘳𝘷𝘪𝘳 𝘰 𝘳𝘦𝘴𝘶𝘭𝘵𝘢𝘥𝘰 𝘥𝘦𝘴𝘴𝘢𝘴 𝘮𝘪𝘴𝘵𝘶𝘳𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘮𝘰 “𝘱𝘰𝘳𝘵𝘶𝘨𝘢𝘭𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦”, 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘴𝘦 𝘪𝘴𝘴𝘰 𝘧𝘰𝘴𝘴𝘦 𝘢𝘭𝘨𝘰 𝘤𝘳𝘪𝘴𝘵𝘢𝘭𝘪𝘯𝘰 𝘯𝘶𝘯𝘤𝘢 𝘢𝘧𝘦𝘤𝘵𝘢𝘥𝘰 𝘱𝘰𝘳 𝘰𝘶𝘵𝘳𝘰𝘴 𝘤𝘶𝘯𝘩𝘰𝘴. 𝘈 𝘷𝘦𝘳𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘦́ 𝘲𝘶𝘦 𝘴𝘰𝘮𝘰𝘴 𝘰 𝘮𝘶𝘯𝘥𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘯𝘰𝘴 𝘩𝘢𝘣𝘪𝘵𝘢, 𝘪𝘯𝘤𝘭𝘶𝘴𝘪𝘷𝘦 𝘥𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘮𝘶𝘯𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦𝘴 𝘪𝘮𝘪𝘨𝘳𝘢𝘯𝘵𝘦𝘴 𝘲𝘶𝘦 𝘱𝘪𝘴𝘢𝘳𝘢𝘮 𝘰 𝘯𝘰𝘴𝘴𝘰 𝘴𝘰𝘭𝘰.

Ninguém come 𝗯𝗮𝗰𝗮𝗹𝗵𝗮𝘂 como os portugueses, e curiosamente não o temos na nossa costa. São introduções alimentares que vêm de longe. Tão longe como desde a época dos romanos que trouxeram até nós a arte de secar alimentos que ainda hoje é utilizada na nossa culinária, especialmente no peixe ou no presunto. Durante o século XV os portugueses descobriram o bacalhau e perceberam o seu valor como alimento passando a salgar o bacalhau com as mesmas técnicas adquiridas pelos romanos. O sal era tão importante para os romanos, concretamente para a conservação de alimentos, que daí deriva a palavra “salário”, pois o pagamento da jornada de trabalho era feita em sal - a exploração de sal em Portugal também deriva da passagem dos fenícios e dos romanos pelo nosso país.

O 𝗤𝘂𝗲𝗶𝗷𝗼 𝗟𝗶𝗺𝗶𝗮𝗻𝗼 foi criado por Américo Tavares da Silva em 1959, em Ponte de Lima, daí o nome. Mas a sua inspiração, e introdução em Portugal, está ligado às comunidades estrangeiras que comercializavam o Queijo Flamengo holândes (Edam ou Gouda).

𝗣𝗼𝗱𝗲 𝗹𝗲𝗿 𝗼 𝗮𝗿𝘁𝗶𝗴𝗼 𝗰𝗼𝗺𝗽𝗹𝗲𝘁𝗼 𝗻𝗮 𝗲𝗱𝗶𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗲 𝗗𝗲𝘇𝗲𝗺𝗯𝗿𝗼 𝗱𝗼 𝗝𝗼𝗿𝗻𝗮𝗹 𝗔𝗯𝗮𝗿𝗰𝗮.

𝗠𝗨́𝗦𝗜𝗖𝗔 (𝗜𝗜) | 𝟭𝟮 𝗮́𝗿𝗲𝗮𝘀 𝗲𝗺 𝗾𝘂𝗲 𝗮 𝗶𝗻𝗳𝗹𝘂𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗲𝘀𝘁𝗿𝗮𝗻𝗴𝗲𝗶𝗿𝗮 𝗺𝗼𝗹𝗱𝗼𝘂 𝗣𝗼𝗿𝘁𝘂𝗴𝗮𝗹𝘈 𝘨𝘭𝘰𝘣𝘢𝘭𝘪𝘻𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘯𝘢̃𝘰 𝘦́ 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢 𝘯𝘰𝘷𝘢 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘰𝘴 𝘱𝘰𝘳...
17/12/2025

