14/10/2025
RCI14OUT25
Manter ou crescer, eis a dicotomia a fazer lembrar um concerto de aquecimento, fora do programa oficial e, contudo, mexemo-nos, nem que seja a ir e vir.
A Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões vai envolver sete países europeus para transferir e adaptar o modelo “Ir e Vir”, um sistema de transporte flexível e a pedido, implementado com sucesso nos 14 municípios de Viseu Dão Lafões, a outras regiões europeias com características semelhantes, marcadas pelas dificuldades de garantir a mobilidade urbano-rural da população residente. Pessoalmente acho que é tão só um táxi marcado de véspera, e que as ligações das duas mobilidades poderiam fazer muito melhor. Sempre houve “carreiras”, como diz o povo. Algumas terminam pela calada da noite, outras terminam ao fim da manhã com o portátil debaixo do braço.
O nosso tem início formal em dezembro, com uma reunião de arranque em Paris, e prolonga-se até 2028. Durante esse período, serão promovidas ações de intercâmbio, formação e experimentação local, com vista à criação de modelos de mobilidade mais acessíveis, verdes e inclusivos em toda a Europa. Viagens, portanto. Viagens e ajudas de custo, que dão sempre jeito.
Viagens pela calada da noite e ao fusco do dia. Ele há computadores, sacos, vai tudo de rojo. E o que não vai, manda-se buscar. E vejo, hoje com maior clareza essa união nacional. Todo o poder político - do governo central à Associação Nacional de Freguesias, passando pelos governos regionais e pela Associação Nacional de Municípios, está nas mãos do mesmo partido. Até o Presidente da República, esse que me faz ter saudades do Cavaco.
Sonoridade e reflexão, do lado esquerdo do país, governa a direita, do lado direito da pátria, governa a esquerda.
“Não vamos dar a mão a ninguém”, parece ser o novo mantra, pelo que, como disseram na campanha, ter a cor política do governo facilita, sabemos com o que contamos do Terreiro do Paço. Mais ostracismo e desprezo. E trincheiras. Isto num país pequeno, que ora vai, ora vem, f**a a necessidade de expressar o essencial e de questionar o propósito das ações humanas.
O país não é uma coutada de ninguém, tem de ser uma Nação onde a voz dos portugueses, quando chamados para decidir, conta, e servir os interesses das populações, de acordo com os seus valores.
Para quê? Para essa introspeção, à aceitação e à confiança no desconhecido. Desde que democrata.