11/25/2025
A decisão do Ministério Público Federal de arquivar a investigação por falta de provas contra o governo Bolsonaro é mais do que um despacho burocrático: é um tapa na cara de anos de manchetes sensacionalistas, acusações vazias e uma guerra narrativa montada para destruir politicamente quem ousou enfrentar o sistema. Durante quatro anos, Bolsonaro foi chamado de tudo. A imprensa repetiu, dia após dia, que havia “indícios”, “suspeitas”, “sinais”, “movimentações atípicas”, qualquer palavra que sugerisse culpa sem precisar provar. Agora, quando o MPF conclui que não havia nada, o silêncio é ensurdecedor.
O episódio escancara a assimetria brutal com que a direita e a esquerda são tratadas no Brasil. Enquanto governos petistas colecionaram escândalos bilionários comprovados, delações, devoluções de dinheiro, prisões e esquemas inteiros desmontados, a perseguição contra Bolsonaro se sustentava em manchetes e narrativas, não em fatos. O MPF, depois de anos vasculhando, analisando documentos, ouvindo testemunhas e revisando contratos, diz o que muitos já sabiam: não há provas de corrupção na gestão Bolsonaro. O tempo, mais uma vez, derruba a versão vendida como verdade absoluta.
E o mais simbólico é como essa conclusão dialoga com a frase que se tornou marco de resistência: “Me chama de corrupto, porra!”. À época, jornalistas debocharam, editorialistas torceram o nariz, militantes comemoraram como se tivessem vencido o debate moral. Hoje, quem tem razão? A frase virou profecia. Bolsonaro desafiou, e o sistema, mesmo tentando, não conseguiu provar nada porque não havia o que provar.
A decisão também expõe a falência moral de quem usou acusações para tentar interditar politicamente um adversário. Processos, investigações, manchetes, debates… tudo movido por uma narrativa que agora desmorona. E, enquanto isso, os verdadeiros escândalos do presente vão sendo varridos para debaixo do tapete, protegidos por silêncio cúmplice e por uma máquina estatal que só funciona para um lado.
O MPF colocou no papel o que milhões já sabiam: não houve corrupção. O resto agora é com a história.