𝗠𝗨́𝗦𝗜𝗖𝗔 (𝗜𝗜) | 𝟭𝟮 𝗮́𝗿𝗲𝗮𝘀 𝗲𝗺 𝗾𝘂𝗲 𝗮 𝗶𝗻𝗳𝗹𝘂𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗲𝘀𝘁𝗿𝗮𝗻𝗴𝗲𝗶𝗿𝗮 𝗺𝗼𝗹𝗱𝗼𝘂 𝗣𝗼𝗿𝘁𝘂𝗴𝗮𝗹

𝘈 𝘨𝘭𝘰𝘣𝘢𝘭𝘪𝘻𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘯𝘢̃𝘰 𝘦́ 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢 𝘯𝘰𝘷𝘢 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘰𝘴 𝘱𝘰𝘳𝘵𝘶𝘨𝘶𝘦𝘴𝘦𝘴. 𝘚𝘢̃𝘰 𝘪𝘮𝘦𝘯𝘴𝘰𝘴 𝘰𝘴 𝘦𝘹𝘦𝘮𝘱𝘭𝘰𝘴 𝘥𝘦 𝘮𝘶𝘭𝘵𝘪𝘤𝘶𝘭𝘵𝘶𝘳𝘢𝘭𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘪𝘯𝘧𝘭𝘶𝘦𝘯𝘤𝘪𝘢𝘳𝘢𝘮 𝘢𝘴 𝘯𝘰𝘴𝘴𝘢𝘴 𝘳𝘢𝘪́𝘻𝘦𝘴 𝘢𝘰 𝘭𝘰𝘯𝘨𝘰 𝘥𝘰𝘴 𝘴𝘦́𝘤𝘶𝘭𝘰𝘴. 𝘏𝘰𝘫𝘦 𝘲𝘶𝘦𝘳𝘦𝘮 𝘴𝘦𝘳𝘷𝘪𝘳 𝘰 𝘳𝘦𝘴𝘶𝘭𝘵𝘢𝘥𝘰 𝘥𝘦𝘴𝘴𝘢𝘴 𝘮𝘪𝘴𝘵𝘶𝘳𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘮𝘰 “𝘱𝘰𝘳𝘵𝘶𝘨𝘢𝘭𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦”, 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘴𝘦 𝘪𝘴𝘴𝘰 𝘧𝘰𝘴𝘴𝘦 𝘢𝘭𝘨𝘰 𝘤𝘳𝘪𝘴𝘵𝘢𝘭𝘪𝘯𝘰 𝘯𝘶𝘯𝘤𝘢 𝘢𝘧𝘦𝘤𝘵𝘢𝘥𝘰 𝘱𝘰𝘳 𝘰𝘶𝘵𝘳𝘰𝘴 𝘤𝘶𝘯𝘩𝘰𝘴. 𝘈 𝘷𝘦𝘳𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘦́ 𝘲𝘶𝘦 𝘴𝘰𝘮𝘰𝘴 𝘰 𝘮𝘶𝘯𝘥𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘯𝘰𝘴 𝘩𝘢𝘣𝘪𝘵𝘢, 𝘪𝘯𝘤𝘭𝘶𝘴𝘪𝘷𝘦 𝘥𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘮𝘶𝘯𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦𝘴 𝘪𝘮𝘪𝘨𝘳𝘢𝘯𝘵𝘦𝘴 𝘲𝘶𝘦 𝘱𝘪𝘴𝘢𝘳𝘢𝘮 𝘰 𝘯𝘰𝘴𝘴𝘰 𝘴𝘰𝘭𝘰.

Muitos pensam que as 𝗠𝗮𝗿𝗰𝗵𝗮𝘀 𝗣𝗼𝗽𝘂𝗹𝗮𝗿𝗲𝘀 de Lisboa têm inspiração no Carnaval do Rio de Janeiro, mas é das Invasões Francesas no século XIX. Em 1932, por iniciativa de José Leitão de Barros, diretor do jornal Notícias Ilustrado, é criada uma competição de bairros, que celebra a cultura e o orgulho local, inspirada nas Marchas ao Flambó (“Marche aux Flambeaux”), de origem francesa, um desfile noturno realizado com tochas acesas ou archotes, que animavam as celebrações de Santo António desde o século XIX.

