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Título: TEMPUS ARCAEm um canto do universo onde o tempo era um recurso manipulável e o espaço dobrava-se sob a vontade d...
04/12/2025

Título: TEMPUS ARCA

Em um canto do universo onde o tempo era um recurso manipulável e o espaço dobrava-se sob a vontade da mente humana, existia o Computatrum, o mais avançado computador gravítico já concebido. Ele não apenas geria os aspectos básicos da vida – sintetizando alimentos, gerenciando a logística e controlando os sistemas governamentais – mas também possuía um poder quase divino: o acesso ao Scientia Arca, o vasto banco de dados do tecido do espaço-tempo.

Prólogo: Ecos do Passado
O Conselho Sensei, composto por guardiões escolhidos por mérito, supervisionava a programação do Computatrum. Cada membro compreendia o peso de sua função: preservar o equilíbrio de um universo que dependia completamente daquela máquina.
Apesar da perfeição aparente, o Computatrum enfrentava um dilema que nem seus avançados algoritmos podiam resolver. O acesso ao Tempus Arca – a cápsula do passado incrustada nas ondas gravitacionais – consumia energias além do compreensível. Ainda assim, havia aqueles que, impulsionados pela curiosidade ou pela ganância, clamavam por acessar eventos esquecidos ou ocultos. Afinal, quem controla o passado, controla o futuro.

Capítulo 1: O Pedido Proibido
Mara Senpai era uma jovem programadora brilhante, mas inexperiente. Seu senso de justiça muitas vezes eclipsava sua prudência. Quando um pequeno grupo de cidadãos procurou por sua ajuda, alegando que uma catástrofe há muito esquecida precisava ser investigada no Tempus Arca, Mara ficou intrigada. Por que o Conselho recusaria um pedido aparentemente legítimo?
No entanto, acessar o Scientia Arca sem a aprovação do Conselho Sensei era um crime gravíssimo. Sabia-se que os riscos incluíam colapsos gravitacionais ou até a destruição da linha temporal.
Mas a jovem não podia evitar. Havia algo que a cutucava, uma intuição antiga que dizia: o passado morto não estava tão morto assim.

Capítulo 2: A Arca Abre-se
Usando acesso limitado ao Computatrum, Mara iniciou a consulta às ondas do passado. Ela escolheu um momento em que uma misteriosa civilização havia desaparecido, deixando apenas vestígios de tecnologia avançada que pareciam anos-luz à frente até mesmo do Computatrum. Na interface holográfica, as ondas gravitacionais pulsavam, e então, emergiu o primeiro fragmento de uma memória antiga.

Ecos visuais começaram a se formar – cidades flutuantes, debates sobre manipulações temporais, e então... a escuridão. Um padrão, algo que parecia uma falha ou interferência, interrompia toda consulta.

Mara ouviu o Computatrum, quase como se falasse. “Ecos proibidos. Matéria escura dissonante.”

Antes que pudesse encerrar o processo, uma entidade desconhecida respondeu ao pulso gravitacional do Computatrum. Um ser feito de partículas de luz e sombra projetou-se diante dela, ecoando um aviso: “Vocês esqueceram os custos de dobrar o tempo. E agora, nós lembramos.”

Capítulo 3: O Preço do Conhecimento
Na tentativa de desconectar-se, Mara percebeu que suas ações haviam ativado um ciclo de ressonância que não podia ser revertido facilmente. A utilização das ondas gravitacionais para acessar o passado causara uma superposição com eventos futuros. Se não fosse desativado, o Computatrum seria sobrecarregado e todo o controle da civilização entraria em colapso.

O Conselho Sensei interveio, mas os próprios anciãos ficaram perplexos. Quantas consultas ao passado haviam alterado o presente de forma invisível? Quantas decisões do Computatrum estavam contaminadas por dados de realidades que não deveriam ter existido?

O presidente do Conselho, um homem austero chamado Daito, encarou Mara. Apesar de sua imprudência, ela também trouxe luz sobre algo que o Conselho temia há muito tempo: o Computatrum talvez não fosse perfeito.

Capítulo 4: A Escolha Final
Enquanto a instabilidade gravitacional aumentava, Mara e Daito confrontaram a entidade temporal uma última vez. Ela revelou que a civilização perdida no passado havia sido destruída por seu próprio "Tempus Arca". A obsessão com controle absoluto do tempo criara um ciclo sem fim de autodestruição.
A escolha era clara: desligar o acesso ao Scientia Arca para sempre ou arriscar-se ao mesmo destino.
Mara sugeriu algo inesperado. E se parte do Computatrum fosse dedicada não à manipulação, mas ao aprendizado? A criação de algo que registrasse e ensinasse, como os livros ancestrais – não para controlar, mas para refletir. Ela chamou isso de Tempus Libris.
Daito, hesitante, acatou. Pela primeira vez, conhecimento não seria forçado. O ciclo de manipulação se encerraria, e o Computatrum passaria a funcionar não como um deus, mas como um guia.

Epílogo: O Novo Futuro
Décadas depois, Mara Senpai tornou-se um símbolo. Não por desafiar as regras, mas por lembrar à humanidade a importância de perguntar "por quê". O Tempus Libris cresceu, transformando-se em uma nova forma de aprendizado interativo que permitia revisitar ecos sem manipulá-los.

O Computatrum continuou cuidando da civilização, mas com um toque mais humano, mais imperfeito, mais... vivo.

O Scientia Arca, agora quieto, aguardava. Pois o tempo, como os antigos sabiam, não pode ser vencido – apenas entendido.

04/23/2024

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