11/06/2025
Em 1988, o Parque Nacional de Yellowstone enfrentou uma seca extrema e ventos fortes, resultando em abundante material combustível. O que começou como dezenas de pequenos focos de incêndio, causados por raios e ação humana, rapidamente se transformou em enormes tempestades de fogo. A área total queimada foi de aproximadamente 793.880 acres — cerca de 36% do parque.
No auge do incêndio, havia mais de 9.000 bombeiros no parque, com o apoio de mais de 4.000 militares americanos.
As perdas estruturais foram mínimas, graças aos esforços agressivos de defesa. Tambem nao houve nenhuma morte de bombeiros dentro do parque. O custo da acao foi de aproximadamente US$ 120 milhões de dólares em valores de 1988.
Como a intensidade do fogo e as condições climáticas anularam os esforços humanos de combate ao incêndio, foi somente com a chegada do clima mais frio e da umidade do outono que permitiram controlar a situação.
A vida selvagem resistiu. Ao contrário dos primeiros relatos, poucos animais de grande porte foram perdidos, embora as populações de alces tenham diminuído temporariamente.
Esse acontecimento mudou tudo porque, antes da década de 1960, o objetivo era apagar todos os incêndios rapidamente. Entretanto, baseado em estudos, o Yellowstone havia adotado uma política que permitia que incêndios naturais queimassem sob certas condições para apoiar a saúde da floresta. A temporada de 88 levou essa filosofia ao limite e remodelou para sempre a gestão moderna de incêndios florestais em toda a América. Ela provou uma verdade vital que conhecemos bem hoje — o fogo nem sempre é o inimigo. Quando usado corretamente e quando a natureza exige, o fogo restaura a terra e protege o futuro.
O fogo reconfigurou a paisagem, não a arruinou. Mais da metade da área queimada sofreu incêndios de baixa intensidade — limpando a vegetação densa, reciclando nutrientes e abrindo caminho para um crescimento saudável.
Grandes esforços de reflorestamento não foram necessários.
O fogo não é apenas destruição. E renovação, renascimento e aprendizado sobre como gerenciar paisagens de forma mais inteligente.