𝗣𝗼𝗱𝗲 𝗹𝗲𝗿 𝗼 𝗮𝗿𝘁𝗶𝗴𝗼 𝗰𝗼𝗺𝗽𝗹𝗲𝘁𝗼 𝗻𝗮 𝗲𝗱𝗶𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗲 𝗗𝗲𝘇𝗲𝗺𝗯𝗿𝗼 𝗱𝗼 𝗝𝗼𝗿𝗻𝗮𝗹 𝗔𝗯𝗮𝗿𝗰𝗮.

𝗠𝗨́𝗦𝗜𝗖𝗔 (𝗜) | 𝟭𝟮 𝗮́𝗿𝗲𝗮𝘀 𝗲𝗺 𝗾𝘂𝗲 𝗮 𝗶𝗻𝗳𝗹𝘂𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗲𝘀𝘁𝗿𝗮𝗻𝗴𝗲𝗶𝗿𝗮 𝗺𝗼𝗹𝗱𝗼𝘂 𝗣𝗼𝗿𝘁𝘂𝗴𝗮𝗹𝘈 𝘨𝘭𝘰𝘣𝘢𝘭𝘪𝘻𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘯𝘢̃𝘰 𝘦́ 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢 𝘯𝘰𝘷𝘢 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘰𝘴 𝘱𝘰𝘳𝘵...
17/12/2025

𝗠𝗨́𝗦𝗜𝗖𝗔 (𝗜) | 𝟭𝟮 𝗮́𝗿𝗲𝗮𝘀 𝗲𝗺 𝗾𝘂𝗲 𝗮 𝗶𝗻𝗳𝗹𝘂𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗲𝘀𝘁𝗿𝗮𝗻𝗴𝗲𝗶𝗿𝗮 𝗺𝗼𝗹𝗱𝗼𝘂 𝗣𝗼𝗿𝘁𝘂𝗴𝗮𝗹

𝘈 𝘨𝘭𝘰𝘣𝘢𝘭𝘪𝘻𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘯𝘢̃𝘰 𝘦́ 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢 𝘯𝘰𝘷𝘢 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘰𝘴 𝘱𝘰𝘳𝘵𝘶𝘨𝘶𝘦𝘴𝘦𝘴. 𝘚𝘢̃𝘰 𝘪𝘮𝘦𝘯𝘴𝘰𝘴 𝘰𝘴 𝘦𝘹𝘦𝘮𝘱𝘭𝘰𝘴 𝘥𝘦 𝘮𝘶𝘭𝘵𝘪𝘤𝘶𝘭𝘵𝘶𝘳𝘢𝘭𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘪𝘯𝘧𝘭𝘶𝘦𝘯𝘤𝘪𝘢𝘳𝘢𝘮 𝘢𝘴 𝘯𝘰𝘴𝘴𝘢𝘴 𝘳𝘢𝘪́𝘻𝘦𝘴 𝘢𝘰 𝘭𝘰𝘯𝘨𝘰 𝘥𝘰𝘴 𝘴𝘦́𝘤𝘶𝘭𝘰𝘴. 𝘏𝘰𝘫𝘦 𝘲𝘶𝘦𝘳𝘦𝘮 𝘴𝘦𝘳𝘷𝘪𝘳 𝘰 𝘳𝘦𝘴𝘶𝘭𝘵𝘢𝘥𝘰 𝘥𝘦𝘴𝘴𝘢𝘴 𝘮𝘪𝘴𝘵𝘶𝘳𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘮𝘰 “𝘱𝘰𝘳𝘵𝘶𝘨𝘢𝘭𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦”, 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘴𝘦 𝘪𝘴𝘴𝘰 𝘧𝘰𝘴𝘴𝘦 𝘢𝘭𝘨𝘰 𝘤𝘳𝘪𝘴𝘵𝘢𝘭𝘪𝘯𝘰 𝘯𝘶𝘯𝘤𝘢 𝘢𝘧𝘦𝘤𝘵𝘢𝘥𝘰 𝘱𝘰𝘳 𝘰𝘶𝘵𝘳𝘰𝘴 𝘤𝘶𝘯𝘩𝘰𝘴. 𝘈 𝘷𝘦𝘳𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘦́ 𝘲𝘶𝘦 𝘴𝘰𝘮𝘰𝘴 𝘰 𝘮𝘶𝘯𝘥𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘯𝘰𝘴 𝘩𝘢𝘣𝘪𝘵𝘢, 𝘪𝘯𝘤𝘭𝘶𝘴𝘪𝘷𝘦 𝘥𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘮𝘶𝘯𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦𝘴 𝘪𝘮𝘪𝘨𝘳𝘢𝘯𝘵𝘦𝘴 𝘲𝘶𝘦 𝘱𝘪𝘴𝘢𝘳𝘢𝘮 𝘰 𝘯𝘰𝘴𝘴𝘰 𝘴𝘰𝘭𝘰.

