06/04/2025
Sobre Yôga 🧘🏻♂️:
Por que o Ahimsa é a primeira e mais importante regra do Yôgi?
Ahimsa, em sânscrito, é o princípio da não violência. Para nós que praticamos o Yôga, jamais é permitido atacar ou agredir, em nenhum nível, seja físico, verbal, emocional ou energético (o mais desafiador).
E isso não é apenas uma escolha ética, moral ou racional, como costuma ser a abordagem no pensamento ocidental. Vai muito além disso.
Ahimsa é fundamental porque, à medida que o praticante evolui, ele desenvolve uma energia interna poderosa. Uma espécie de “superpoder” real, ainda que invisível, que transforma profundamente o corpo, a mente e o campo ao seu redor. Tenho estudado energia elétrica e, quanto mais estudo o tema, mais percebo: tudo é energia. O mundo é energia. A vida é energia. Nós somos energia.
O Yôga é uma prática milenar que nos conecta a essa verdade e nos ensina a canalizar e expandir essa energia vital de forma consciente. O praticante avança até um ponto em que sua presença, seu olhar, sua vibração pode afetar, ou até destruir, o outro, se não houver autocontrole absoluto.
É como o personagem Ciclope, dos X-Men (não sei se conhece a referência): ele precisa usar um óculos especial para conter a força do seu olhar (que é uma especie de raio laser hiperpododeroso que destró até prédios e construções de concreto, que destrói e parte rochas ao meio). Mesmo sem querer, ele pode ferir até quem ama, se não tiver controle.
O praticante de Yôga está nessa mesma posição: o poder cresce, e por isso, o controle precisa crescer ainda mais.
Ahimsa é, portanto, a base da prática. Sem ela, a energia se torna destrutiva, mesmo sem intenção.
É por isso que não podemos agredir, nem revidar, nem descarregar de forma alguma. Não é a regra numero 1 por acaso.
É justamente porque carregamos uma força que pode ser avassaladora.
Recentemente, essa consciência me veio de forma muito clara, após reflexões de alguns conflitos que tive ao longo da vida. Percebi que mesmo tendo razões, o uso da força emocional ou energética no conflito pode ser altamente destrutivo. Isso me despertou absolutamente.
Essa experiência, aliada a estudos e reflexões profundas, me mostrou o valor dessa sabedoria antiga e, acima de tudo, me lembrou do papel do Yôgui: usar sua energia para transformar e curar, nunca para ferir.
Mesmo quando o “inimigo” é real, sabemos que o verdadeiro mal é a ignorância, e é contra ela que devemos lutar.
Com consciência, presença e amor.
Rodrigo Del Arc