07/11/2025
📜 O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, voltou a gerar debate internacional ao determinar a proibição do uso da linguagem inclusiva nas escolas públicas do país. Termos como “amigue”, “companheire”, “niñe” e outras variações neutras deixaram de ser permitidos oficialmente nas salas de aula e nos materiais didáticos. A decisão, anunciada pelo Ministério da Educação salvadorenho, tem como objetivo, segundo o governo, “preservar o uso correto do idioma e evitar distorções linguísticas”.
O comunicado foi assinado pela ministra da Educação, Karla Trigueros, e enviado aos diretores das mais de 5 mil escolas públicas do país. O texto determina que professores e funcionários “devem abster-se de usar formas linguísticas que não estejam reconhecidas pela gramática oficial da língua espanhola”. A norma passou a valer imediatamente, sendo aplicável também a materiais impressos, comunicações internas e publicações oficiais.
A medida provocou uma onda de reações dentro e fora de El Salvador. Setores progressistas e grupos ativistas ligados ao movimento woke classif**aram a decisão como uma “censura cultural” e um retrocesso nos avanços de representatividade linguística. Já apoiadores do governo defenderam a decisão de Bukele, argumentando que o Estado deve “proteger a integridade da língua” e “evitar ideologizações em espaços de ensino”.
O debate sobre a linguagem inclusiva não é novo. Desde 2021, países como Argentina, Uruguai e Chile já enfrentam discussões semelhantes. Em Buenos Aires, por exemplo, o uso de expressões neutras em escolas públicas também foi restringido, sob o argumento de que dificultam o aprendizado das normas tradicionais da língua. Em contraste, instituições independentes e algumas universidades continuam permitindo o uso livre das formas inclusivas.
Para os especialistas em educação, a discussão vai além da gramática. Envolve identidade, cultura e política. Enquanto uns veem na linguagem inclusiva uma forma de acolher diferentes expressões de gênero, outros defendem que o idioma precisa manter padrões compreensíveis para garantir o aprendizado e a comunicação entre gerações.
Em El Salvador, a nova regra vem acompanhada de outras medidas de reforço ao ensino tradicional, incluindo revisão de livros e diretrizes de comportamento para professores. Bukele, que é conhecido por seu estilo firme e direto, reafirmou em publicações recentes que “a escola não é lugar para experimentos ideológicos, mas para formar cidadãos críticos e competentes”.
Com isso, o país se torna um dos primeiros da América Central a adotar uma política nacional de restrição à linguagem inclusiva. A decisão reacendeu o embate entre defensores da neutralidade linguística e aqueles que acreditam que a língua deve se adaptar à diversidade social.
Independentemente da posição, o episódio mostra como o tema, que parece simples à primeira vista, continua sendo um campo de disputa cultural em toda a América Latina. A pergunta que f**a é: o idioma deve mudar para se adaptar à sociedade, ou a sociedade deve respeitar os limites formais do idioma?
🏷️
📰 Fonte: O Povo – “Bukele proíbe linguagem inclusiva nas escolas de El Salvador”
🔗 Reserve o seu antes que acabe: https://s.shopee.com.br/6KwRE0AYmr
Siga-nos e compartilhe para fortalecer o debate.
❓ Responda uma das perguntas:
a) Você acha que a linguagem deve se adaptar às novas formas de identidade social?
b) Bukele acerta ao priorizar o ensino tradicional nas escolas?
c) O que é mais importante: preservar a língua ou permitir liberdade de expressão?