Deixemos, por fim, a gastronomia para nos dedicarmos à música. O 𝗸𝘂𝗱𝘂𝗿𝗼 e o funaná são géneros musicais africanos, respectivamente de Angola e Cabo-Verde, hoje em dia amplamente disseminados na cultura portuguesa. O Kuduro surgiu em Angola na década de 90 do século passado e chegou a Portugal por meio das migrações, estabelecendo-se nas periferias urbanas e ganhando notoriedade a partir dos anos 2000 graças ao sucesso de bandas como os Buraka Som Sistema. Já o 𝗳𝘂𝗻𝗮𝗻𝗮́ tem origens ligadas a ritmos rurais, como o "badju gaita" (baile com acordeão), e hoje faz parte do repertório da imigração cabo-verdiana em Portugal.

Também o 𝗳𝗮𝗱𝗼, que provavelmente o leitor imagina como a mais nativa das criações portuguesas, tem fortes ligações das comunidades estrangeiras. Se tem dúvidas compare a típica guitarra portuguesa com um alaúde árabe para entender as semelhanças e inspiração do instrumento nacional. O historiador Rui Vieira Nery defende que o fado nasceu da fusão de modinhas e do lundu, uma dança sensual de origem africana, que chegaram a Portugal com o regresso do Brasil da Corte em 1830. Outras teorias apontam para a influência dos cânticos mouros na origem do fado, além da atmosfera multicultural de Lisboa que, com o convívio entre marinheiros, comerciantes e escravos, criou um terreno propício para que estas influências musicais se fundissem. Ou seja, aquilo que hoje tanto repele alguns, como é a multiculturalidade nos bairros lisboetas, deu origem a algo que tanto orgulha esses mesmos contestatários.

𝗣𝗼𝗱𝗲 𝗹𝗲𝗿 𝗼 𝗮𝗿𝘁𝗶𝗴𝗼 𝗰𝗼𝗺𝗽𝗹𝗲𝘁𝗼 𝗻𝗮 𝗲𝗱𝗶𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗲 𝗗𝗲𝘇𝗲𝗺𝗯𝗿𝗼 𝗱𝗼 𝗝𝗼𝗿𝗻𝗮𝗹 𝗔𝗯𝗮𝗿𝗰𝗮.

𝗦𝗔𝗨́𝗗𝗘 𝗘 𝗕𝗘𝗠-𝗘𝗦𝗧𝗔𝗥 | 𝟭𝟮 𝗮́𝗿𝗲𝗮𝘀 𝗲𝗺 𝗾𝘂𝗲 𝗮 𝗶𝗻𝗳𝗹𝘂𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗲𝘀𝘁𝗿𝗮𝗻𝗴𝗲𝗶𝗿𝗮 𝗺𝗼𝗹𝗱𝗼𝘂 𝗣𝗼𝗿𝘁𝘂𝗴𝗮𝗹𝘈 𝘨𝘭𝘰𝘣𝘢𝘭𝘪𝘻𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘯𝘢̃𝘰 𝘦́ 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢 𝘯𝘰𝘷𝘢 𝘱𝘢𝘳𝘢 ...
16/12/2025

