
31/07/2025
MPRJ denuncia MC Poze por tortura e extorsão mediante sequestro de ex-empresário e pede prisão preventiva
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou o cantor de funk Marlon Brendon Coelho, conhecido como MC Poze do Rodo, por envolvimento em um grave caso de tortura e extorsão mediante sequestro contra seu ex-empresário, Renato Medeiros. A denúncia também atinge outras nove pessoas, das quais seis, incluindo Poze, tiveram a prisão preventiva solicitada pela promotoria.
O caso aconteceu em 2023, após uma acusação de Poze de que Renato teria furtado uma joia de sua propriedade — fato que, segundo as investigações, jamais foi comprovado. Conforme relatado na denúncia, o grupo teria agido de forma coordenada para agredir e forçar Renato a confessar o suposto roubo.
As investigações da 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes) revelaram que a vítima foi mantida em cárcere privado por pelo menos uma hora e meia, durante a qual sofreu agressões com socos, chutes, uma arma artesanal feita de madeira e pregos, além de queimaduras causadas por ci****os acesos. Renato relatou, inclusive, ter ficado com marcas de queimadura dentro da orelha.
Laudos médicos anexados à investigação indicam que a vítima ficou com fraturas, queimaduras e outras lesões graves em diversas partes do corpo. A violência teria ocorrido enquanto Poze e os outros suspeitos exigiam que Renato admitisse o roubo da joia, o que, de acordo com o MPRJ, nunca foi comprovado.
O advogado Rodrigo Castanheira, que representa a vítima, afirmou que a denúncia foi construída com base em provas concretas e consistentes. “A acusação foi apresentada com base em elementos concretos colhidos ao longo da investigação, os quais apontam de forma consistente para a materialidade do crime e os indícios de autoria. O pedido de prisão visa garantir a ordem pública, a instrução criminal e a aplicação da lei penal, diante da gravidade dos fatos imputados ao acusado”, declarou.
Na época dos fatos, MC Poze negou as acusações publicamente e voltou a afirmar que havia sido roubado. Até o momento, a Justiça ainda não decidiu sobre o pedido de prisão preventiva apresentado pelo Ministério Público.