
14/07/2025
Tenho 45 anos e, no mês passado, desfiz-me finalmente. Entre o meu trabalho que me suga a alma e ser constantemente a rocha emocional de todos os outros... sentia que já não conseguia respirar. Eu estava farta. Então, fiz algo insano. Fui ao aeroporto e comprei o primeiro bilhete de ida. Destino: Cancún, México.
Pensei que poderia recomeçar, talvez até voltar a encontrar um pedaço de mim. Mas, no segundo em que aterrei, as coisas pioraram. O taxista em quem confiava roubou-me às cegas... levou-me a carteira, o telemóvel, tudo! Estava abandonada, sozinha e aterrorizada num país estrangeiro.
A última coisa de que me lembro é de estar sentada no chão, a soluçar com mais força do que nunca. E quando pensei que não podia piorar... ouvi aquela voz. A voz que nunca, mas nunca mais, quis ouvir. ⬇️