𝗦𝗔𝗨́𝗗𝗘 𝗘 𝗕𝗘𝗠-𝗘𝗦𝗧𝗔𝗥 | 𝟭𝟮 𝗮́𝗿𝗲𝗮𝘀 𝗲𝗺 𝗾𝘂𝗲 𝗮 𝗶𝗻𝗳𝗹𝘂𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗲𝘀𝘁𝗿𝗮𝗻𝗴𝗲𝗶𝗿𝗮 𝗺𝗼𝗹𝗱𝗼𝘂 𝗣𝗼𝗿𝘁𝘂𝗴𝗮𝗹

𝘈 𝘨𝘭𝘰𝘣𝘢𝘭𝘪𝘻𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘯𝘢̃𝘰 𝘦́ 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢 𝘯𝘰𝘷𝘢 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘰𝘴 𝘱𝘰𝘳𝘵𝘶𝘨𝘶𝘦𝘴𝘦𝘴. 𝘚𝘢̃𝘰 𝘪𝘮𝘦𝘯𝘴𝘰𝘴 𝘰𝘴 𝘦𝘹𝘦𝘮𝘱𝘭𝘰𝘴 𝘥𝘦 𝘮𝘶𝘭𝘵𝘪𝘤𝘶𝘭𝘵𝘶𝘳𝘢𝘭𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘪𝘯𝘧𝘭𝘶𝘦𝘯𝘤𝘪𝘢𝘳𝘢𝘮 𝘢𝘴 𝘯𝘰𝘴𝘴𝘢𝘴 𝘳𝘢𝘪́𝘻𝘦𝘴 𝘢𝘰 𝘭𝘰𝘯𝘨𝘰 𝘥𝘰𝘴 𝘴𝘦́𝘤𝘶𝘭𝘰𝘴. 𝘏𝘰𝘫𝘦 𝘲𝘶𝘦𝘳𝘦𝘮 𝘴𝘦𝘳𝘷𝘪𝘳 𝘰 𝘳𝘦𝘴𝘶𝘭𝘵𝘢𝘥𝘰 𝘥𝘦𝘴𝘴𝘢𝘴 𝘮𝘪𝘴𝘵𝘶𝘳𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘮𝘰 “𝘱𝘰𝘳𝘵𝘶𝘨𝘢𝘭𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦”, 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘴𝘦 𝘪𝘴𝘴𝘰 𝘧𝘰𝘴𝘴𝘦 𝘢𝘭𝘨𝘰 𝘤𝘳𝘪𝘴𝘵𝘢𝘭𝘪𝘯𝘰 𝘯𝘶𝘯𝘤𝘢 𝘢𝘧𝘦𝘤𝘵𝘢𝘥𝘰 𝘱𝘰𝘳 𝘰𝘶𝘵𝘳𝘰𝘴 𝘤𝘶𝘯𝘩𝘰𝘴. 𝘈 𝘷𝘦𝘳𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘦́ 𝘲𝘶𝘦 𝘴𝘰𝘮𝘰𝘴 𝘰 𝘮𝘶𝘯𝘥𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘯𝘰𝘴 𝘩𝘢𝘣𝘪𝘵𝘢, 𝘪𝘯𝘤𝘭𝘶𝘴𝘪𝘷𝘦 𝘥𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘮𝘶𝘯𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦𝘴 𝘪𝘮𝘪𝘨𝘳𝘢𝘯𝘵𝘦𝘴 𝘲𝘶𝘦 𝘱𝘪𝘴𝘢𝘳𝘢𝘮 𝘰 𝘯𝘰𝘴𝘴𝘰 𝘴𝘰𝘭𝘰.

A história dos 𝘀𝗮𝗯𝗼𝗻𝗲𝘁𝗲𝘀 em Portugal é antiga - com destaque para a Real Fábrica de Sabão de Belver entre os séculos XV e XVIII -, mas ganha um fulgor relevante com o início da industrialização em Portugal, através da fundação da Claus & Schweder em 1887 no Porto, a primeira fábrica de sabonetes e perfumes no país, fundada por Ferdinand Claus e Georges Schweder, dois investidores alemães. Foi este acontecimento que permitiu o início da produção em massa de sabonetes e perfumes em Portugal. Mais tarde Achilles de Brito, sócio da Claus & Schweder a partir de 1908, abriu no Porto a Ach. Brito.

𝗣𝗼𝗱𝗲 𝗹𝗲𝗿 𝗼 𝗮𝗿𝘁𝗶𝗴𝗼 𝗰𝗼𝗺𝗽𝗹𝗲𝘁𝗼 𝗻𝗮 𝗲𝗱𝗶𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗲 𝗗𝗲𝘇𝗲𝗺𝗯𝗿𝗼 𝗱𝗼 𝗝𝗼𝗿𝗻𝗮𝗹 𝗔𝗯𝗮𝗿𝗰𝗮.

𝗖𝗨𝗟𝗜𝗡𝗔́𝗥𝗜𝗔 | 𝟭𝟮 𝗮́𝗿𝗲𝗮𝘀 𝗲𝗺 𝗾𝘂𝗲 𝗮 𝗶𝗻𝗳𝗹𝘂𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗲𝘀𝘁𝗿𝗮𝗻𝗴𝗲𝗶𝗿𝗮 𝗺𝗼𝗹𝗱𝗼𝘂 𝗣𝗼𝗿𝘁𝘂𝗴𝗮𝗹𝘈 𝘨𝘭𝘰𝘣𝘢𝘭𝘪𝘻𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘯𝘢̃𝘰 𝘦́ 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢 𝘯𝘰𝘷𝘢 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘰𝘴 𝘱𝘰𝘳𝘵𝘶...
16/12/2025

𝗖𝗨𝗟𝗜𝗡𝗔́𝗥𝗜𝗔 | 𝟭𝟮 𝗮́𝗿𝗲𝗮𝘀 𝗲𝗺 𝗾𝘂𝗲 𝗮 𝗶𝗻𝗳𝗹𝘂𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗲𝘀𝘁𝗿𝗮𝗻𝗴𝗲𝗶𝗿𝗮 𝗺𝗼𝗹𝗱𝗼𝘂 𝗣𝗼𝗿𝘁𝘂𝗴𝗮𝗹

𝘈 𝘨𝘭𝘰𝘣𝘢𝘭𝘪𝘻𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘯𝘢̃𝘰 𝘦́ 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢 𝘯𝘰𝘷𝘢 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘰𝘴 𝘱𝘰𝘳𝘵𝘶𝘨𝘶𝘦𝘴𝘦𝘴. 𝘚𝘢̃𝘰 𝘪𝘮𝘦𝘯𝘴𝘰𝘴 𝘰𝘴 𝘦𝘹𝘦𝘮𝘱𝘭𝘰𝘴 𝘥𝘦 𝘮𝘶𝘭𝘵𝘪𝘤𝘶𝘭𝘵𝘶𝘳𝘢𝘭𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘪𝘯𝘧𝘭𝘶𝘦𝘯𝘤𝘪𝘢𝘳𝘢𝘮 𝘢𝘴 𝘯𝘰𝘴𝘴𝘢𝘴 𝘳𝘢𝘪́𝘻𝘦𝘴 𝘢𝘰 𝘭𝘰𝘯𝘨𝘰 𝘥𝘰𝘴 𝘴𝘦́𝘤𝘶𝘭𝘰𝘴. 𝘏𝘰𝘫𝘦 𝘲𝘶𝘦𝘳𝘦𝘮 𝘴𝘦𝘳𝘷𝘪𝘳 𝘰 𝘳𝘦𝘴𝘶𝘭𝘵𝘢𝘥𝘰 𝘥𝘦𝘴𝘴𝘢𝘴 𝘮𝘪𝘴𝘵𝘶𝘳𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘮𝘰 “𝘱𝘰𝘳𝘵𝘶𝘨𝘢𝘭𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦”, 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘴𝘦 𝘪𝘴𝘴𝘰 𝘧𝘰𝘴𝘴𝘦 𝘢𝘭𝘨𝘰 𝘤𝘳𝘪𝘴𝘵𝘢𝘭𝘪𝘯𝘰 𝘯𝘶𝘯𝘤𝘢 𝘢𝘧𝘦𝘤𝘵𝘢𝘥𝘰 𝘱𝘰𝘳 𝘰𝘶𝘵𝘳𝘰𝘴 𝘤𝘶𝘯𝘩𝘰𝘴. 𝘈 𝘷𝘦𝘳𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘦́ 𝘲𝘶𝘦 𝘴𝘰𝘮𝘰𝘴 𝘰 𝘮𝘶𝘯𝘥𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘯𝘰𝘴 𝘩𝘢𝘣𝘪𝘵𝘢, 𝘪𝘯𝘤𝘭𝘶𝘴𝘪𝘷𝘦 𝘥𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘮𝘶𝘯𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦𝘴 𝘪𝘮𝘪𝘨𝘳𝘢𝘯𝘵𝘦𝘴 𝘲𝘶𝘦 𝘱𝘪𝘴𝘢𝘳𝘢𝘮 𝘰 𝘯𝘰𝘴𝘴𝘰 𝘴𝘰𝘭𝘰.

Esta é uma das áreas com maior influência estrangeira na cultura nacional, desde a criação de novos pratos à riqueza das inúmeras especiarias que utilizamos nas nossas cozinhas.

A 𝗰𝗮𝗻𝗷𝗮 tem origem na Índia - a palavra malaia “kanji” refere-se a um caldo quente e salgado de água e arroz, servido originalmente como bebida para doentes, especialmente de cólera. Em 1563, o médico português Garcia de Orta, que vivia na Índia, introduziu a “kanji” na Europa através da sua obra “Colóquios dos Simples e Dr**as da Índia”. Os portugueses acrescentaram a carne de galinha ao caldo, criando a canja que conhecemos.

Também do oriente veio o Sushi. A popularização em Portugal começa com a abertura em 1985 do primeiro restaurante em Lisboa, “Kamikaze”, pela mão do senhor Chimoto, um imigrante japonês, como conta Cristina Cordeiro no livro “Arigato 10 anos de sushi em Portugal”. Desde então, o sushi passou de uma novidade para um prato comum e muito apreciado em Portugal.

Mais famosa é a história da criação da 𝗮𝗹𝗵𝗲𝗶𝗿𝗮: durante a Inquisição muitos judeus foram forçados a converter-se ao cristianismo ou a fugir. Como os judeus não comiam carne de porco, eram facilmente identificáveis porque os fumos dos enchidos de porco eram uma presença constante nas casas da época. Para evitar suspeitas, criaram um enchido com carnes de aves, coelho ou vitela, envoltas numa massa de pão para dar consistência. A receita, que começou como um disfarce, rapidamente se popularizou entre os cristãos.

Mais recente é o fenómeno do 𝗸𝗲𝗯𝗮𝗯, ligado à emigração turca para o centro e oeste europeu, sobretudo desde o século passado. Com origem no Oriente Médio, kebab signif**a "carne assada", e evoluiu de espetadas de guerra para um lanche rápido e popular, servido em pão pita com salada e molhos. Hoje em dia é um dos principais aliados dos fins de noite dos jovens em Portugal!

Outra aliada cada vez mais popular entre as noitadas dos jovens portugueses é a 𝗖𝗮𝗶𝗽𝗶𝗿𝗶𝗻𝗵𝗮. A sua origem é de validação duvidosa, ainda que seja inegavelmente uma criação brasileira. As principais suspeitas apontam para que seja uma invenção medicinal do início do século passado com vista a combater a Gripe Espanhola com aguardente de cana-de-açúcar, limão, alho e mel tendo evoluído para o cocktail como o conhecemos hoje. A sua introdução e disseminação em Portugal está umbicalmente conectada com o fluxo migratório brasileiro para o nosso país.

𝗣𝗼𝗱𝗲 𝗹𝗲𝗿 𝗼 𝗮𝗿𝘁𝗶𝗴𝗼 𝗰𝗼𝗺𝗽𝗹𝗲𝘁𝗼 𝗻𝗮 𝗲𝗱𝗶𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗲 𝗗𝗲𝘇𝗲𝗺𝗯𝗿𝗼 𝗱𝗼 𝗝𝗼𝗿𝗻𝗮𝗹 𝗔𝗯𝗮𝗿𝗰𝗮.

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